Universal de Moçambique completa 30 anos ajudando a população do país africano

Reunião especial teve a presença de autoridades e reuniu 30 mil pessoas para celebrar a data

No dia 27/11, a Igreja Universal do Reino de Deus de Moçambique realizou uma reunião especial para comemorar os 30 anos da Instituição. Cerca de 30 mil pessoas lotaram o Cenáculo Maior, sede nacional da Universal do país africano, para celebrar a data.

Na ocasião, foram anunciados os resultados do projeto “Rumo aos 30 anos” que, nos últimos 12 meses, desenvolveu uma série de ações sociais para ajudar famílias que precisaram deixar Cabo Delgado — uma província atingida por ataques de grupos armados desde 2017, em atos classificados como uma ameaça terrorista. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito levou 670 mil pessoas a abandonarem suas casas.

O evento contou com a presença de diversas autoridades, tais como Helena Mateus Kida, ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique, Vicente Joaquim, secretário de Estado na Cidade de Maputo, Eneas Comiche, presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Albachir Macassar, diretor nacional de Assuntos Religiosos, e Ernesto Zualo, comandante da Polícia Municipal da Cidade de Maputo.

História de fé

O Bispo José Guerra, presidente da Universal de Moçambique, lembra as dificuldades para a implantação da Igreja no país. “Não foi um processo fácil, mas a Palavra é levada a todos através do apoio dos pastores, fiéis e simpatizantes.”

“[Dessa forma, também] é possível realizar ações de cunho social para apoiar aos mais necessitados, entre campanhas de arrecadação de produtos alimentares, vestuários, campanhas de doação de sangue e a criação do Centro de Centro de Formação, no qual são ministrados vários cursos.”

A Universal de Moçambique iniciou suas atividades em 28 de novembro de 1992. O primeiro missionário da Universal desembarcou no país no dia 4 de outubro daquele ano, data da assinatura do Acordo Geral de Paz que pôs fim a 16 anos da guerra civil na nação africana.

A primeira sede nacional da Igreja funcionava no antigo Cine África, na capital Maputo.

Em 1993, o Bispo Edir Macedo conduziu a primeira grande concentração de fé da Universal no país, no Pavilhão do Maxaquene — que se tornou pequeno para a multidão que compareceu.

No final daquele ano, a Igreja deu início ao trabalho social na nação africana, proporcionando assistência à população em situação de rua e aos enfermos em hospitais. Um dos desafios enfrentados foi a visita aos detentos, pois, inicialmente, não era permitido o acesso aos estabelecimentos penitenciários. Apenas com a persistência e o apoio das autoridades locais, finalmente, o trabalho de ressocialização nos presídios foi autorizado.

A Universal de Moçambique relata que “são 30 anos de resultados positivos na vida de milhares de pessoas. Sempre com o objetivo e desejo de ajudar pessoas que vivem à margem da sociedade, com suas vidas destruídas, com seus lares destruídos, que muitas vezes, pelos fracassos da vida, acabam se entregando à bebida e às drogas, e hoje são
transformadas pela dedicação e exercício da fé no Senhor Jesus, pelo ouvir e praticar os ensinamentos da Sagrada Escritura”.

Provendo necessidades básicas

Ao longo deste ano, o projeto “Rumo aos 30 anos” realizou campanhas de doação de sangue, distribuição de cestas básicas, limpeza nas praias, palestras de conscientização contra o suicídio, visitas a centros de acolhimento a idosos e presídios e promoveu distribuição de alimentos e outros itens essenciais para as famílias de Cabo Delgado.

Foram entregues 294 toneladas de alimentos, 350 cobertores, 3 mil peças de roupas, 9,1 mil kits de higiene, 9,2 mil refeições, 3.4 mil livros, dentre outros itens. Cerca de 4,1 mil voluntários também doaram sangue para hospitais e hemocentros da região.

“Sou deficiente físico e fui beneficiado pela Universal. No mês de agosto, recebi uma cadeira de rodas e alimentos. Essas ações sociais têm feito muito bem para minha família. Os alimentos que recebemos supriram as necessidades básicas que tínhamos e a cadeira de rodas está me ajudando na locomoção, porque antes eu não tinha como me locomover”, agradeceu o moçambicano Abílio Samuel, de 63 anos de idade.

imagem do author
Colaborador

Unicom / Fotos: Cedidas