Você vai deixar Deus do lado de fora?

"Eis que estou à porta e bato". Ele espera que você ouça e abra. Apesar de considerarem que Deus faça parte de suas vidas, muitas pessoas têm mantido a porta fechada para Ele e, assim, desprezam a melhor chance que poderiam dar a si mesmas. Veja como isso acontece e como mudar esse quadro

Imagem de capa - Você vai deixar Deus do lado de fora?

Recentemente, comemoramos a Páscoa. Durante a festividade, muitas pessoas aceitaram os ovos de chocolate e seguiram indiferentes ao maior presente que poderiam ter recebido e que lhes foi dado na cruz do Calvário: a Salvação e a vida em abundância que o Senhor Jesus disse que veio para nos dar. Ele, em certa ocasião, disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo” (Apocalipse 3.20). Esta porta a que Jesus se refere é o coração da pessoa, no qual Ele insiste em bater.

Voltemos à analogia com a Páscoa: enquanto o coelhinho da Páscoa, que não tem nada a ver com esse presente, entra na vida dela facilmente, em contrapartida, Jesus, que pagou um alto preço pela Humanidade, é tratado como uma visita indesejada. A pessoa reconhece a voz de quem toca a campainha, mas, como não quer recebê-la, faz silêncio e finge que não está em casa.

Em uma edição do programa Inteligência e Fé, exibido pela Rede Aleluia, o Bispo Renato Cardoso explicou que essa postura do Senhor Jesus revela uma de Suas sublimes características: Ele nunca invadirá a vida de quem quer que seja, mesmo tendo poder e autoridade para isso. Pelo fato de o ser humano ter livre-arbítrio, Ele espera até que seja convidado a entrar.

E é neste ponto que muitos acham que Deus os abandonou e ficam ressentidos com Ele. Eles dizem: “onde Deus estava quando eu sofria?” A verdade é que Ele sempre esteve no mesmo lugar, mas a própria pessoa O deixou do lado de fora de sua vida.

Fazer esse questionamento, de acordo com o Bispo Renato, não faz sentido, porque se ignora a natureza de Deus, que sabe todas as coisas, está em todos os lugares e pode fazer tudo. Muitas pessoas, inclusive, sabem que Deus as está chamando e fingem não ouvi-Lo porque, no íntimo, não estão dispostas a pagar o preço para que Ele entre em suas vidas.

Ele não deixou você
É difícil pensar que exista uma mãe que consiga esquecer do filho que ainda amamenta. Contudo sabemos que, mesmo uma mãe, que é símbolo de compaixão e ternura, pelo fato de ter a natureza humana falha, pode abandonar o próprio filho. Aliás, não são raras as notícias das que jogam o filho em uma lata de lixo.

Deus disse que o seu amor é superior ao de uma mãe, como descrito em Isaías 49.15: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”.

Por ser perfeito, Deus garante que nunca esqueceria um filho. É o ser humano, na verdade, que tem a tendência de deixá-Lo ao optar por fazer as próprias escolhas e não ouvi-Lo. Depois, inclusive, O culpa por seus infortúnios.

O Bispo Renato afirma que, quando a pessoa reconhece a própria culpa pelo sofrimento que vive, demonstra que ainda existe uma chance de mudança, mas que é necessário que ela seja “humilde ao abrir essa porta para Deus, porque Ele não vai chutar a porta. Deus é Senhor, mas não é intruso nem invasor”.

Muitos podem se perguntar: “como abrir a porta do coração para Deus?” A resposta é: aceitando o que o Senhor Jesus diz por meio da Sua Palavra. No momento que uma pessoa se submete à Palavra dEle e O obedece, ela automaticamente está abrindo a vida para que Ele entre. “O Senhor Jesus fica à espera de que as pessoas ouçam a voz dEle e abram a porta do coração para Ele, para que Ele, então, possa entrar, ter comunhão e compartilhar com elas o que Ele veio lhes trazer”, ressalta o Bispo.

“Eu desejava morrer todos os dias”
A infância do autônomo Israel de Carvalho Júnior, (foto abaixo) de 25 anos, fez com que ele desenvolvesse uma imagem distorcida de si mesmo e de Deus. Seu pai agredia fisicamente sua mãe e eles se separaram quando Israel ainda era criança. Apesar de nunca ter agredido fisicamente os filhos, as palavras que seu pai dizia a eles, diz Israel, eram piores do que apanhar.

Além disso, Israel sofria bullying na escola, o que o prejudicava. “As pessoas falavam que eu era mais feio do que o diabo e, mesmo que fosse em tom de brincadeira, aquilo entrava em mim. Comecei, então, a alimentar aquele pensamento e cheguei a ponto de não gostar nem de me olhar no espelho”, revela.

Na adolescência, Israel se escondia atrás de uma aparência sombria: ele se vestia sempre de preto e usava acessórios com símbolos de morte. Ele via vultos e ouvia vozes, mas não havia ninguém perto dele. Baladas e drogas passaram a fazer parte de sua vida, como conta: “eu ia para a balada na quarta-feira e permanecia até segunda-feira. Saía da balada direto para o trabalho e atendia os clientes ‘virado’”. Ele detalha ainda como eram as noites quando tentava descansar: “comecei a ter muitos pesadelos e sonhava que minha alma estava descolando do corpo e indo para o inferno. Eu acordava de madrugada, tinha muita dor no corpo e parecia que tinha tomado uma surra antes de dormir. De tanto medo, eu só conseguia dormir com a porta da casa aberta e com as luzes acesas”.

Ele relata que, completamente perturbado, tentou o suicídio algumas vezes. “Eu desejava morrer todos os dias”, diz. Além disso, Israel não acreditava que Deus poderia ajudá-lo, porque a imagem que tinha dEle era de um ditador que punia as pessoas por seus pecados.

Até que um dia, enquanto acessava as redes sociais, ele viu uma postagem do Pastor Online, serviço de atendimento espiritual on-line e gratuito oferecido pela Universal. Ao entrar em contato, ele foi convidado por um pastor para participar de uma reunião e, no dia seguinte, decidiu ir à Igreja.

Foram quase dois anos frequentando as reuniões, mas ele não conseguia vencer seus problemas e declara como reagia a isso:. “eu me culpava bastante. Claro que eu era responsável por minhas escolhas, mas não conseguia me perdoar nem acreditar que Deus pudesse me salvar”.

Uma mudança ocorreu quando ele leu uma mensagem que dizia que ele precisava fazer algo inédito para que visse algo novo ocorrer em sua vida. “Aquela Palavra confrontou o que eu pensava, que era que eu já tinha feito tudo e que não tinha mais o que poderia fazer. Então, entendi que existia uma chance para mim e que Deus queria me libertar”, afirma.

Israel, então, se batizou nas águas, entregou sua vida ao Senhor Jesus e passou a buscar a Presença de Deus. “Deus foi me mostrando o que eu tinha que mudar e fui colocando em prática, sem desanimar. Entreguei a minha confiança a Ele e, assim, veio sobre mim a certeza da Presença dEle. A partir daí, tudo mudou e eu não era mais o mesmo”, esclarece. Ele conta como é sua vida depois da transformação: “tenho paz, consigo dormir, tenho um bom relacionamento com minha família, amigos que me aproximam de Deus e o meu trabalho. Deus tem me honrado em todas as áreas. A mudança não foi mágica. Ela é contínua”.

28 anos de porta fechada
A auxiliar de creche Bárbara Félix da Silva, (foto abaixo) de 49 anos, tinha 14 anos quando foi à Universal, com sua mãe, pela primeira vez. Ela se batizou nas águas, acreditava que tinha se libertado dos espíritos que a perturbavam e que tivera um encontro verdadeiro com Deus. Contudo o tempo revelou o contrário. Ela lutava pela família, mas como não via as mudanças acontecerem imediatamente como desejava, desistiu de perseverar. “Eu falei que Deus não estava me ajudando e, então, saí da igreja”, diz.

Aos 18 anos, Bárbara começou um relacionamento com um rapaz e teve duas filhas com ele. No entanto se separaram quando a segunda filha deles tinha apenas três meses. Sem ter o que comer e sem conseguir comprar leite para as crianças, ela passou a se prostituir. “Nada que eu fazia dava certo. Eu só me envolvia com pessoas erradas e fazia tudo de abominável aos olhos de Deus. Eu achava que não tinha perdão para mim”, diz.

A mãe de Bárbara, que tinha se afastado de Deus, acabou retornando para a Igreja e a convidava sempre para voltar também. Contudo, magoada com Deus, ela dizia que preferiria ir para o inferno a atender ao convite da mãe. Ela destaca que reconhecia o seu sofrimento, mas não conseguia sair daquela situação. Em vez disso, se afundava no álcool, na prostituição e na pornografia. Ela recorda também que fazia pactos com espíritos e que, por fim, tentou suicídio.

Depois de um tempo, sua mãe faleceu e sua filha mais velha começou a frequentar a Universal. Até que em uma noite de virada de ano, depois de se embriagar completamente, Bárbara olhou para o céu e conversou com Deus. “Eu disse: ‘se o Senhor existe, me tira dessa vida. Se o Senhor não me tirar, vou me matar hoje. Eu vou morrer e minha alma vai para o inferno’”. No dia seguinte, uma voluntária da Universal foi à casa dela, lhe fez um convite para ir à Igreja e ela aceitou. “Mesmo depois de 28 anos afastada, Deus ouviu a minha oração”, ressalta.

Bárbara, então, se batizou nas águas, colocou uma pedra no passado e entendeu que precisava ter o Espírito Santo. “Um dia falei para Deus: ‘Senhor, eu preciso ter o Teu Espírito porque eu reconheço que lá atrás eu não tive o Senhor, eu tive uma emoção. Eu preciso do Senhor porque eu não quero ter prazo de validade, experimentar do Senhor de novo e abandoná-Lo. Se o Senhor não vier, eu não vou suportar’. E nesse dia, quando me esvaziei de mim, eu tive a certeza de que Deus era comigo. Ele me falou: ‘Eu sou tudo que você pediu. Sou Seu pai, Seu marido, Seu Senhor e em nenhum momento eu te abandonei, mas sempre estive do seu lado’. Foi o dia mais maravilhoso da minha vida e, se Deus quisesse, poderia me levar naquele momento. Nada se compara a ter o Espírito Santo”, conta.

Ela celebra o fato de a mulher triste, perturbada, com ódio de tudo e que queria morrer ter ficado no passado e celebra quem se tornou: “hoje o que mais quero é viver para o Senhor Jesus. Eu recebi o perdão de Deus e me perdoei e quero falar que Jesus existe, sim, e salvou a minha alma do inferno”.

Dê uma chance a você
Diante do que foi exposto até aqui, poderíamos pedir que você também dê uma chance para Deus. Mas como qualquer chance só é dada a quem precisa de algo, vamos ser sinceros: quem precisa de quem? Deus precisa de nós ou nós precisamos desesperadamente dEle? Por essa razão, ninguém dá chance para Deus. “Quando você abre a porta para o Senhor Jesus e se volta para Ele, está na verdade dando uma chance a si mesmo. Uma chance de parar de sofrer e de conhecer uma vida melhor”, finalizou o Bispo Renato. Você vai se dar essa chance?

Abrindo a porta para Deus

Se você quer abrir a porta e deixar o rei Jesus entrar e estabelecer o reino dEle em sua vida, você pode começar agora mesmo: faça uma oração humilde e sincera. Use suas próprias palavras e converse com Ele, como mostra o exemplo abaixo:“Deus, em nome do Senhor Jesus, eu te peço perdão por todo tempo que ignorei a Tua voz e por todo tempo que fui teimoso e fiz o que eu achava melhor. Vivi como se o Senhor não existisse. Eu sei que estou onde eu estou não por Sua culpa, mas por minha culpa. Mas, se o Senhor me aceitar de volta e aceitar entrar na minha vida, eu estou abrindo a porta para Ti agora. Eu quero ouvir a Sua voz, então, fala comigo e me mostra o que eu preciso fazer. Como eu posso ser a partir de hoje para me tornar seu filho de verdade?”

Se você for sincero nesta oração, se prepare para obedecer à direção que Ele dará a você e verá a transformação acontecer em sua vida.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Andranik Hakobyan/getty images / Mídia FJU Curitiba / Demetrio Koch / Chutima Chaochaiya/getty images