Valorização da vida e suicídios evitados

Conheça o trabalho realizado pelo grupo Depressão Tem Cura e pelo Projeto Help, do Força Jovem Universal

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 700 mil pessoas morrem por ano por causa do suicídio, o que representa uma a cada cem mortes registradas. Por esse motivo, a Universal trabalha em duas frentes específicas de apoio espiritual e prevenção ao suicídio: o grupo Depressão Tem Cura (DTC) e o Projeto Help, realizado pelo grupo Força Jovem Universal (FJU).

Apenas no primeiro semestre deste ano, as ações do DTC ofereceram apoio a 340,6 mil pessoas e evitaram sabidamente 1.856 suicídios.
A cearense Ananda Alves conta que, quando começou a ser voluntária do DTC neste ano, se deparou com uma situação difícil: “minha tia tinha tentado se suicidar. Meus pais a socorreram e a levaram ao hospital, onde a situação foi revertida e ela foi encaminhada a uma instituição psiquiátrica. Ali, ela recebeu o diagnóstico de depressão, bruxismo e a orientação que se aposentasse, pois não conseguiria mais realizar suas atividades normais”. Segundo Ananda, “com muita insistência, conseguimos convencê-la a aceitar ajuda, ela passou a ser acompanhada e alcançou uma grande mudança interna. Atualmente, ela está bem, não precisou se aposentar e conseguiu retornar ao trabalho”.

Já o Projeto Help, apenas em 2023, distribuiu 754 mil cartas com mensagens positivas em pontes, estações ferroviárias, escolas e espaços públicos. O Projeto também realizou 1,4 mil palestras sobre saúde mental e nelas prestou atendimento a 6,5 mil pessoas por meio do Cantinho do Desabafo.

Lorrayne Espindola, de 25 anos, que atua no Help em Betim (MG), relata que ela mesma foi uma das pessoas que receberam auxílio. Ela teve depressão e ansiedade aos 15 anos, em decorrência da separação dos pais. Durante oito anos, ela alimentou a ideia de se suicidar e de matar o marido, Breno. “A Lorrayne era muito nervosa, ciumenta, insegura e agressiva. Ela tinha complexo em relação ao corpo, mentia muito e bebia.

Muitas vezes, quando eu chegava em casa, ela estava chorando em um canto e, quando eu perguntava o que estava acontecendo, ela não conseguia se abrir”, comenta Breno.

Isso só teve fim quando uma voluntária do Projeto Help a visitou em casa, em 2022. Depois de receber a ajuda necessária, Lorrayne se tornou “mais segura de si, mais calma, carinhosa, cuidadosa e respeitosa. Ela também é sincera e se preocupa em ajudar o próximo.Ela nunca mais falou em se matar nem ameaçou me matar. É uma pessoa muito mais alegre, não tem mais vícios e também nunca mais a vi sofrendo com crises de ansiedade. Ela está de fato transformada”, conta Breno.

Onde existe um templo, há também uma porta aberta para pessoas depressivas, ansiosas, com desejo de suicídio, em conflito com a lei, esquecidas pela sociedade e que anseiam por uma mudança de vida.

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Colaborador

UNIcom / Fotos: cedidas