Quase ninguém está disposto a dar o braço a torcer e reconhecer que fez algo errado. No entanto essa resistência se torna um cenário perfeito para que muitas pessoas remoam palavras que lhes causaram feridas, faz com que sentimentos se transformem em um porão para depositar mágoas e, consequentemente, gera afastamento ou repulsa por parte das demais. Esse clima pouco amistoso interrompe relações familiares, amorosas e do dia a dia e também constrói muralhas no relacionamento com Deus. Dessa forma, longe de Seus cuidados, muitos padecem com as consequências das próprias decisões. Foi o que, um dia, aconteceu com Adão e Eva, como está descrito em Gênesis 3.8-10: “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me”.

Assim, ao se aliarem ao pecado, Adão e Eva romperam a comunhão até então intocável que tinham com o Altíssimo e conheceram o sofrimento pelo qual não deveriam passar. Apesar de aparentemente estarem no paraíso, o inferno se instaurou dentro deles, porque eles escancararam as portas para o que era mau.

Como Pai, Deus desejou procurá-los e, ao vê-los expostos, Ele os cobriu (Gênesis 3.21). Hoje, Deus tem esse mesmo interesse de fazer as pazes com quem se afastou dEle. Só que, embora esse desejo pulse dentro do Altíssimo, cabe a cada um querer e decidir que quer o mesmo.

O QUE ESTAVA EM RUÍNAS
Essa iniciativa de se voltar a Deus pode ser vista na postura adotada por Elias que, bem definido espiritualmente, decidiu restaurar o Altar que estava em ruínas. Ou seja, ao notar que o relacionamento com Deus precisava de reparos, o profeta quis restabelecer o que havia com Ele (1 Reis 18.30). Por se afastar de Deus, assim como o primeiro casal do mundo, Seu povo conheceu o sofrimento ao conviver com um período de grande seca. Mas, com as pazes feitas com Deus, aquela vida árida deu lugar a uma história diferente, como pode ser lido em 1 Reis 18.41-45: “Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque há ruído de uma abundante chuva. (…) E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. (…) E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva (…).”

Da mesma forma, há uma nova história a ser escrita para aqueles que se voltam a Deus e fazem as pazes com Ele, como pode ser constatado em Jó 22.21:

“Reconcilia-te, pois, com Deus e tereis paz, e assim te sobrevirá o bem.”

ASSUNTO IMPORTANTE
No dia 22 de junho, a Santa Ceia das Pazes com Deus aconteceu em todos os templos da Universal. No Templo de Salomão, em São Paulo, o encontro, às 20h, foi conduzido pelo Bispo Edir Macedo, que dividiu com os presentes o versículo de Gênesis 6.7: “E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”. Em seguida, ele explicou que tudo o que presenciamos de maldade, fome, miséria, guerra e injustiça atualmente é para “despertar a consciência das pessoas para se voltarem para Ele.”

Deus não tolera o pecado, pois ele consome espiritualmente o ser humano. “Por causa do pecado, Ele fez descer fogo sobre Sodoma e Gomorra; por causa do pecado, o povo de Israel sofreu o inferno e foi escravizado; por causa do pecado, o povo escolhido por Ele foi exilado na Babilônia”, descreveu o Bispo.

Embora essas dores não sejam desprezíveis, nada se compara à dor da alma, que é o que temos de mais precioso. Por isso, como ele mencionou, “Ele [Deus] aceita você do jeito que você está: pobre, rico, miserável, mendigo. Não importa o que você é, o que você fez, se foi a pior das criaturas: o sacrifício que Jesus fez foi por você. Ele deu a alma dEle para comprar a sua alma. Ele pagou por você do jeito que você é, pecador, mas Ele o aceita”. O Bispo Macedo fez uma ressalva: “Deus quer ser seu Pai. Ele quer tratar você junto dEle, quer ficar com você assim como qualquer pai quer que o filho esteja com Ele. Mas, primeiro, para você agradar a Deus. Fora da Mão dEle ou fora do Altar, Ele não pode fazer nada por você”.

Em seguida, os que desejaram, participaram da Santa Ceia, que simboliza o Corpo e o Sangue do Senhor Jesus. “Quando comemos da carne dEle, passamos a ter o DNA dEle; quando bebemos do Seu sangue, passamos a ter o Espírito dEle nos orientando, dirigindo, conduzindo”, ensinou o Bispo, que continuou: “se você se sujeita à Palavra de Deus, então, ela entra em você e faz de você uma nova criatura espiritualmente falando. Isso se chama Fé: você tem certeza de algo que não vê”, finalizou.