“Você tem apenas um caroço de gordura”
Depois de ouvir isso de um médico, Maria Célia Nunes descobriu que tinha um tumor e passou a se sentir podre por dentro
A profissional autônoma Maria Célia Nunes, de 52 anos, é viúva e mora em São Paulo. Há dez anos, ao tomar banho, ela notou um caroço no seio esquerdo. “Sempre cuidei da minha saúde, apesar de ter pouco estudo e, por isso, passei com a ginecologista do convênio que eu tinha na época. A mamografia que ela pediu não mostrou nada, mas o ultrassom apontou um carocinho de dois centímetros. A médica falou que eu procurasse um mastologista e eu marquei a consulta. O consultório era na avenida Paulista e o médico disse que não era nada: ‘você tem apenas um caroço de gordura’. Achei estranho, pois eu estava magra feito um palito”, recorda.
Passados seis meses, ela começou a notar um inchaço cada vez maior em seu corpo. “Fui a outro médico que disse: ‘você está morrendo’. Ele questionou se eu não sabia o que era um câncer e como eu tinha deixado a situação chegar naquele ponto. Quando falei que o primeiro médico havia dito que não era nada e mostrei meus exames, ele até mudou o tom comigo. Eu tinha um tumor do tamanho de uma laranja embaixo da clavícula, que não tinha como operar, e vários outros na região das costelas”, explica.
Para piorar, logo em seguida, ela foi demitida da empresa em que trabalhava. “Eu estava sem convênio, com um cheque de R$ 5 mil no bolso e totalmente perdida. Tentei ser atendida em um hospital especializado, mas não consegui. Fiquei dois dias em choque e pensei em me jogar na frente de um carro. Só fui atendida em outro hospital quando consegui marcar uma consulta por meio do SUS. Naquela época, eu já não comia direito, não dormia e via vultos”, lembra.
O filho dela, Rafael, que era pré-adolescente na época, frequentava a Universal a convite de um obreiro e até chamou Maria Célia para participar das reuniões. “Na minha cabeça era um bando de ladrões. Quando meu filho era menor, cheguei a pedir ajuda na Igreja, pois passava por dificuldades. O Bispo Macedo falou que, por meio da minha fé, eu podia mudar aquela situação. Só muito tempo depois fui entender o que ele queria dizer. Por isso, quando meu filho me convidou, eu recusei”, diz.
O tratamento médico que Maria Célia fez incluia 19 sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia. “Fiz cinco cirurgias porque eu tive que fazer o esvaziamento total da mama. Só ficou a pele e o bico do seio. Uma das operações foi para colocar um cateter. Tiraram tudo debaixo da axila, perdi as defesas do braço esquerdo, peguei uma infecção e tive que tomar um antibiótico de quase R$ 1 mil. Quando eu e meu marido fomos à farmácia buscar o medicamento, entrei no banheiro e vi que a minha blusa ficou toda molhada pelo líquido que escorria debaixo do braço. Tinha um cheiro forte e eu falava para o meu marido: ‘eu estou podre por dentro, estou morrendo’”.
Quando chegaram em casa, o filho de Maria Célia viu aquilo e não se conformou. “Ele falou: ‘mãe, você não vai morrer. Nós vamos buscar a Deus’. Ele começou a batalhar por mim, foi uma guerra: ele trazia a água consagrada e eu tomava banho com ela, pois não tinha forças para sair de casa. Participamos das correntes e dos propósitos, eu lia os Salmos e fiz tudo que era falado no Altar, porque eu não queria morrer, mas poder conviver por muito tempo com meu marido e com meu filho, vê-lo crescer e se formar”, conta.
Além de lutar contra o câncer, Maria Célia ainda enfrentou outras adversidades. “Quando passava pela quimioterapia tive que interromper o tratamento, pois os exames acusaram que eu estava com pedras na vesícula. Fiz uma cirurgia de emergência para retirá-la. Meu marido, que era católico, acabou indo para a Universal também e se tornou dizimista fiel e depois ele acabou falecendo de câncer no estômago. Foi muita luta”, avalia.
Depois de todo o tratamento, ela foi informada que teria de usar uma braçadeira de compressão, para não permitir o inchaço do membro, para o resto da vida. “Determinei pela fé que não a usaria e não precisei. Eu também teria que tomar um remédio por cinco anos para que o câncer não voltasse, mas que poderia comprometer a minha estrutura óssea. Após uma bateria de exames, o médico me disse que eu não poderia tomar o medicamento. Eu perguntei o motivo e ele disse: ‘porque você não vai precisar’. Eu chorei muito e lembrei do meu filho buscando a água consagrada”.
Maria Célia diz que na hora deu o mérito da cura ao médico. “Eu falei: ‘obrigado, doutor’. Não veio na minha cabeça que era a ação de Deus. Quando eu cheguei em casa e falei com meu filho, ele me abraçou, pegou a água consagrada, o lencinho molhado com ela e disse: ‘mãe, o que está te curando é a fé em Deus’. Naquele momento, compreendi o que o Bispo Macedo tinha falado lá atrás. Eu aprendi a usar a fé em todos os aspectos da minha vida e meu conselho para quem está sofrendo é que se lance no Altar, busque a Deus e o Espírito Santo. O fundamental é ter fé em Deus, seja para ser curado de um câncer, seja de qualquer outra doença. A medicina ajuda, mas sem Deus não somos nada”, conclui.
O que é o câncer de mama?
Ele pode ocorrer em mulheres e, raramente, em homens. Os sintomas incluem nódulo na mama, saída de secreção com sangue pelo mamilo e mudanças na forma ou na textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase do tumor e pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Se não for tratado adequadamente, ele pode levar à morte.
O que são as pedras na vesícula?
São cálculos (pedras) formados a partir da mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, que se acumulam na vesícula. O órgão, em formato de pera, armazena a bile produzida pelo fígado. O principal sintoma do problema é dor local depois das refeições, embora ela não exista em alguns casos. O ultrassom é usado para fazer o diagnóstico e o tratamento é feito por meio da cirurgia de retirada do órgão.
Fonte: Ministério da Saúde
Cura total pela fé
Você também pode usar a fé e obter a cura para si mesmo, ou para um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.
No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você ainda pode participar em uma Universal mais próxima.