Um alerta espiritual sobre orgulho, cegueira e arrependimento
Entenda por que aquilo que antes era errado, passa a parecer normal. E o que antes doía na consciência, deixa de incomodar
Durante o programa Obreiros em Foco do dia 23/12, o bispo Adilson Silva fez uma reflexão profunda sobre a cegueira espiritual: como alguém que já serviu a Deus, ajudou pessoas, foi usado para curas e libertações, pode cair, desviar-se e voltar ao pecado?
Segundo ele, essa pergunta acompanha muitos que caminham na fé.
- “Será que essa pessoa não enxerga? Será que ela não vê que está indo para o inferno?’”
Eles veem — mas não enxergam
O bispo relatou experiências marcantes: pessoas que antes expulsavam demônios e, depois, passaram a “servir ao próprio diabo”.
- “A pessoa que antes fazia a obra de Deus, hoje incorpora com encostos… E quando você fala: ‘Você não está vendo que está servindo aqueles que antes colocava de joelhos?’, ela responde: ‘Não é bem assim. Hoje eu penso diferente’.”
Para quem está firme na fé, isso parece absurdo. Porém, ele explica: o problema não é apenas moral — é espiritual.
A pessoa conhece a Bíblia, cita versículos, lembra das pregações… mas não entende mais.
- “Ela não enxerga o que está diante dos olhos dela. O óbvio não faz mais sentido.”
Sem luz, ninguém vê
O bispo usou uma imagem simples: os olhos só funcionam com luz.
Mesmo com visão perfeita, sem luz, ninguém vê. Assim também aconteceu no Egito, quando “trevas espessas” caíram sobre a terra — mas nas casas de Israel havia luz (Leia Êxodo 10:21).
Da mesma forma, na vida espiritual:
- “A luz espiritual, a luz da revelação, você só pode ter se Deus te iluminar.”
E ele alertou: o entendimento das coisas de Deus é misericórdia. Não é automático, garantido ou por obrigação.
O Espírito Santo concede — e, quando a pessoa endurece, Ele pode retirar.
Quando a luz começa a se apagar
Em Provérbios 29.1, diz:
“O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído, sem que haja remédio.”
Ou seja, não é de uma hora para outra. A pessoa vai ignorando alertas, corrigindo a si mesma com justificativas, desprezando conselhos, rejeitando a disciplina.
- “O Espírito Santo faz de tudo para ver se a pessoa acorda. Mas tem gente que endurece… chega uma hora que a luz apaga.”
A partir daí, aquilo que antes era errado, passa a parecer normal. O que antes doía na consciência, deixa de incomodar.
E o resultado é frio, perigoso e silencioso.
O papel do orgulho nessa cegueira
Essa perda da luz nasce, muitas vezes, do orgulho.
Deus corrige, fala, usa pessoas, situações e até desertos — mas o coração insiste:
- “Não é bem assim. Eu vejo diferente.”
E quando a pessoa fecha o ouvido para a Palavra, o evangelho deixa de iluminar e a escuridão ocupa o lugar.
Arrependimento não é automático
Um ponto forte da mensagem foi sobre o arrependimento.
- “Arrependimento é um dom. Se Deus não der, a pessoa não consegue mais.”
Por isso é perigoso pensar:
- “Eu vou pecar agora e depois me arrependo.”
Se a luz se apaga, o coração endurece — e o arrependimento deixa de ser possível.
Vigiemos para não perder a luz
O bispo concluiu com um chamado à vigilância.
Servir a Deus de “corpo, alma e espírito” é a única forma de preservar a luz acesa.
- “Se Deus acende uma lâmpada sobre você, você vê tudo. Se Ele tirar a lâmpada… já era.”
Em resumo, para se manter na fé é preciso:
- ser maleável,
- ouvir a voz do Espírito,
- aceitar correção,
- manter humildade,
- vigiar continuamente.
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