Você se considera uma pessoa frustrada e zangada?

Estudo aponta que o ser humano tem vivido muitas dificuldades emocionais

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Por causa do estado do mundo atual, não é de se admirar que as pessoas estejam cada vez mais frustradas e zangadas. As tarefas do dia a dia, os conflitos familiares e a busca pelo crescimento financeiro tomam boa parte do tempo de muitas delas. Com isso, tanto a saúde física, como a mental e até a espiritual acabam sendo prejudicadas.

Segundo o relatório global de emoções realizado pela empresa norte-americana Gallup, especializada em pesquisa de opinião, pessoas de todo o planeta estão se sentindo dessa forma: mais frustradas e zangadas.

O objetivo da pesquisa foi avaliar os sentimentos e as emoções dos entrevistados, que não podem ser medidos por índices objetivos. Por isso, eles precisaram responder perguntas que testaram seu estado de espírito, considerando as percepções sobre seus padrões de vida pessoal e as experiências na saúde e nas condições de consumo, por exemplo. Perguntas como “você se sentiu descansado ontem?”, “você sorriu ou riu muito ontem?”, “você aprendeu ou fez algo interessante ontem?” e “você sentiu raiva?” apareceram na pesquisa. O levantamento recebeu cerca de 151 mil respostas de adultos de mais de 140 países.

Os resultados, no geral, sugerem que a espécie humana está passando por dificuldades emocionais. Uma parcela de 39% dos entrevistados relatou sentir muita preocupação e 35% afirmaram estar com nível alto de estresse. Essas taxas ficaram 1% acima das apontadas em 2018.

Pelo menos um entrevistado em cada cinco respondeu que sentiu tristeza (24%) ou raiva (22%) — esta última aumentou dois pontos percentuais em relação à pesquisa de 2018.

Ainda de acordo com o estudo, esses números conseguem indicar como está a saúde emocional de uma sociedade – independentemente das medidas econômicas adotadas em cada uma delas. Por exemplo: mesmo com o crescimento da economia dos Estados Unidos, a pesquisa mostrou que a população norte-americana vive cada vez mais estressada, zangada e preocupada.

Estado de exaustão
Segundo a psicóloga clínica Sandra Almeida, especialista em medicina comportamental, o medo, a irritação e a frustração podem vir de um estado de exaustão tanto do corpo físico como do emocional. “O medo e a frustração podem ser sintomas de um longo período de estresse, depressão, distimia (doença do mau humor), fadiga crônica e síndrome de Burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso). Contudo há outros gatilhos que desencadeiam o medo e a frustração”, esclarece.

Um deles é o uso intenso da internet. Ela ressalta que existem alguns estudos científicos que provam que o vício em redes sociais faz com que as pessoas vivam uma realidade ilusória. Quando ela observa que existe algo que ela não pode alcançar, passa a sentir irritação, medo e frustração.

Sandra diz que também há outras situações que tornam as pessoas mais preocupadas no dia a dia. “Há muitas pessoas insatisfeitas com a situação econômica do País. Além disso, as preocupações com a violência e o medo de perder o emprego são queixas muito comuns nos consultórios de psicologia”, aponta.

Ela orienta que a pessoa procure ajuda ao perceber que está nessa situação. Suplementos alimentares, exercícios físicos, acupuntura e lazer são grandes aliados para mudar este cenário. “A psicoterapia pode promover mudança interior, pois auxilia a rever valores, hábitos e condutas, mas também é importante cuidar do aspecto espiritual, que todo ser humano deve ter”, conclui.

Cura interior
Sem a presença de Deus é impossível eliminar esses problemas, que afetam a alma e espírito. Em seu blog, o Bispo Edir Macedo explica que sem o Espírito Santo é impossível alcançar a paz interior. “Onde há o Espírito Santo, aí há unidade no Espírito. Porém, quando há a ausência do Espírito de Deus, há falta de paz, de fé.”

Portanto, neste mundo onde as pessoas estão cada dia mais pressionadas, a fé precisa ser a maior aliada para conquistarmos definitivamente a paz de espírito.

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Colaborador

Maiara Máximo / Foto: Getty Images