“Vivíamos imersos em profundo medo e sofrimento”
Alcivan Prado enfrentou fome, violência, o assassinato do irmão mais novo pelo padrasto e outras situações que quase o fizeram desistir da vida. Veja como a fé mudou sua história
Aos 46 anos, Alcivan Prado, técnico em eletrônica, ainda se lembra de que sua infância foi marcada por tormentos. “Cresci em uma família humilde. Meu pai deixou minha mãe, o que desencadeou nossa infelicidade. Éramos três irmãos.” Depois que seu pai foi embora de casa, sua mãe se envolveu com um homem que maltratava e agredia fisicamente todos eles. Com o desemprego do padrasto e da mãe, a miséria aumentou na família.
Por causa das privações materiais, eles tiveram de sair da casa emprestada em que viviam: “minha mãe, então, ergueu um barraco de palha para nos abrigar, mas, quando chovia, molhava mais dentro dele do que fora”. Além das agressões e dificuldades, Alcivan conta que o padrasto tentou tirar a vida de seu irmão recém-nascido, pois alegava que o filho não era dele.
Certa tarde, a mãe de Alcivan foi pescar por conta da falta de comida e, enquanto ela estava fora, o padrasto dele agiu de forma perversa, incendiando a casa na tentativa de matar todas as crianças. Graças à intervenção de vizinhos, eles escaparam ilesos. “Vivíamos imersos em profundo medo e sofrimento. Infelizmente, quatro meses depois, meu padrasto assassinou meu irmão mais novo”, diz.
Por medo das ameaças que o companheiro fazia, a mãe de Alcivan não o denunciou. Depois, ela engravidou outra vez, mas sofria violência diária do companheiro, que não provia alimentos para a família. “Íamos ao lixão para comer restos. Até que minha mãe contraiu uma doença e faleceu no parto ao dar à luz minha irmã.”
Após a morte de sua mãe, Alcivan foi viver com seu pai e sua madrasta, mas era vítima de maus-tratos cometidos por eles. Na adolescência, ele diz que mergulhou no desespero e na falta de perspectiva. “Eu queria desistir e morrer. Não suportava mais sofrer”, diz.
Quando tinha 16 anos, Alcivan foi morar com a avó. Nessa época, ele se envolveu com más companhias e passou a usar drogas e álcool e a cometer pequenos furtos. A avó não aceitou as atitudes dele. “Depois de ser expulso da casa de minha avó, eu me senti perdido, sem rumo, e a morte parecia ser a única saída para mim. Foi então que, ao ligar o rádio, ouvi um programa da Universal. Nele, o pastor falava de pessoas que estavam em desespero e consideravam o suicídio. Ele destacou que para cada dificuldade existe uma solução. Movido por esse pensamento, decidi visitar a igreja no dia seguinte e entreguei minha vida no Altar, compreendendo que Jesus era o Único capaz de me salvar.”
Alcivan passou pelo batismo nas águas, cultivou uma relação mais profunda com Deus e recebeu o batismo com o Espírito Santo. “Hoje, sou um homem transformado. O vazio foi substituído pela alegria e o desejo de morrer, pela vontade de viver. O Altar me proporcionou tudo que um dia desejei: uma família, estabilidade financeira, caráter e paz. Acima de tudo, ganho almas para Jesus e conquistei meu maior tesouro, que é a minha Salvação”, conclui.
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