Usado de forma metafórica para representar o amor, o coração é um órgão essencial. Sua missão é bombear o sangue para todo o corpo humano e o sentimos bater na região torácica. Se ele parar, os demais órgãos também param. Por conta disso, convém ficar atento às doenças cardiovasculares e para o fato de que elas representam a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo.

Segundo o Cardiômetro, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), só neste ano, mais de 200 mil brasileiros morreram em virtude de doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação. A estimativa é que, no final do ano, sejam registradas 400 mil mortes. Dentre as doenças cardiovasculares, a principal e mais conhecida é o infarto agudo do miocárdio, chamado popularmente de ataque do coração.

“O infarto agudo do miocárdio, que é um músculo do coração, decorre da obstrução de uma das artérias coronárias que irrigam esse músculo. Temos várias dessas artérias e, quando uma está obstruída, a região do músculo cardíaco fica prejudicada e pode ‘morrer’, o que traz consequências graves se não for rápida e corretamente identificada e tratada”, diz Fernando Nobre, cardiologista e doutor em medicina pela Universidade de São Paulo (USP).

Números crescentes
Um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), com dados do Datasus referentes a internações hospitalares em instituições públicas e privadas, revela que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou 157% entre as mulheres e 158% entre os homens. No mesmo período, o infarto agudo do miocárdio, infarto recorrente ou complicações subsequentes ao infarto causaram a morte de mais de 1,3 milhão de brasileiros, de acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade do Datasus.

Vários fatores contribuem para que a pessoa tenha um ataque cardíaco, mas você sabia que o clima também pode influenciálo? Nobre diz que no frio há maior probabilidade de que problemas cardíacos ocorram: “isso acontece em razão das condições ambientais, do maior fechamento dos vasos sanguíneos em decorrência das baixas temperaturas, além de outros aspectos relacionados a algumas formações no sangue, como as plaquetas estarem mais suscetíveis e formarem trombos [coágulo sanguíneo]”. Já que o inverno vai até o dia 23 de setembro, é importante conhecer os fatores de risco e os sintomas do infarto. Apesar dele ser assustador, não é necessariamente fatal. Veja mais informações ao lado.