É muito comum hoje em dia ver pessoas sofrendo com situações que geram ansiedade e depressão. Várias delas não buscam ajuda ou quando o fazem não encontram uma solução. Infelizmente, algumas trilham um caminho que as faz pensar em tirar a própria vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram dessa forma. De cada 100 mortes, uma foi por suicídio.

Um alerta
Recentemente, o lutador britânico de MMA (artes marciais mistas, da sigla em inglês) Paddy Pimblett desabafou sobre a dificuldade que as pessoas têm para falar do assunto. A declaração foi feita depois que ele venceu sua terceira luta consecutiva pelo Campeonato de Luta Final, na tradução para o português, cuja sigla é UFC.

Antes do confronto, Pimblett recebeu a notícia que um grande amigo seu tinha se suicidado. “Existe um estigma neste mundo de que os homens não podem reclamar. Se você é um homem que está carregando muito peso nos ombros e acha que a única solução é tirar sua própria vida, por favor, fale com alguém. Fale com qualquer pessoa. Eu prefiro ter meu amigo chorando no meu ombro do que ter que ir ao seu funeral na semana que vem. Então, por favor, vamos acabar com esse estigma. E que os homens comecem a falar”, disse o lutador.

Quebrando o silêncio
A depressão não é uma dificuldade exclusiva dos homens. As mulheres também sofrem com ela. A micropigmentadora e especialista em estética Fernanda Soares Batista, (foto abaixo) de 41 anos, moradora de Catu, na região metropolitana de Salvador (BA), é um exemplo. “Quando eu tinha 17 anos, começaram as crises generalizadas de ansiedade e eu lembro de tentar me jogar de uma sacada. Eu tinha síndrome do pânico, depressão e me sentia vazia. Eu tinha parado de tomar as medicações, pois não melhorava. O auge do meu desespero ocorreu no começo de 2020, no início da pandemia de Covid-19”, diz.

Sem saber o que fazer, ela bebia todos os dias e passava noites sem dormir. “Um dia eu recebi de uma amiga o link do projeto Pastor Online e isso foi extremamente importante na minha vida. Eu não ouvia as pessoas, não ligava para os conselhos que recebia e não ouvia a Palavra de Deus, mas, quando recebi o link, aquela Palavra que eu ouvi foi certeira. O Pastor Online foi crucial para que hoje eu esteja viva e na Presença de Deus”, avalia.

O que é o Pastor Online?
O Pastor Online é um projeto criado pela Universal em 2013 que visa oferecer atendimento espiritual e apoio emocional a quem necessita. “O trabalho é realizado por pastores e esposas de pastores da Universal que se revezam a qualquer hora do dia ou da noite. Nós temos pastores do mundo inteiro atendendo em diversos continentes”, esclarece o Pastor Rubens Ennes, coordenador do projeto.

Ele está à frente do trabalho há cinco meses e diz que o serviço tem um grande diferencial: “nada se compara nem substitui um atendimento presencial, mas aqueles que estão, por alguma razão, impossibilitados de ir à Igreja naquele momento dispõem desta ferramenta e podem ter, em tempo real, uma conversa franca. Não temos ali um robô ou um assistente virtual, mas quem conhece o outro lado da moeda”.

Ennes afirma que uma conversa com alguém capacitado espiritualmente é capaz de reorientar quem está se sentindo perdido.

“O momento mais crítico pode ser o início de um novo e melhor ciclo em sua vida. Não perca mais tempo e se permita ser ajudado em uma conversa sem julgamentos, mas com o direcionamento certo para superar as suas dores.”

Ele esclarece que mais de 6 mil voluntários fazem o atendimento por meio do site pastoronline.com, de forma gratuita e sigilosa. Até agosto deste ano foram atendidas 202.253 pessoas, uma média de 25 mil atendimentos mensais.

#temjeito
Para ampliar a conscientização de que é possível sair da prisão interior causada pela depressão e outros males psicológicos, o Pastor Online está realizando a campanha #TemJeito durante o mês de outubro, com ações nas ruas e nas mídias sociais. “Existe uma voz que desengana e enterra toda expectativa de mudança. É algo espiritual que tenta convencer a pessoa que sofre que é tarde demais e que para ela não tem mais jeito. No entanto podemos provar que não é bem assim e exemplos não faltam”, conclui o Pastor Ennes.