Você entende ou questiona as escolhas divinas?

Por se acharem merecedoras ou se colocarem em um pedestal, muitas mulheres querem dar palpites sobre as decisões de Deus

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O que você, eu e todas nós temos a ver com as escolhas Divinas? Absolutamente nada. Mas isso não é tão simples de entender. Quer você goste, quer não, a triagem espiritual que Deus faz cabe apenas a Ele e nossas capacidades, habilidades, nossos talentos ou nossa desenvoltura, muitas vezes, pouco importam para que Ele tome suas decisões. É por essa razão que muitas pessoas se frustram: elas não entendem as escolhas divinas.

Há mulheres que pensam, por exemplo, que merecem assumir certas responsabilidades pelo tempo de experiência em uma certa função ou pela competência delas e colocam-se, assim, em um pedestal. Já outras analisam as possibilidades e apontam quais são suas preferências, como se Deus fosse consultá-las. Quando as coisas não saem como elas esperam, surge a decepção.

A escritora Cristiane Cardoso discutiu esse tema em uma Meditação da Palavra, que está disponível no Univer Vídeo. A reflexão foi feita com base nas lições contidas em Salmos 105.26-27, que diz: “Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera. Mostraram entre eles os seus sinais e prodígios, na terra de Cão”. Assim, Cristiane explicou que “Deus escolhe o imprevisível”, como ocorreu com Moisés.

A Bíblia conta que, depois do decreto egípcio que determinou que todos os bebês hebreus do sexo masculino deveriam ser mortos (Êxodo 1), Moisés foi deixado por sua mãe à beira do rio Nilo. Ele foi resgatado pela filha do faraó e, embora tenha crescido no palácio, “não era do palácio”, como Cristiane descreveu. Tanto que, ao ver um escravo ser maltratado, Moisés acabou matando um egípcio. Moisés não era egípcio, mas também não era visto por seus pares como um hebreu nato, pois não tinha passado pela escravidão. “Assim, ele não pertencia a lugar nenhum.

Deus escolheu um homem que não era popular, que não tinha lugar no mundo. Deus escolheu aquele que não tinha identidade, alguém com quem ninguém se identificava. Deus escolhe o imprevisível, algo que ninguém escolheria”, observou.

COM QUAIS INTENÇÕES?
Salomão, por exemplo, foi um desses casos: Deus escolheu justamente ele, o filho de Bateseba – e não o primogênito de Davi, Amnon –, para suceder o rei. Mas certamente Amnon sentia que merecia ser escolhido para dar continuidade ao reinado. “Quando você pensa que merece ser escolhida por Deus, você não é escolhida por Ele. Deus escolhe as coisas loucas (1 Coríntios 1.27). Por isso, nós não temos que questionar as escolhas de Deus e pensar, por exemplo, ‘por que ele? ou por que ela?’ A nossa cabecinha, muito pequenininha, não entende as coisas de Deus, mas quanto mais nos aprofundamos na Palavra dEle, mais entendemos a grandeza de como Ele trabalha, a apreciamos e reconhecemos que não temos nada. Agora, se você acha que é alguma coisa, não consegue entender a grandeza de Deus porque já se acha grande. E aí, realmente, sempre será aquela que verá os outros crescerem e os outros serem escolhidos”, disse. Por fim, Cristiane considerou que o “interessante não é aparecer”, mas servir a Ele.

Muitas vezes, por trás de nossas birras e opiniões estão apenas nossas intenções – e é mais fácil e cômodo servir a elas do que abdicar de dar palpites e satisfazer nossas vontades para aceitar as decisões de Deus. Qual é o seu caso? Você prefere se entregar à comodidade ou confiar no Altíssimo?

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: JGI/Jamie Grill/getty images