Uma nova vida livre de depressão

Em uma iniciativa inédita em todo o Brasil, mais de 100 mil pessoas compareceram à Universal para o evento Nova Vida. Confira como foi o encontro no Templo de Salomão, em São Paulo

Imagem de capa - Uma nova vida livre de depressão

No dia 12 de junho aconteceu em todo o Brasil o evento Nova Vida, uma iniciativa do grupo Depressão Tem Cura (DTC). O encontro inédito, que teve início às 14h30, teve o objetivo de ajudar espiritualmente os que enfrentam a depressão e/ou que carregam problemas de cunho emocional.

Os familiares também foram bem-vindos. Mais de 100 mil pessoas compareceram a uma Universal em todo o Brasil, sendo que mais de 18 mil pela primeira vez. Em São Paulo, as portas do Templo de Salomão já estavam abertas às 13 horas exclusivamente para receber os que convivem com o problema. O encontro foi conduzido pelo Bispo Renato Cardoso.

Sandra da Silva, de 44 anos, esteve entre os presentes. Ela, que vivencia a luta de sua filha contra a depressão, foi convidada a participar do evento por Mariazete da Silva, de 47 anos, voluntária do grupo. “Há mais de um ano minha filha enfrenta [a depressão] e já tentou o suicídio. Então, eu também enfrento essa batalha”, expôs.

Ela afirmou que o convite chegou em boa hora. Mariazete, conhecida como Zete, observou que a iniciativa é indispensável, ainda mais nos dias atuais. “Temos visto muitas pessoas depressivas e sofrendo ainda mais depois da pandemia”, pontuou a auxiliar de limpeza, que compartilhou que o desejo de ajudar não foi em vão. “Quando cheguei à Universal, há 12 anos, me sentia triste e angustiada. Recebi uma nova vida e, hoje, quero levá-la também a outras pessoas”, declarou.

À Folha Universal, o Pastor Jefferson Garcia, que está à frente do projeto Depressão Tem Cura, disse que o evento surgiu, sobretudo, porque houve o desejo de ajudar pessoas que convivem com o sofrimento. “Quisemos mostrar que há uma vida de verdade, sem depressão ou dor. Esse foi o objetivo: fazer as pessoas se conectarem com Deus, pois somente Ele pode transformar vidas. Por meio da Fé se torna possível, inclusive, impor um fim à dor da alma”, observou.

Sobre o encontro

Logo no início do encontro, o Bispo Renato Cardoso compartilhou o versículo de Mateus 4.16, que diz: “O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, A luz raiou”.

O Bispo explicou que as palavras do Senhor Jesus são direcionadas àqueles assentados nas trevas, na sombra da morte, mas que para eles não apenas brilhou uma luz qualquer, mas uma grande luz. Em seguida, Bispos e Pastores impuseram as mãos sobre aqueles que reconheciam feridas, dores na alma e tristeza profunda.

O Bispo ainda fez um alerta: “o maior aliado do mal na vida do ser humano é seu emocional. Sabendo que o ser humano é emotivo, ele estimula e amplia o impacto das emoções. A depressão é uma tristeza ampliada muitas vezes. É uma situação que a pessoa passou, viveu uma perda, uma grande frustração e aquilo fica ampliado na vida dela por meio de pensamentos, de bombardeios de ideias”, disse.

Encontrou a saída

Natural de Santos, a professora Patrícia Maciel Bueno dos Santos, de 51 anos, ficou encurralada pela depressão durante dez anos. O pânico era tão grande que ela não conseguiu mais pisar em uma sala de aula. Ela estudou Pedagogia, entrou para uma escola conceituada, mas só conseguiu exercer a profissão durante três anos. “Então, minha vida parou. Desenvolvi anorexia. Comia menos do que um bebê e cheguei a pesar 44 quilos. Enfrentei problemas como ansiedade e o fato de não dormir. Busquei tratamentos com psiquiatra e sessões com parapsicólogo”, relembrou Patrícia, que não enxergava, no entanto, um ponto final para aquela dor.

Assim surgiu a oportunidade de passar alguns meses fora do Brasil – na época, um tio morava na Europa. “Pensei que uma viagem internacional me faria muito bem e que ficaria curada, até porque nunca tinha saído do País. Lembro que entrei no avião dopada, cheia de remédios. Fiquei alguns meses com aquela falsa sensação de bem-estar, que estava bem, que tinha vencido, mas, quando retornei ao Brasil, não conseguia ir à esquina sozinha”, recordou.

Cansada de sofrer, ela desabafou com o esposo, o aposentado Izau Pereira dos Santos, de 59 anos, que queria participar de uma reunião na Universal. Ele já tinha participado de duas ou três reuniões. Vítima de fake news, Patrícia, que relatou que tinha “aversão” à Universal, deu o braço a torcer. Era o ano de 2003 e, desde então, ela nunca mais saiu. “Estou totalmente livre”, afirmou. Como Patrícia, muitas pessoas têm recebido ajuda para superar o sofrimento. Cerca de 2 milhões de pessoas foram alcançadas pelas ações presenciais e on-line do projeto Depressão Tem Cura, que existe desde 2018. Para saber mais, acesse o Instagram @a.depressaotemcura ou entre em contato pelo Whatsapp (11) 3573-3662.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Guilherme Branco e cedidas