Trombose: Dia Nacional de Combate e Prevenção

Saiba mais sobre a doença que pode ser silenciosa e fatal

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O dia 16 de setembro é reservado no calendário brasileiro à conscientização sobre a trombose, doença que, de acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), atinge cerca de 180 mil pessoas por ano no Brasil.

Há quem pense que a doença é apenas um incômodo que pode ser resolvido de forma simples. Porém, se não tratada de forma responsável e eficaz, a trombose pode gerar maiores problemas e complicações. O angiologista e cirurgião vascular Márcio Steinbruch, explica que, “em casos mais graves, o coágulo pode se deslocar e chegar até os pulmões, causando uma condição séria conhecida como embolia pulmonar e, se não houver o cuidado, coloca a vida da pessoa em risco”.

No Brasil, diante do levantamento feito pela SBACV, com base em dados do Datasus, do Ministério da Saúde, cerca de 113 pessoas por dia, em média, são internadas na rede pública para o tratamento de trombose venosa. O estudo mostra que entre janeiro de 2012 e maio de 2022, mais de 400 mil brasileiros foram hospitalizados para esse fim. Do total de atendimentos, 92,7% ocorreram em caráter de urgência e cerca de 31 mil foram eletivos, sendo em média, 56% dos registros de pacientes de idade entre de 40 a 69 anos. Desse total, 61% são mulheres. E o mais grave: entre 2010 e 2019 houve um total de mais de 67 mil óbitos por conta da doença.

Com base nessa realidade, Steinbruch enfatiza a importância de estar atento a qualquer dor e incômodo e não ignorá-los, mas procurar logo acompanhamento médico: “os sintomas podem variar dependendo de onde o coágulo se localiza, mas, geralmente, incluem inchaço, dor e vermelhidão. Se você tiver esses sintomas, deve procurar atendimento médico imediatamente”.

Ele ainda alerta para que as pessoas estejam com seu acompanhamento médico e exames habituais em dia, além de manterem rotina ativa e saudável, pois, muitas vezes, a doença pode ser silenciosa: “a trombose não é apenas uma condição médica séria, mas também potencialmente fatal. Há casos de pessoas que não percebem nenhum sintoma até que ocorra uma complicação, como um derrame ou um ataque cardíaco. Mas, com cuidados e atenção, ela é uma condição evitável e tratável”, diz.

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Colaborador

Camila Teodoro / Arte: Edi Edson