Uma tuberculose incomum e um diagnóstico difícil

Rosileide dos Santos teve de lutar contra uma doença que nem os médicos estavam acostumados a tratar

Imagem de capa - Uma tuberculose incomum e um diagnóstico difícil

Em junho de 2021, a pedagoga Rosileide Rodrigues dos Santos, de 41 anos, começou a perceber alterações no seu corpo. A sua barriga começou a crescer e não se tratava de uma gravidez. Além do aumento do abdômen, ela não tinha apetite e sentia muitas dores nas costas. Apesar de ir a uma unidade de saúde e ser submetida a vários exames, nada foi constatado.

Até que em outubro, depois de se sentir mal, ela foi levada a um hospital em sua cidade e ficou internada cinco dias. “Fizeram uma punção na minha barriga, foram tirados três litros de água e a examinaram. Então, descobriram que o problema de saúde era uma tuberculose peritoneal. Me orientaram a tomar os remédios e a fazer o tratamento corretamente em casa”, conta.

O tratamento duraria seis meses, com ingestão de sete medicamentos por dia e acompanhamento médico periódico. No entanto, quando Rosileide acreditou que tinha descoberto qual era a doença e que conseguiria combatê-la facilmente, teve início a fase mais crítica. “Eu comecei a definhar em casa porque os remédios eram muito fortes e eu estava fraca, pois não conseguia me alimentar. Em uma semana perdi sete quilos. Se continuasse naquela situação poderia morrer. Um mês depois fui internada novamente e fiquei 20 dias hospitalizada. Descobriram que a água que estava no meu abdômen se transformava em pus. Fizeram uma nova punção e tiraram três litros de pus da minha barriga”, relata.

Pausa forçada
Rosileide diz que, nesse período em que estava com a saúde debilitada, a sua vida ficou paralisada: “deixei de fazer tudo que eu fazia anteriormente. Fiquei dependente de outras pessoas para tudo. Depois que fui internada pela primeira vez, precisei de ajuda durante dois meses. Chegou a um ponto em que nem ao banheiro eu ia sozinha. Eu dependia totalmente da minha família. Meu irmão e minha mãe cuidavam de mim. A minha tia e a minha prima me ajudavam a tomar banho, pois eu tinha que ficar sentada em uma cadeira. Cheguei a desmaiar duas vezes em casa, pois estava muito fraca”.

Em consequência de todas essas dificuldades, Rosileide não conseguia trabalhar e ficou afastada de suas atividades. Ela conta que, inicialmente, se questionou pelo que estava acontecendo em sua vida, mas a sua confiança em Deus sempre falou mais alto. “Várias perguntas passavam pela minha cabeça, como, por exemplo, ‘por que aconteceu isso?’ e ‘o que eu fiz?’ Mas, apesar disso, me mantive em paz, pois sempre tive a certeza de que Deus estava no controle de tudo”, declara.

Aliada a Deus
Cristã, Rosileide já conhecia o poder de Deus, logo já sabia como usar a fé a seu favor contra aquela situação. “Nesse período em que eu estava com dificuldades, jamais deixei de ser fiel a Deus. Obedeci à Sua Palavra e deixei que Deus agisse. Contei com o apoio em oração de muitas pessoas, mas também fiz a minha parte. Eu tomava a água consagrada e também colocava a minha fé em prática mesmo na fase em que, por estar debilitada, eu não conseguia ir às reuniões na Universal”, revela.

Além da luta que travava contra o problema de saúde, ela viveu uma situação inesperada um mês depois de receber alta médica da segunda internação: a perda de seu irmão, que, em janeiro de 2022, morreu depois de sofrer um acidente.

Mas, apesar de todas as dificuldades, ela nunca se deixou abater, mesmo em meio ao luto que viveu nesse período. “O mal tenta nos fazer duvidar que Deus esteja conosco, mas eu sempre fiquei em paz. Eu poderia morrer a qualquer momento na situação em que estava, mas não tive medo da morte. Acreditei que Deus saberia o que fazer. Quando meu irmão morreu, Deus me consolou. Ele cuidou de mim em todos os momentos”, diz.

Em junho de 2022, Rosileide finalizou o tratamento contra a tuberculose e recebeu alta. E hoje, mais do que a cura que recebeu, ela comemora a experiência que vivenciou com Deus: “Ele me transformou, pois me resgatou. Eu não tinha força para nada e, aos poucos, fui me recuperando e hoje estou ótima e até já engordei. Quando temos essa experiência, nos tornamos mais fortes na Presença de Deus, pois nos momentos difíceis vemos como Ele age na nossa vida e nos acompanha. Deus me consolou e eu sou totalmente grata ao meu Senhor Jesus”, finaliza.

Tuberculose peritoneal:

Causada por bactéria, é mais incomum por se tratar de uma tuberculose fora do pulmão. Ela ocorre mais precisamente na cavidade abdominal.

Ela pode ser facilmente confundida com outras doenças infecciosas e inflamatórias, o que dificulta seu diagnóstico.

Entre algumas formas de contaminação estão a ingestão de escarro contaminado, ingestão de leite ou derivados não pasteurizados e contaminados ou reativação de foco de tuberculose pulmonar.

Os sintomas mais frequentes são dor e distensão abdominal, febre, falta de apetite, perda de peso e sudorese noturna.

O exame de ultrassonografia e a análise do líquido que protege a cavidade abdominal são importantes ferramentas diagnósticas.

O tratamento medicamentoso consiste em seis meses de terapia antituberculosa. Quando não identificada e tratada corretamente, o índice de mortalidade dessa doença é de até 51%.

Fonte: Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)

Cura total pela fé

Você também pode usar a fé e obter a cura para si mesmo, ou para um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.

No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você ainda pode participar em uma Universal mais próxima.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: cedidas