Uma lição de fé a cada cena

Inspirada na Bíblia, a novela O Rico e Lázaro, da RecordTV, traz reflexões importantes sobre temas cristãos que continuam atuais

Imagem de capa - Uma lição de fé a cada cena

Intrigas, traições e disputas pelo poder são elementos comuns a muitas cenas da novela O Rico e Lázaro, da RecordTV. Inspirada em uma parábola da Bíblia, a trama mescla conteúdos bíblicos, históricos e de ficção para levar aos telespectadores situações ambientadas no ano 600 antes de Cristo, mas que poderiam acontecer nos dias de hoje. Assim, a novela faz mais do que apenas levar entretenimento aos telespectadores. Também abre espaço para reflexões importantes sobre fé, determinação e respeito.

Apesar de ser baseada no Novo Testamento, O Rico e Lázaro mostra personagens e passagens do Antigo Testamento, o que amplia a riqueza de histórias narradas pela autora, Paula Richard. Em entrevista à Folha Universal, ela deu detalhes sobre o processo de criação da trama. “Montei uma linha do tempo com profetas, profecias e fatos históricos, para depois ir encaixando nela a parte ficcional. Trabalhei com os livros de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Crônicas e Reis. Pesquisei sobre a Babilônia, o rei Nabucodonosor e sua dinastia. Lucas 16 foi a inspiração para criar os personagens Rico e Lázaro”, disse.

A variedade de temas abordados na novela desde a estreia, em março, possibilita a discussão de assuntos presentes na Bíblia, mas ainda bastante atuais. Para mostrar alguns ensinamentos cristãos presentes em O Rico e Lázaro, a Folha Universal selecionou cenas e trechos bíblicos que servem de inspiração para quem deseja fortalecer a própria fé ou buscar respostas para desafios do cotidiano.

Ganância e sede de poder

As personagens Nitócris (Sthefany Brito) e Sammu-Ramat (Christine Fernandes) (foto acima)não medem esforços para obter poder, mesmo que tenham de prejudicar outras pessoas. Em uma das cenas que foram ao ar, Nitócris decidiu chantagear Sammu-Ramat para obrigá-la a fazer um ritual de morte para o bebê que Shamiran (Gabriela Moreyra) estava esperando. A malvada fez isso por medo de que seu filho Belsazar (João Barreto) perdesse o trono. A sacerdotisa fez o ritual pagão, mas o feitiço não deu certo e ela ficou doente por alguns dias. Já Nitócris, depois de todas as maldades, viu o jogo virar e perdeu privilégios no palácio depois que Nebuzaradã (Ângelo Paes Leme) assumiu o trono da Babilônia. Como indicam alguns trechos da Bíblia, a ganância sempre traz mais infelicidade e sofrimento. “Como o inferno e a perdição nunca se fartam, assim os olhos do homem nunca se satisfazem.” Provérbios 27.20.

Fanatismo

O sacerdote Fassur (Zécarlos Machado) é um grande exemplo dos perigos do fanatismo religioso. Em nome de Deus, Fassur procura minimizar as fraquezas de pessoas ricas, mas ignora as próprias falhas. Atormentado por desejos inconfessáveis, como a fixação por Joana (Milena Toscano) (foto acima), ele é capaz de fazer chantagens e espalhar mentiras. A Bíblia alerta sobre o risco de substituir a fé verdadeira por atos realizados apenas para manter as aparências. “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Êxodo 20.7.

A justiça de Deus

Na novela, o profeta Daniel (Gabriel Gracindo) (foto ao lado) enfrenta a perseguição de diversos inimigos na tumultuada corte da Babilônia. Em uma das cenas, a sacerdotisa Sammu-Ramat tentou matá-lo, sem sucesso. Ele também sofre com perseguições de outros poderosos, como o sacerdote Beroso (Cassio Scapin). Apesar de todas as investidas do mal, Daniel não abandona a fé em Deus. Assim, ele consegue superar os desafios e presencia verdadeiros milagres. Segundo a Bíblia, a justiça de Deus não falha. “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito, mas o justo viverá pela fé.” Romanos 1.17.

Cobiça

Em diversas cenas da novela, o hebreu Zac (Igor Rickli) usou sua influência para manipular informações, fazer trapaças e conseguir o que desejava. Há alguns capítulos, ele ampliou ainda mais seu poder ao se tornar governador da Babilônia. Mesmo casado, o hebreu continua cobiçando a noiva de Asher (Dudu Azevedo), Joana, e usa diversos artifícios para tentar afastá-la do rival. Em uma das cenas, Zac encomendou um sonífero ao sacerdote Beroso e contratou uma jovem para se deitar ao lado de Asher e simular uma traição. Apesar da mentira, Joana e Asher conseguiram se entender. Zac, entretanto, continua acumulando maldades. A pergunta que fica é: até que ponto ele vai se beneficiar do mal? A Bíblia mostra que a cobiça não é um bom caminho e pode trazer efeitos contrários ao esperado. “Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.” Tiago 4.2.

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Colaborador

Por Rê Campbell / Fotos: Munir Chatack