Você conhece o seu ponto fraco?

Conhecê-lo é a chave para se manter forte. Entenda

Imagem de capa - Você conhece o seu ponto fraco?

Se perguntássemos quais são as suas qualidades, provavelmente você diria, no mínimo, três. Somos estimulados a pensar nelas e, por isso, é mais comum ouvir uma pessoa destacando seus pontos positivos, como por exemplo, “eu sou muito sincero”, “eu sou muito bom em cálculos matemáticos” ou “eu sou uma cozinheira de mão cheia”.

O que não é comum é ouvir alguém dizendo que é orgulhoso ou que não resiste ao flerte com outra pessoa porque gosta de se sentir desejado (a) ou que é hipersensível e se ressente facilmente das pessoas.

Normalmente, uma análise precisa desse tipo é feita em relação à fraqueza alheia porque é mais fácil e confortável identificar os defeitos dos outros. Mas o que é ignorado é que, apesar de trazer alguns problemas, não são os defeitos alheios que geram grandes impactos em nossas vidas, mas os nossos.

As pessoas tendem a aprimorar suas qualidades e são estimuladas desde pequenas a desenvolverem seus talentos. Contudo tão importante quanto aperfeiçoar o que é bom em nós é saber qual ou quais são nossos pontos fracos, pois não ter conhecimento dessa informação pode pôr a perder tudo o que foi construído com todas as nossas qualidades.

Durante o programa Inteligência e Fé, o Bispo Renato Cardoso abordou o assunto e explicou que o ponto fraco é aquela área em que somos mais facilmente tentados e em que, mesmo com pouca investida do mal, corremos o risco de ceder.

E todo mundo tem, ao menos, um ponto fraco. Isso não nos torna menores do que ninguém, apenas revela a nossa humanidade (confira no boxe ao lado uma lista dos pontos fracos mais comuns).

Não é indicado, contudo, ignorar que essa fraqueza existe, pois, agindo assim, essa fraqueza vai gerar sérios problemas. “Se você não fizer nada sobre o seu ponto fraco, você vai acabar caindo e, do ponto de vista espiritual, que é muito mais importante do que o físico, se você não vigiar o seu ponto fraco poderá perder a sua alma, perder a eternidade”, alertou o Bispo Renato.

Coragem para fugir
Em de fazer algo para não ceder às situações a que aquela fraqueza está os induzindo a cair, muitos preferem sucumbir a ela sob a alegação de que “a carne é fraca” e usam da maneira que lhes convêm as Palavras do Senhor Jesus como justificativa todas as vezes que não conseguem resistir a algo.
Mas atente para o que disse Jesus: “… na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41), ou seja, a carne é sim fraca, é a condição dela e isso não muda, mas o espírito pode estar pronto. Ter o espírito pronto, destaca o Bispo Renato, é usar a inteligência para analisar que é preciso se prevenir para não ser derrotado pelo seu ponto fraco.

Uma das formas de se poupar de cair em tentação é fugindo da aparência do mal, como a própria Bíblia orienta em 1 Tessalonicenses 5.22. O mais interessante nessa orientação é que não é preciso ter certeza de que algo é mau, apenas sua aparência já é motivo para se afastar.

E, neste caso, fugir não é covardia, mas coragem. “Somente os corajosos são ‘covardes’ para o pecado, porque você precisa ser corajoso para dizer ‘não’ para sua carne, ‘não’ para si mesmo e para entender que não pode confiar em si mesmo no que se refere às tentações que vêm ao encontro das suas fraquezas”, diz o Bispo.

Fraqueza em força
Conhecer o próprio ponto fraco não apenas possibilita traçar estratégias para não se envolver em problemas por causa dele como também nos dá a oportunidade de nos fortalecermos. O apóstolo Paulo reconheceu quando estava fraco, buscou apoio em Deus e se fez forte (2 Coríntios 12.9-10). O mesmo pode ser feito por qualquer pessoa. “Então aquela fraqueza se torna razão para força porque estaremos orando mais, estaremos mais humildes, mais dependentes de Deus e mais vigilantes”, concluiu o Bispo Renato.

Lembre-se: você não precisa ser fraco porque tem um ponto fraco, mas precisa ser mais forte do que
essa debilidade.

As dez fraquezas mais comuns do ser humano

1. Álcool, cigarro e entorpecentes usados como válvula de escape da realidade. Videogames também cabem aqui

2. Flertes: muitos gostam de receber atenção do sexo oposto. Não se engane, o “xaveco” é apenas a porta de entrada para que o pior aconteça

3. Dinheiro: há quem faça tudo para tê-lo, mesmo que seja algo ilegal ou imoral

4. Orgulho: ele parece inofensivo, mas leva a pessoa a não medir as consequências de seus atos

5. Sexo: a obsessão pelo prazer sexual leva a pessoa a situações extremas

6. Deixar as emoções no controle da vida

7. Comparações: ação que gera cobiça, inveja e complexo de inferioridade

8. Se tornar vítima das dúvidas, indeciso e dependente da opinião alheia

9. Medo de errar, de perder o que tem, de ficar sozinho, de perder o controle, de tudo. Ele paralisa a vida

10. Distrações: o que parece divertido pode tirar nosso foco, inclusive da vida espiritual

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Colaborador

Núbia Onara/ Fotos: Ignatiev/getty images, Francisco Romero-Elesin Aleksandr/getty images, Tanya Constantine/getty images, 4x6/getty images