Uma trajetória marcada pela depressão
Quando achava que fosse o fim, Marilda Sousa encontrou a saída
A corretora de imóveis e comerciante Marilda Sousa, de 62 anos, nascida em Belém (PA), conta que teve uma infância tranquila. Criada com carinho pelos pais, jamais lhe faltou algo material ou afeto. Ainda assim, ela carregava um vazio na alma. “Eu tinha tudo, mas não tinha paz nem alegria. Desde cedo, eu via vultos, ouvia vozes e tinha premonições que me faziam sofrer”, relembra.
Ela casou-se muito jovem e acreditava que o matrimônio poderia ser a solução para a sua tristeza. O marido lhe proporcionava uma vida confortável, mas seu interior não mudou nada com o casamento. Ela, então, passou a acreditar que seria feliz ao se tornar mãe. Depois do nascimento de sua filha, no entanto, isso não aconteceu. Apesar das alegrias momentâneas, nada preenchia o buraco que havia em seu interior.
Por conta do diagnóstico de depressão profunda, ela passou a viver dopada por remédios fortíssimos que, com o passar do tempo, não fizeram mais efeito. “Eu não me lembro de ter aproveitado a infância da minha filha porque a tristeza, as perturbações e os pensamentos ruins eram constantes”, afirma.
O casamento chegou ao fim e o vício em álcool se tornou uma fuga. O desespero a levou a tentar tirar a própria vida três vezes. “Só não morri porque Deus já tinha um plano para mim”, declara.
Premonições malignas
As visões e perturbações também marcaram sua trajetória. Certa vez, ainda casada, ela disse ao marido que eles sofreriam um acidente de carro. Ela, inclusive, descreveu a cor do veículo em que estariam, mas eles nem sequer o tinham comprado. Pouco tempo depois, o acidente aconteceu exatamente como ela previu. Para ela, foi a mão de Deus que os livrou da morte.
Separada, debilitada e sem forças, ela buscou ajuda em religiões, nas quais ouvia que deveria “desenvolver a mediunidade”. Nada, porém, lhe trazia alívio. “Eu não tinha paz nem dormia. Chorava muito. O vazio doía na minha alma”, observa.
O pior momento foi quando Marilda passou três meses sem andar e dependente de uma funcionária que cuidava dela e da filha pequena. “Os médicos diziam que foi consequência da depressão. Foi como se a minha vida tivesse sido roubada. Eu não conseguia viver, só sobrevivia”, relata.
Foi essa funcionária que apresentou a Universal a ela. Cansada de sofrer, em 2002, Marilda aceitou um convite e começou a participar das reuniões. Ainda assombrada por pensamentos de morte, ela passou pelo processo de libertação. “Ali percebi que todo aquele tormento que enfrentei tinha raiz espiritual”, diz.
Foi na frequência às reuniões e no aprendizado da fé que ela encontrou forças para perseverar. Então, ela se curou da depressão e, consequentemente, se livrou dos remédios e do vício.
Paz sem fim
Em 2010, Marilda recebeu a fonte inesgotável de alegria em seu ser: o Espírito Santo. “Foi quando minha vida mudou da água para o vinho. Conheci a alegria e a paz que independem de circunstâncias. Voltei a estudar, ingressei na faculdade e recuperei a vontade de viver”, conta.
Hoje, ao olhar para trás, ela reconhece que a depressão tirou dela a possibilidade de compor suas memórias, anos preciosos da infância da filha e até a saúde. O encontro com Deus, contudo, lhe trouxe algo que jamais havia experimentado: a verdadeira paz. “Mesmo em meio aos problemas, eu sei Quem está comigo. A diferença é que agora não há vazio nem medo. Hoje eu sou feliz de verdade”, conclui.
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