TPM: driblando os incômodos

O homem também precisa ficar atento para que possa prestar apoio e ajudar a mulher a superar de forma tranquila as mudanças hormonais que ocorrem com ela neste período do mês

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O corpo feminino é cheio de detalhes e características específicas que demonstram, por meio de sensações, mudanças de humor e incômodos físicos, o que está acontecendo com as mulheres. Uma dessas manifestações é a TPM (sigla de tensão pré-menstrual). Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, entre 75% e 80% do público feminino apresenta ou já apresentou algum sintoma da TPM, com destaque para mulheres com idade entre 30 e 40 anos.

Apesar de ser uma condição bastante comum, é preciso ficar atenta, principalmente quando a tensão pré-menstrual atrapalha o dia a dia. Além das dores fortes, a grande variação de humor pode interferir significativamente nos relacionamentos. Ou seja, apesar de afetar diretamente as mulheres, quem está ao redor também é influenciado, como o cônjuge, familiares e colegas de trabalho.

Há poucos estudos recentes sobre o tema, mas uma pesquisa de 2011, desenvolvida pelo Centro de Saúde Reprodutiva de Campinas em conjunto com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), revelou que 56% das entrevistadas tiveram o relacionamento amoroso afetado pela TPM, outras 50% apontaram problemas relacionados à família e 47% afirmaram que as alterações hormonais influenciaram as atividades profissionais.

Levando em conta esses dados e para evitar desgastes desnecessários nesse período, conhecido pela variação de humor e maior irritabilidade, é imprescindível que todos entendam o que acontece com o corpo feminino nessa fase e aprendam a lidar com ela da melhor forma possível.

Para as mulheres, o autoconhecimento é a chave para evitar que a TPM gere consequências negativas. Entender como o corpo reage dias antes da menstruação pode ajudar a tomar medidas preventivas, como evitar situações que gerem tensão extra, controlar os sentimentos nos momentos de maior irritabilidade e se tornar aberta ao diálogo. Comunicar o que está acontecendo pode ser um bom caminho para receber o apoio dos que estão ao redor e atitudes pacientes da parte deles.

Entrevistamos a ginecologista Anne Caroline Andrade para saber mais sobre o tema e ela deu dicas de como agir para contornar o problema. Leia as informações contidas nos quadros ao lado para saber mais.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Arte: Edi Edson