Universal abre as portas de segunda igreja para grupo étnico africano

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Mosiro é uma província de Narok e está localizada no sudoeste do Quênia. O local é um dos mais secos do continente africano. Lá, vivem 16 mil habitantes, sendo que 13 mil pertencem à tribo maasai. Foi no território desta tribo que aconteceu, no dia 15 de agosto, a inauguração da segunda Igreja Universal do Reino de Deus. Na ocasião, estiveram presentes autoridades da tribo e cerca de 700 pessoas.

A reunião inaugural foi conduzida pelo Bispo Marcelo Pires, responsável pelo trabalho da Universal na África do Sul e em parte do restante do continente africano. Durante a reunião, foram distribuídos exemplares da Bíblia Sagrada aos presentes.

Mudança visível
A nova igreja tem estrutura de concreto e zinco e capacidade para comportar 300 pessoas sentadas e 700 em pé. No local, são realizadas reuniões semanais e aconselhamentos, quando se fornece suporte espiritual aos necessitados. A cada novo encontro é apresentada a todos a chance de uma nova vida por meio da fé em Deus.

De acordo com o Bispo Marcelo Pires, que é responsável pelo trabalho evangelístico e de assistência social da Universal desde que chegou ao vilarejo em que vive a tribo maasai, a mudança positiva na vida de muitos integrantes é notória.

Segundo ele, no local, os homens são pastores e valorizam muito a vida de seus animais. Outra tradição é que tenham várias esposas – o número varia de acordo com a capacidade de cada um de sustentá-las. As principais fontes de comércio são a venda de animais, da colheita e do artesanato, como pulseiras, cordões e acessórios.

“Eles abraçaram o Senhor Jesus Cristo quando ouviram falar dEle. Como resultado, passaram a usar a fé e a depositar a confiança em Deus. Hoje, na nossa primeira igreja inaugurada, temos cinco obreiros da tribo maasai. Também houve inúmeros testemunhos de pessoas que se libertaram de vícios, que foram curadas e aquelas cujas vidas foram radicalmente transformadas pelo batismo com o Espírito Santo”, declara o Bispo.

O trabalho evangelístico é feito por meio de visitas domiciliares e reuniões ao ar livre, realizadas aos sábados, quando a comunidade costuma ir às compras.

Onde tudo começou?
O Bispo Marcelo Pires se recorda das dificuldades iniciais para alcançar a tribo maasai com o Evangelho. Ele lembra que a primeira visita ao local aconteceu no dia 27 de novembro de 2013, mas que, como em qualquer outra comunidade com restrições, houve grande resistência à sua chegada por parte de alguns integrantes.

O fato da população local ter recebido inúmeras visitas antes da promovida pela Universal – por parte de pessoas que prometiam ajudá-la e nada fizeram – contribuiu para que ela sempre se mostrasse receosa e descrente com todos que chegassem lá.

“Quando a Universal chegou até eles, pensaram que o mesmo aconteceria. Eles acabaram criando uma barreira de proteção e não deixavam que outras pessoas tivessem acesso à comunidade. Eles queriam se defender daqueles que supostamente queriam ajudá-los, mas que, na verdade, pretendiam se beneficiar”, diz o Bispo.

Naquela época, a comunidade enfrentava extrema pobreza e escassez de água, pois era quase impossível encontrar esse líquido. Com dificuldades de manter a higiene adequada, as doenças se espalhavam entre as pessoas e os animais.

Nova vida
Superando as barreiras, em abril de 2015, foi aberta a primeira Universal na aldeia da tribo massai em Kajiado, uma província a 130 quilômetros da capital, Nairóbi. Ao perceber que o povo era castigado pela escassez de água e de vegetação, a Universal construiu no terreno daquela Igreja o primeiro poço artesiano com quase 300 metros de profundidade, o que beneficiou inúmeras famílias com a distribuição gratuita de água.

Isso serviu de inspiração para a construção de outro poço com capacidade ainda maior, localizado no terreno desta segunda Igreja recentemente inaugurada na província. Com capacidade para produzir 150 mil litros de água diariamente, a nova fonte abastece ainda um pequeno posto de saúde que cuida dos enfermos da tribo. Os poços não são de uso restrito aos membros da igreja, mas para toda a comunidade, independentemente de credo (os detalhes da construção do poço podem ser conferidos na página 4, da edição 1.428).

“Os poços ajudaram a reduzir a distância que as mulheres da tribo percorriam diariamente para conseguir água. Elas acordavam cedinho, por volta das 4 horas da manhã, passavam o dia inteiro procurando água e só voltavam por volta das 6 horas da tarde. A responsabilidade das mulheres procurar água é um costume local. Aos homens cabe a tarefa de caçar. Muitas vezes essas mulheres são atacadas por búfalos, pois estão sempre sozinhas e desprotegidas”, esclarece o Bispo.

Com a abertura dos poços artesianos, além da caminhada diária dessas mulheres ter sido reduzida, todos passaram a ter acesso a água potável sem precisar gastar horas purificando a água suja e cheia de impurezas.

Atualmente, de acordo com o Bispo, a comunidade local continua enfrentando outras dificuldades. A maior delas é não contar com assistência médica, tendo em vista que os habitantes residem em uma localidade remota, o que dificulta a obtenção de cuidados ou o socorro médico emergencial quando necessário.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Cedidas