O ser humano tem, por natureza, a tendência em querer facilidade. No entanto tudo o que é importante para a sua sobrevivência, requer esforço e quanto mais algo é valioso, mais difícil é obtê-lo.

Diante desse dilema, surge uma combinação que muitos tentam fazer e que não dá certo: querer aquilo que é valioso, mas fazendo o mínimo ou nenhum esforço. Não é à toa que tanta gente se envolve em práticas ilícitas, cai em golpes ou vive “dando um jeitinho” para se dar bem – tudo porque não quer pagar o preço; quer a facilidade e por causa disso acaba perdendo até aquilo que conquistou com certo esforço.

E se tal combinação não é possível com os assuntos referentes à vida cotidiana, às nossas necessidades mais básicas e ao trato interpessoal, o mesmo é válido para a vida no tocante ao relacionamento com Deus.

Embora Deus não faça acepção de pessoas, não são todos os que conseguem manter um relacionamento com Ele, e não é porque Ele não quer, mas porque muitos não estão dispostos a se esforçar por isso.

Para que a Humanidade pudesse ter acesso ao Reino dos Céus, Deus pagou um alto preço dando o seu único Filho, Jesus Cristo, em sacrifício por nós. Tanto que todo aquele que nEle crer terá a vida eterna (João 3.15). Porém crer não é apenas acreditar que Jesus existe, mas entregar a própria vida para Ele vivendo de acordo com o que Ele diz que devemos viver, por meio da Bíblia.

E é aqui que “pagar o preço” começa e muitos recuam. Quando foi questionado se poucos são os que seriam salvos, o Senhor Jesus respondeu com uma advertência: “esforçai-vos por entrar pela porta estreita; porque Eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão” (Lucas 13.24). Em outro trecho da Sagrada Escritura está escrito que Jesus disse mais sobre este assunto: “entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7.13-14).

Afinal, que porta é essa?
Essa porta não é física, mas espiritual. Ela é a porta do sacrifício e está situada na obediência, sem restrições, à Palavra de Deus. O Bispo Edir Macedo esclarece na Bíblia comentada com suas anotações de fé que “a expressão ‘esforçai-vos’ está associada a empenho e valentia pela conquista de algo. Já o termo ‘porta estreita’ denota restrição a uma entrada. Isso significa que, se uma pessoa deseja entrar por um lugar de difícil acesso, precisa lutar contra tudo o que impede a sua passagem. Além disso, deve deixar para trás qualquer peso que a atrapalhe”.

Por isso, o Senhor Jesus afirma que a busca pela Salvação envolve grande renúncia pessoal. Visto que, aponta o Bispo, “entrar pela porta estreita é reconhecer os seus pecados e se entregar ao Senhor Jesus. Andar pelo caminho apertado é abrir mão das próprias vontades e seguir a Palavra de Deus”.

E quem não quiser passar?
Não passar pela porta estreita também é uma opção, aliás, uma escolha. Quem não a escolhe, automaticamente está escolhendo a porta larga, que em outras palavras significa dizer “viver do jeito que se quer”. “Esse é o motivo de a maioria das pessoas não alcançar a Salvação. A porta larga, que não exige sacrifício, não provoca dor e não requer arrependimento”, enfatiza o Bispo. O problema é para onde essa porta aparentemente tão atraente conduz: à perdição.

Escolher a porta larga pode até gerar extremo prazer nesta vida, porém sempre sem sentido. E o pior é que depois da morte a pessoa vai perceber que aquela porta que sempre a poupou de qualquer esforço a levou ao maior sofrimento: o inferno.

Por que tanto esforço?
Não poderia ser de outra maneira porque tudo o que é bom custa caro. Ou você acha que algo que foi pago com o preço do sangue do Senhor Jesus seria dado “a preço de banana”, como dizem por aí? De forma alguma.

“Quando alguém se dispõe a seguir Jesus tem que ter consciência de que o caminho é difícil, árduo, pedregoso, não é fácil. E Deus permite isso para provar o nosso querer, para provar o nosso eu, para que ninguém venha se apresentar diante dEle como intruso”, declarou o Bispo Macedo.

Ou seja, quando a pessoa está determinada a se esforçar para passar por essa porta estreita e enfrenta todas as dificuldades, ela é aprovada por Deus, pois mostra que quer realmente um compromisso eterno com Ele, logo torna-se apto para receber Suas promessas. “Com isso, vemos que as dificuldades afastam aqueles que não querem se desapegar dos seus erros. No entanto, todo sacrifício e todas as perdas que sofremos neste mundo em prol da obediência à Palavra se transformam em ganho eterno para a nossa alma.”

Entenda, a Salvação é o maior prêmio que uma pessoa pode receber. E, ao contrário do que muitos dizem por aí, ninguém faz parte do Reino de Deus e muito menos acessará o Reino dos Céus sem renunciar à própria vontade e ir contra os desejos pecaminosos do coração. No entanto, diz o Bispo: “embora a porta que conduz ao Céu seja estreita e difícil, está aberta hoje aos sinceros e arrependidos”. E então, qual porta você vai escolher?