“Tive que fugir da morte diversas vezes”

Na criminalidade, Michael Firmino Bispo não tinha paz nem perspectiva de vida, mas conseguiu transformar sua história por meio de uma decisão

A vida de uma pessoa muda por meio de uma decisão de sua parte. Essa afirmação serve tanto para o caso das boas escolhas, que geram resultados positivos, quanto para escolhas ruins, que têm como desfecho consequências negativas. Michael Firmino Bispo, de 22 anos, começou a tomar decisões negativas na adolescência. Apesar de ter sido apresentado à fé na infância por seus pais, que frequentavam a Universal, ele optou por seguir seu próprio caminho.

“Entrei no mundo das drogas e do tráfico e até montei uma ‘biqueira’ na frente de casa. Ali, me afundei. Eu usava maconha, cocaína, lança-perfume, bala e doce, que é o ecstasy. Por viver nesse meio, tentaram me matar e tive que fugir da morte diversas vezes”, relembra. Para não ser pego, ele mudou de cidade, mas a confusão e os vícios o acompanharam. “Fui fazer um roubo nesse novo local e nesse assalto outros criminosos tentaram me matar também. Eu fugi novamente.”

Muitos cometem o erro de mudar apenas no aspecto exterior, pois acham que o problema deles seja o bairro, a cidade, o Estado ou até o País. Dessa forma, negligenciam a verdadeira raiz do problema, que é seu interior. “Eu vivi na criminalidade e como fugitivo por 11 anos e, ao longo de todo esse período, meu pai lutava por mim por meio das correntes de fé, propósitos e orações na Universal”, diz.

Michael conta que estava tão envolvido com essa vida à margem da sociedade que não queria saber da fé e muito menos da proposta que Deus tem para a vida de cada pessoa. “Até então, para mim, igreja era coisa de gente cafona. Só que minha vida era completamente destruída, a começar pela minha vida amorosa. Era dia a dia com mulheres diferentes e eu não queria uma pessoa do meu lado porque sabia que em algum momento alguém ia querer me matar e eu teria que fugir.” Com relação à vida financeira não era diferente, como relata: “eu ganhava num dia e no dia seguinte perdia tudo. Além disso, eu não tinha paz, tinha desejo de me matar, depressão e achava que não existia mais jeito para mim”.

A gota d’água
Depois de passar uma noite inteira usando drogas, Michael não conseguia dormir e se lembrou dos ensinamentos de seu pai sobre a fé.

Ele ouviu na TV uma mensagem do Bispo Edir Macedo incentivando que os telespectadores falassem com Deus do jeito que soubessem, mesmo que fosse com gírias. “Ali me bateu uma revolta e um desejo de recomeçar. Eu orei e no mesmo dia fui à igreja e me entreguei a Deus. Saí de lá diferente, com paz em meu interior e livre dos vícios. No caminho para casa fui pensando sobre o que eu tinha ouvido e decidi me batizar nas águas. No mesmo dia, parei na igreja do meu bairro e pedi para que o pastor me batizasse”, conta.

Michael foi além das palavras e mostrou para Deus com atitudes que realmente queria a Presença dEle em sua vida. “No dia seguinte, deixei as más amizades e abandonei o serviço em que estava, porque eu queria um trabalho em que não tivesse amizades que me levassem nem para o tráfico nem para o roubo.”

Ele se envolveu com as coisas de Deus e compreendeu a importância do Espírito Santo: “eu entendi que não precisava de dinheiro, de mulheres ou de qualquer outra coisa. Eu precisava da Presença de Deus e para tê-Lo eu sacrifiquei. Fiz jejuns, acordava de madrugada para clamar e fui para o Altar com o meu sacrifício e com a minha vida. Lutei pela fé até que o Espírito Santo veio sobre mim”.

Uma experiência com Deus muda a forma que a pessoa pensa, age e até mesmo seus sonhos. “Minha vida hoje é transformada, tenho paz. Meus familiares hoje sabem quem eu sou e tenho diálogo com eles. Não tenho mais vícios ou recaídas e o mais importante é que estou cheio do Espírito Santo e as demais coisas têm sido acrescentadas dia após dia”, finaliza.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: arquivo pessoal e Demetrio Koch