Você já parou para pensar que o seu maior tesouro pode não valer nada?

Aquilo que você busca, por mais importante que seja, não tem o mesmo valor que você dá a ele. Existe algo maior e com uma grandeza incomparável. Veja o que é

Imagem de capa - Você já parou para pensar que o seu maior tesouro pode não valer nada?

As mansões mais luxuosas do mundo frequentemente ganham as páginas de revistas e é como se, ao folheá-las, pudéssemos passar por suas portas. Elas têm suítes que nem todos os dedos das mãos são suficientes para contar, espaços de lazer a perder de vista, conforto descomunal e decoração requintada. Neste cenário luxuoso e nababesco, bilhões de mortais se perguntam o que fariam se tivessem a chave do imóvel na mão.

Mas quem compraria um espaço como esse para usufruir dele sozinho? É difícil imaginar. Não raro, o ser humano faz questão de obter conquistas pessoais. Ele quer construir e, por vezes, recomeçar e não há absolutamente nada de errado nisso. Ele espera subir o próximo degrau para chegar a um patamar mais elevado, pois crê que nele esteja a vida que deseja. Entretanto, enquanto coloca todos os seus esforços de forma desmedida e obcecada nesse objetivo, ele segue vivendo em uma caça ao tesouro sem fim.

É preciso ter cuidado ao adotar essa atitude. Quem vive na pequenez espiritual tem os ganhos ameaçados pelas perdas, o sucesso atropelado pelo fracasso e até as alegrias mais profundas se tornam insignificantes. Com tantas necessidades com as quais se importar, é possível que não se atente ao que realmente lhe faz falta – a algo que está ficando para trás.

ALGUÉM ENTENDEU
Por mais que uma pessoa esteja com as melhores companhias, nenhuma se compara a uma Única e Onipresente. Quando a Presença do Altíssimo tocou o Universo, o preencheu totalmente e, assim, o que era sem forma e vazio deixou de ser. Deus deu acabamento suntuoso aos céus e à terra e esculpiu com perfeição tudo que nossos olhos contemplam. Ainda, formou “(…) o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2.7). A obra Divina feita à Sua imagem e semelhança estava espiritualmente segura na Presença de Deus até que, por escolha de Adão e Eva, Ele foi colocado de lado (leia em Gênesis 3).

Desde então, curiosamente, há quem prefira “as árvores do jardim” à Presença de Deus. Você pode obter todas as conquistas que almeja e ter ao seu lado uma infinidade de pessoas e bens e, ainda assim, se sentir só e vazio. Você pode enfeitar esse “buraco” com o que quiser – viagens, toda sorte de recursos, regalias e dinheiro do país que preferir – mas, ainda assim, ele continuará sendo um “buraco”.

No dia em que Moisés encontrou a Presença de Deus, maravilhado, nunca mais se permitiu sair de perto dela. Esse episódio bíblico está registrado em Êxodo 3: “E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça. (…) E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.”

Da mesma forma, o Próprio Deus, não limitado ao Éden ou a uma sarça, se faz conhecer por aqueles que O desejam, ainda que acanhados, como Moisés, ou envergonhados, como Adão e Eva, mas que se mostram dispostos a ouvir a Sua voz. É bem verdade que poucos tiveram na história da Humanidade a experiência que Moisés teve com o Altíssimo. Como bons amigos, eles conversavam face a face (Êxodo 33.11) e, um dia, aquele que encobriu o rosto temendo olhá-Lo, ousou pedir para ver Sua glória (Êxodo 33.18).

Era essa Presença experimentada por Moisés (e desconhecida pelo resto dos hebreus) que fez uma distinção clara entre o grupo de milhões e uma pessoa. Enquanto Moisés ansiava por Sua Presença preferindo não ir a lugar nenhum sem Ela (Êxodo 33), o povo, que conhecia Moisés, mas não o Deus dEle, agonizava em razão das dúvidas. O povo conhecia a Deus apenas por Sua mão poderosa, mas Moisés O conhecia por ser Quem Ele é (Êxodo 3.14). Como outrora, hoje muitos desfrutam da Presença dEle de forma coletiva, beliscando Seu poder daqui ou dali por meio das bênçãos.

Uma parábola, descrita em Mateus 13.44-46, resume algo que deveria ser a preocupação do ser humano: “O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo. O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou.” A Presença de Deus é o Reino dEle em nós. Aquele “certo homem” estava correto em se desprender de tudo que tinha e, por saber o valor incomparável daquela aquisição, não o fez com pesar.

PARA QUÊ E POR QUÊ?
Ter a Presença Divina materializada na Pessoa do Espírito Santo, portanto, não deveria ser visto como um “item adicional” – como aqueles listáveis em um contrato. Quando alguém tem a Presença Divina, tem Deus dentro de si, então, nela não há limites nem problemas e situações que a amedrontem (2 Coríntios 4.8-9). É a Presença Divina quem dá a ele a satisfação nesta vida e, ao partir deste mundo, lhe garante a vida eterna. A questão é que poucas pessoas A valorizam e, como crianças seduzidas com qualquer chocalho, se encantam facilmente com as bênçãos disponíveis por aí.

À Folha Universal, o Bispo Jadson Santos observou que “é muito triste ver uma pessoa na Igreja que não tem o Espírito Santo e nem sequer está preocupada com isso”, pois está focada em outras coisas. “Com o Espírito Santo já é difícil e sem Ele a pessoa não consegue ir até o fim. As bênçãos podem nos levar a dar muitos testemunhos, mas é o Espírito de Deus que nos leva até o fim. Tem gente que não tem o Espírito Santo, mas está buscando, largou as coisas erradas, está no caminho certo e uma hora vai acontecer”, completou. Ele lembrou que, para recebê-Lo, não é preciso perfeição. “A sinceridade não é fruto do Espírito Santo, mas algo que Deus cobra antes da pessoa para que receba o Espírito Santo. Se houver sinceridade e sede, não tem como a pessoa não ser batizada com o Espírito Santo. Agora, ela tem que saber para que quer ter o Espírito Santo e, se o desejo dela for servir aos propósitos dEle, Ele virá sobre ela”, salientou o Bispo.

Às vezes, a pessoa deseja insistentemente estar na presença de uma autoridade, de um empresário de renome ou de um artista, mas, quando se tem a Presença de Deus, qualquer outra fica em segundo plano. “Se Deus falar para você: ‘vou te dar o carro dos seus sonhos, mas não vou estar com você nesse carro’, você aceitaria? Ou ‘eu te dou o que você deseja, mas não vou estar com você’, você aceitaria? Tem quem queira, porque ainda não entendeu a grandeza da Presença. Deus quer habitar em você e, quando você entende a grandeza da Presença dEle, você O coloca acima de tudo e essas conquistas não vão atrair você, pois a Presença continuará tendo mais valor”, citou o Bispo Jadson.

E SE VOCÊ TIVESSE OITO DIAS DE VIDA?
Em Piedade, no litoral de Pernambuco, o empresário Sandro Teodoro Rodrigues, (foto abaixo) de 52 anos, saiu de casa calçando chinelo de dedo para uma consulta de rotina. Mas o que levaria alguns minutos levou semanas. Ele relata o que aconteceu: “a médica olhou para mim, pediu um exame de sangue e me surpreendeu ao dizer que me internaria. Eu estava com anemia profunda”. Meses antes, Sandro tinha sofrido um acidente de moto.

“Me levantei daquele acidente e caminhei para casa achando que tinha sido uma simples pancada. Dois meses depois, no entanto, passei a fazer força para urinar e não conseguia. Procurei um urologista, mas nada foi constatado nos exames. A princípio, tudo voltou ao normal com os medicamentos, mas logo o sintoma voltou, eu não conseguia urinar e essa dificuldade me fez perder muito sangue”, diz.

Ao chegar na emergência, ele recebeu uma sonda para urinar. “O médico chamou minha irmã e disse que não poderia fazer nada por mim, que era para que ela avisasse a família que eu teria oito dias de vida e não passaria daquela semana. No meu prontuário constava que eu estava com água no coração, que a urina tinha vazado para os pulmões e que boa parte dos meus órgãos estava infeccionada. Eu não comia mais nada, só me alimentava pela sonda, comecei a emagrecer e cheguei a pesar 38 quilos. Os rins já não funcionavam e fui para a hemodiálise. Foi na UTI que o médico mencionou que eles tinham chegado ao limite do que poderiam fazer.”

Se recebessem a notícia de que teriam só mais oito dias de vida, muitas pessoas procurariam se despedir, perdoar alguém ou mesmo conversar. Mas com Sandro foi diferente: “não passava pela minha cabeça que eu estava doente. Eu não me via naquela cama, apesar de tudo que os médicos diziam. Se morresse, eu sabia para onde iria. Eu via muitas pessoas desesperadas, como esposas, maridos e mães, e falava de Deus com elas.”

Além de todas as características que tornam a Presença de Deus um valor inigualável, a principal é que a pessoa não corre atrás de bênçãos, mas se torna a própria e, assim, por meio dela, todo o restante também é abençoado. Ou seja, muitas coisas acontecem por meio dessa pessoa quando o Espírito de Deus está nela. Sandro já conhecia a Universal havia 20 anos e conhecer também a Presença Divina fez a diferença. “Sem o Espírito Santo, eu teria me desesperado. Meu irmão ficou extremamente nervoso com a notícia e, minha sogra, por achar que eu morreria, pegou minhas roupas e doou, inclusive meu uniforme de obreiro. Mas eu estava em paz. Nesse hospital não tinha leito, pois era época da pandemia e todos os dias eu via pessoas morrendo, mas eu me agarrava à expressão ‘não temas’ que o Senhor Jesus falou a Jairo (Lucas 8.50)”, lembra Sandro. Ele diz ainda: “se eu morresse, eu não tiha nenhuma dúvida da minha Salvação e, se não fosse o Espírito Santo, eu não teria aguentado. Dou graças a Deus pelo Espírito dEle estar dentro de mim”, avalia.

Nenhuma presença – nem a do médico, nem a de pessoas próximas – pôde assegurar a Sandro o que só o Espírito Santo foi capaz. “Tinha algo que eu era muito apegado e pensei: ‘o que adianta eu estar com isso? Se eu morresse, ficaria aí. Mesmo que eu fosse para um hospital melhor e desse o valor na mão de um médico, o meu problema não seria resolvido. Então apelei para a Fé em uma Fogueira Santa.” Sandro ficou 45 dias no hospital e a equipe médica se surpreendeu com a reviravolta. “A médica disse que não sabia o que estava acontecendo, mas que os exames e o pulmão estavam ótimos e que eu receberia alta. Hoje, levo uma vida normal e sei que o meu maior tesouro não é isso. Meu maior tesouro é o Senhor Jesus, é ter Deus dentro de mim guiando meus passos. Isso é incalculável”, encerra.

“O MAIS BÊBADO DA HISTÓRIA”
Aos 11 anos, o empresário José Cleovan Santos, (foto abaixo) de 38 anos, natural de Goiás, se tornou viciado em bebidas alcoólicas e depois em drogas. “Foi maconha, merla (subproduto da cocaína), cocaína, crack, rebite (derivado da anfetamina) e várias outras. Eu andava dia e noite atrás de drogas pelas ruas feito um zumbi, sem comer, sem dormir nem tomar banho”, diz. Por isso, ele teve muitas perdas. “Em 2012, vendi minha casa por R$ 125 mil para gastar tudo em pedras de crack. Depois, vendi moto, carro e cometi furtos dentro e fora de casa. Troquei até meu chinelo por um pedaço de ‘pedra’”, descreve. Agindo assim, ele passou a dormir dentro do próprio caminhão que usava para trabalhar, já que não tinha para onde ir. “Aos 14 anos, eu já era operador de máquinas agrícolas, depois fui me aperfeiçoando em caminhões até chegar em carretas de grande porte, com a qual trabalhei até 2021. Contudo, cheguei a morar dentro do próprio caminhão, porque eu já não tinha mais casa”, conta.

Em 2019, completamente embriagado, Cleovan saiu para viajar de caminhão. “Nesse dia, como eu andava em ziguezague pela pista, os motoristas me denunciaram para a Polícia Rodoviária Federal. Ao fazer um teste do bafômetro, o etilômetro registrou uma taxa de álcool quatro vezes maior do que qualquer pessoa normal poderia suportar. O próprio policial relatou que nunca tinha visto alguém dirigir bêbado daquela forma. Fui até considerado o caminhoneiro mais bêbado da história do Brasil. Minha mãe, pensando em me ajudar, me levou para a casa dela, mas, em vez de ter juízo, usei tanta droga que isso desencadeou um problema cardíaco. Eu bebia e me drogava mais a cada dia e roubava os pertences dela. Ela tinha uma moto e a deixei com um traficante em troca de droga”, diz.

Por conta do problema cardíaco, Cleovan teve um infarto. Ali, ele viveu uma experiência de quase-morte (EQM), como detalha: “no inferno, percebi que minha vida aqui na Terra tinha sido em vão, pois a única coisa que se leva após a morte é a alma. Lembrei que minha mãe e meu irmão oravam por mim e pedi a misericórdia de Deus. Foi quando recobrei a consciência. Foi assim que cheguei à Universal e logo percebi que não bastava apenas ter entrado na Terra Prometida – no caso, na Universal –, se eu não tivesse a Presença prometida, que é o Espírito Santo. Só Ele poderia me dar forças e direção para permanecer firme”.

Ele, que hoje é casado há quatro anos com Elen Cristina Siqueira, ressalta o que mudou depois de ter recebido a Presença de Deus: “hoje sou um homem transformado, feliz e realizado. Ter o Espírito Santo é ter um pedaço do céu dentro de mim. Minha maior preocupação é manter essa comunhão com Deus até chegar a minha hora e os anjos me levarem aos céus, pois ao inferno eu já fui”, conclui.

O QUE REALMENTE IMPORTA
A assistente comercial Rosilene Fernandes Candido, (foto abaixo) de 37 anos, está há 20 anos na Universal. Ela descreve o que aconteceu durante esse tempo: “nasceu em mim o desejo de servir a Deus. Então, eu me dediquei a esse objetivo e, aos 15 anos, fui escolhida para isso. Eu me entregava muito à Obra de Deus e fazia tudo com muito amor, mas, com o passar do tempo, entrei no ‘automático’: deixei de orar e de meditar na Palavra de Deus, não fazia mais propósitos e as coisas de Deus foram se tornando pesadas e cansativas. Ainda assim, eu estava sempre presente na Igreja e de forma ativa, mas achando que só por estar servindo a Deus estava tudo bem, mas não estava”.

Rosilene se envolveu com a Obra de Deus, mas não com a Presença do Autor dEla. Logo, começou o esfriamento espiritual. “Me lancei na instituição, mas o Autor da Obra muitas vezes passava despercebido, pois não havia o cuidado da minha parte de manter uma comunhão sincera com Ele. Tudo isso foi muito sutil. Logo me envolvi sentimentalmente com uma pessoa e, aos 19 anos, saí da Igreja.” Rosilene explica como isso aconteceu: “eu não planejei sair, mas as minhas atitudes me levaram a isso. Então, no primeiro momento, foi difícil estar fora, mas depois fui me acostumando e até gostando, pois comecei a ir a festas, a ter amizades e esse brilho me encantou. Me sentia livre, mas, ao mesmo tempo, a sensação de alegria era momentânea. Eu tinha me tornado uma pessoa triste, fria, sozinha e vazia. Fiquei oito anos afastada da Presença de Deus, quando vivi como se nunca tivesse conhecido a Verdade”.

A Presença de Deus pode se esvair quando não nos atentamos às nossas reações, prioridades e escolhas. Por isso, o cuidado e a atenção cabem a cada um (1 Tessalonicenses 5.19). Rosilene percebeu isso. “Aos poucos, eu fui me lembrando de quem eu era e de como me sentia quando tinha a Presença de Deus e decidi voltar. O Espírito Santo se tornou minha necessidade e entendi que Ele era o Único que poderia me dar vida. Ao ter um encontro com Ele, o vazio e a tristeza deram lugar à paz”, ressalta. Hoje, ela comemora: “tenho plena consciência de que não há outro rumo para a minha vida, a não ser andar com Ele.” Casada e com a família restaurada, ela diz que tudo se fez novo: “as lutas ainda existem, mas hoje não as enfrento sozinha”.

SENDO O BAÚ
O Reino de Deus começa em você a partir de sua entrega, que depende de uma decisão estritamente pessoal. Quando você entende o quanto tê-Lo consigo é altamente proveitoso, não poupa esforços para alcançar isso. Todos temos condições de carregar esse tesouro. Você O quer?

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: arte sobre foto KucherAV/getty images / Emerson fotografia / arquivo pessoal / Mídia FJU / Erik Rezende