O pedreiro Arlindo João Mendes, de 62 anos, conta que se deixou influenciar por falsas amizades na juventude. Trabalhador desde muito cedo, ele vivia em Guaianases, distrito na zona leste da cidade de São Paulo. Certa vez, quando voltava para casa depois do trabalho, ele aceitou experimentar um cigarro de maconha, o que se tornou frequente. “Até que um dia uma viatura nos abordou logo depois de comprarmos drogas e foi a primeira vez que fui parar em uma delegacia. Assinei o inquérito e fui solto. Isso foi uma decepção para a minha mãe”, recorda.

Mesmo depois dessa experiência ruim, ele afirma que continuou usando drogas e, por causa disso, sua situação piorou. “Eu já tinha esposa e dois filhos e uma vida totalmente destruída. Eu era usuário de drogas, viciado em bebidas e em prostituição e frequentava boates. Eu tinha um relacionamento conturbado e todos os trabalhos que eu conseguia não davam certo porque, no retorno do almoço, eu voltava bêbado. Eu era mentiroso, as pessoas não tinham confiança em mim e, por não parar em nenhum serviço, comecei a vender drogas. Fui preso nos anos 1980 e cumpri pena por dez anos”, afirma.

Ao ser solto, ele lembra que se entregou de vez ao vício em drogas e bebidas na tentativa de fugir da realidade. Quando estava indo com um colega comprar tóxicos, ele quase foi morto. “Armaram contra mim, levei seis tiros e quase morri, mas Deus já tinha um plano para a minha vida. Minha família tinha vergonha de mim pelas coisas que eu fazia e não tínhamos um dia de paz, pois era briga atrás de briga. Minha esposa não suportou tanto sofrimento e nós nos separamos. Então, eu saí de casa e fui morar em um porão sujo com um amigo. Nós vivíamos à base de bebida”, diz.

Bastou uma decisão
Em um dia de 2019, quando ele estava na porta de um bar, uma de suas filhas, que é obreira na Universal, o convidou para ir à igreja. “Lembro até hoje o que ela me disse: ‘pai, essa não é a vida que Deus tem preparada para o senhor. Ele tem o melhor para lhe dar, basta o senhor ouvir e obedecer à Palavra’. Ali eu vi o cuidado que Deus tinha comigo. Mesmo que eu estivesse no fundo do poço, vazio, sem esperança nenhuma, Ele estava cuidando de mim. Comecei a frequentar as reuniões, me entreguei de fato e dei meu tudo para Deus. Conforme eu fazia a minha entrega, fui vendo Deus me restaurando completamente, me batizei nas águas e em quatro meses recebi meu bem mais precioso: a Presença de Deus. Com isso, todos os meus traumas, medos e vazio foram superados”, assegura.

Embora Arlindo tenha decidido se entregar a Deus, ele conta que seu período de libertação não foi fácil. “Eu ia às reuniões com dois cigarros no bolso para fumar depois de sair da igreja, mas algo dentro de mim já estava mudando. Eu já me sentia muito mal por ouvir a Palavra de Deus e voltar a fazer tudo errado. Deus estava trabalhando em minha vida, até que eu falei com o Senhor Jesus com toda sinceridade e pedi ajuda. Foi quando abandonei o erro e me libertei de todos os vícios, inclusive em cigarro, que me acompanhou por 47 anos. Eu já tinha tentado parar de fumar e não conseguia”, relata.

Livre dos vícios e de tudo que o oprimia, Arlindo diz que, depois de receber o Espírito Santo, não demorou para ter sua história totalmente transformada. “Hoje estou na fé, tenho minha família restaurada, minha esposa e meus cinco filhos me perdoaram por todos os meus erros e agora vivemos em harmonia. O mais importante é que Deus habita em mim. Já não preciso de nenhum tipo de vício para ser feliz. Com Deus, minha alegria é permanente, mesmo em meio às lutas. Sou um novo homem”, finaliza.