Você sabe como lutar contra a injustiça?
Muitas pessoas se acostumaram a viver com os problemas, mas Deus nos chama a romper esse ciclo com a busca da justiça que vem do Alto
O ser humano carrega dentro de si um senso de justiça que foi colocado em seu interior pelo Próprio Deus. Ele é justo e, como fomos criados à Sua imagem e semelhança, herdamos dEle essa característica. Isso nos permite distinguir claramente o certo do errado.
O grande desafio é que vivemos em um mundo marcado pela injustiça e isso não é algo atual. Desde a entrada do pecado no mundo, o diabo passou a exercer influência nele e o resultado disso é o reflexo visível de suas ações na vida das pessoas. Para se ter uma ideia, já na primeira família da Terra houve um grave ato de injustiça: Abel tinha oferecido a sua melhor oferta a Deus, mas isso não o impediu de ser morto por seu irmão, Caim.
Com o passar dos anos, vários tipos de injustiça se espalharam pela Humanidade. E, diante da necessidade de julgá-las, surgiram os juízes. Hoje, temos o Poder Judiciário, responsável por analisar diversos tipos de causas. Porém, por mais que haja esforço para que esse sistema seja justo, nem sempre ele consegue alcançar a justiça completa.
Mesmo quando uma sentença é considerada válida e o culpado é punido, o prejuízo da vítima quase nunca é reparado completamente. A dor, a perda e os danos causados nem sempre podem ser desfeitos. É o caso, por exemplo, de um filho que foi abandonado pelo pai. Apesar da justiça determinar o pagamento de uma pensão mensal, o valor não repara o desamparo, a rejeição e o desprezo que ele sente.
A relação entre injustiça e mágoa
Quando falamos em injustiça, nos referimos a situações em que o certo deixa de acontecer e o errado prevalece, sem que haja reparação. Ela se manifesta de diversas formas: uma mentira que provoca a demissão de um trabalhador; as fofocas que “mancham” o nome de alguém; uma criança que, ao nascer, em vez de encontrar uma família amorosa, é recebida com rejeição e abusos; uma esposa que é traída; um filho que decide seguir o caminho da criminalidade; e um profissional que se vê sem conquistas e mergulhado em dívidas depois de muitos anos de trabalho, entre outros exemplos.
Em todas essas situações, a injustiça provoca uma ferida na alma e, se não for tratada, se transformará até em mágoa. É algo sutil e que se revela em pensamentos como: “Eu não merecia o que aconteceu comigo”, “Perdi a fé no ser humano”, “Não vou mais confiar em ninguém”, “De agora em diante, só vou pensar em mim” e por aí vai. A pessoa nessa condição, na tentativa de aliviar sua dor ou expressar sua revolta, passa a querer fazer justiça com as próprias mãos e, nesse processo, repete o mal que lhe foi feito. Só que, assim, dá continuidade a um ciclo de novas injustiças.
A justiça de Deus
Com o decorrer do tempo, a repetição da injustiça anestesiou a sociedade, a ponto de muitas pessoas não se incomodarem mais com ela, tampouco buscarem o amparo do Justo Juiz, que é Deus. As Escrituras Sagradas, no entanto, nos orientam claramente: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33). Esse versículo nos ensina que a Justiça Divina não acontece de forma automática, mas que precisa ser buscada com fé, entrega, perseverança e confiança. Qual é o seu caso: você está disposto a buscar a Justiça de Deus ou prefere continuar apenas reclamando das injustiças que tem enfrentado?
Em relação a isso, o Senhor Jesus contou uma parábola sobre uma viúva persistente diante de um juiz iníquo (Lucas 18). Ele quis nos mostrar que Deus faz justiça aos que clamam a Ele dia e noite e que, mesmo que Sua resposta pareça demorar, ela vem. Assim como aquela viúva não desistiu diante da indiferença do juiz, nós devemos insistir em fé e oração, confiando que Deus vê tudo, conhece a Verdade e age no tempo certo. A justiça dos homens pode falhar, mas a dEle é perfeita.
O Bispo Edir Macedo esclarece na Bíblia Sagrada com Anotações de Fé que “as viúvas não usufruíam dos mesmos direitos e privilégios das pessoas porque eram discriminadas pela sociedade. Embora a Lei Mosaica assegurasse proteção, a maioria delas vivia desamparada. Além disso, muitas viviam na extrema escassez. Assim, quando uma viúva tinha uma causa a resolver na justiça, ela normalmente nem perdia tempo pleiteando, pois sabia que ninguém a respeitava”.
Porém, a viúva não olhou para a sua condição, mas insistiu tanto que o juiz injusto lhe respondeu. “Com isso, o Senhor Jesus explica que, se aquele magistrado, mesmo não tendo caráter, julgou com justiça a causa daquela pobre mulher, muito mais Deus fará àqueles que O buscam. Afinal, Ele é a perfeita expressão da justiça! Diante disso, a questão não é se a justiça do Altíssimo se manifestará, e sim a quem se manifestará, uma vez que nem todos estão dispostos a buscar com perseverança por ela”, diz o Bispo.
Não desanime. Persevere
Portanto a justiça só acontece verdadeiramente quando há transformação de dentro para fora. Enquanto os tribunais humanos são passíveis de falhas, o tribunal de Deus julga a causa daqueles que confiam nEle. Mas, para que isso ocorra, é preciso também ser justo diante dos olhos do Criador. “Os justos podem ter a certeza de que o Altíssimo é atencioso e compassivo e que atenderá cada uma de suas orações”, destaca o Bispo Macedo.
Se até aqui o sentimento de injustiça o consumiu, decida abrir mão dele, conserte-se com Deus, não desanime diante dos problemas e pleiteie com perseverança pela Justiça Divina. Afinal, “Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lucas 18:7).
“Eu estava perdendo meu filho para os vícios”
Sempre fiz questão de apresentar ao meu filho, Alexandre, a Palavra de Deus. Enquanto eu participava das reuniões na Universal, ele ficava na Escola Bíblica Infantil (EBI). Foi assim até que ele completou 15 anos.
Na tentativa de garantir uma vida melhor, eu me dedicava intensamente ao trabalho e, por isso, passava muito tempo fora de casa. Essa ausência acabou nos afastando, a ponto de ele começar a usar drogas.
Fizemos de tudo para ajudá-lo, mas ele passou a consumir bebidas, maconha e cocaína. O pior momento foi quando conheceu a droga K2. Ele passava dias vagando pelas ruas e voltava completamente sujo.
Com o passar do tempo, ele começou a apresentar surtos que o levavam a querer se machucar. Um dia, ele tentou tirar a própria vida, jogou-se contra uma porta de ferro, quebrou os dentes e se feriu bastante. O pai dele e eu passamos a noite toda tentando contê-lo. Além disso, ele passou a morder as pessoas. Tivemos que amarrá-lo diversas vezes.
Em vez de culpar a Deus, olhei para mim mesma e vi que estava falhando. Reconheci que, antes de ajudar meu filho, eu precisava ser ajudada. Mudei o foco e comecei a cuidar da área espiritual. Assim, recebi forças para perseverar, mesmo quando tudo parecia piorar. Eu sabia que Deus faria justiça.
Nesse período, o pai do Alexandre faleceu e isso despertou nele o desejo de mudança. Assim que teve alta da clínica psiquiátrica na qual estava internado, fomos juntos à Universal. Ele decidiu se entregar no Altar, se batizou nas águas e lutou para se afastar de tudo que lhe fazia mal. Não demorou para que recebesse o Espírito Santo.
Foram cinco anos perseverando. Hoje, tenho um filho que serve a Deus, sou realizada como mãe e temos paz em casa. Ao buscar o Reino de Deus e a Sua justiça, Ele me deu muito mais do que eu pedi.
Cristina Quintiliano, de 48 anos, sobre a transformação
de seu filho Alexandre de Lana, de 28 anos
“A destruição da minha família é justa?”
Sempre fui uma mãe e uma esposa dedicada. Eu cuidava para que tudo contribuísse para o bem-estar da nossa família. Eu e meu marido, Vitor, sempre tivemos um relacionamento marcado pelo diálogo, pelo respeito e pelo companheirismo.
Em 2008, enfrentamos uma grande crise financeira e o Vitor conheceu a Igreja Universal. Frequentando as reuniões, notei uma mudança no comportamento dele, mas eu sempre me recusava a ir.
Com o decorrer do tempo, Vitor começou a colher frutos na vida financeira, mas ainda não havia tido um Encontro com Deus. Isso se refletia no nosso relacionamento. A minha falta de sabedoria também contribuiu para o nosso distanciamento e para os conflitos.
Passaram-se oito anos nessa situação e minha vida virou do avesso. Numa manhã, ele foi direto e áspero nas palavras: “Quero a separação”. Naquele instante, o chão desapareceu dos meus pés. Ele disse que já estava cansado de mim e que já estava conhecendo outra pessoa. Fui consumida por uma dor profunda e não conseguia nem comer. Tomada pela raiva, eu o seguia e, várias vezes, cheia de angústia, queria me jogar na avenida movimentada.
Até que um parente próximo sugeriu que eu fosse até a Igreja. Passei a ir às reuniões e fui atendida por obreiros, pastores e bispos. Todos me diziam a mesma coisa: “Cuide de você e deixe que Deus cuide do resto”. Passei a desejar conhecer a Deus, comecei a orar mais e a fazer propósitos. Foram semanas perseverando dessa forma. Em uma das orações, perguntei a Deus se a destruição da minha família era justa e entreguei a Deus o meu casamento, crendo que a Vontade dEle seria perfeita.
Senti paz e disse ao meu marido que Deus iria cuidar de mim e dos nossos filhos. Naquele momento, vi a expressão dele mudar, marcada por dúvida e preocupação. Em seguida, decidimos encarar a realidade e lutar pelo nosso casamento.
Deus fez justiça. Após alguns meses lutando juntos, Ele restaurou o nosso interior, o nosso casamento e a nossa família. Hoje temos paz dentro de casa,
segurança um no outro e companheirismo. Somos felizes e levamos a outros casais os ensinamentos do amor inteligente que praticamos diariamente.Luciana Regina da Silva, de 52 anos, casada com Vitor Albuquerque, de 53 anos
Saiba mais
Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Confira também os seus conteúdos no perfil @folhauniversal no Instagram.
Folha Universal, informações para a vida!
English
Espanhol
Italiano
Haiti
Francês
Russo

