“Tínhamos carros, casa de praia e perdemos tudo”

Maria do Perpétuo Socorro lutou no Altar pela transformação de sua família

Imagem de capa - “Tínhamos carros, casa de praia e perdemos tudo”

Maria do Perpétuo Socorro tem 53 anos, é bancária e mora em Belém (PA), na região Norte do Brasil. Ela é casada com Daniel Ribeiro do Nascimento, de 56 anos, e eles têm três filhos, uma vida financeira confortável e se consideram bem-sucedidos. Entretanto, se alguém perguntasse a ela, há duas décadas, se acreditava que a vida deles pudesse ser como é hoje, ela responderia que não. “Nessa época, eu já estava casada há dez anos e tinha parado de estudar. O meu marido, que é funcionário público estadual, bebia muito e tinha várias amantes”, diz.

Essa situação que já causava muitas discussões e agressões físicas entre eles ficou ainda pior: “descobri que meu marido tinha uma amante na frente da nossa casa. Cheguei ao meu limite e pedi que arrumasse as coisas dele e fosse embora, mas no dia em que ele iria embora, ele sofreu um enfarte e foi hospitalizado. Brinquei com ele e disse: ‘agora eu nem posso te deixar’”, detalha.

Daniel se curou, mas não mudou de comportamento e ela estava confusa: “decidi procurar a Universal, não para retomar o meu casamento, mas para me separar. Eu ouvia os programas da Igreja no rádio e já tinha tido uma experiência quando a minha filha recém-nascida foi parar na UTI. Minha mãe fez um propósito para que ela se curasse e deu certo”, conta.

Ela relata que, para piorar, Daniel se viciou em caça-níqueis. “Eu não trabalhava. Tínhamos carros, casa de praia e perdemos tudo. Aí eu comecei a participar da Nação dos 318, voltei a estudar e fui cursar administração. Passei em um concurso para o Banco da Amazônia e um ano depois me chamaram. Meu marido não tinha mudado nada, mas eu recebi o Espírito Santo e mudei o modo de tratá-lo. Passei a não olhar mais os defeitos dele e comecei a fazer campanha por ele e a participar das Fogueiras Santas.”

Contudo, quando ela foi chamada para ocupar a vaga, era em outra cidade, distante 1.100 quilômetros da capital paraense. “Meu marido pensou: ‘agora ela vai embora’, mas eu tinha certeza de que Deus não permitiria. Fui ao banco, expliquei que tinha filhos e que me deixassem para o final da fila. Quando o prazo para assumir o cargo estava terminando, retornei, assinei minha admissão e só aí perguntei para onde iria. Para minha surpresa, me chamaram para trabalhar na matriz, onde estou até hoje. Sou coordenadora e tenho uma carreira sólida”, comemora.

Ela continuou lutando pelo marido até que um dia ele a chamou e disse que não aguentava mais aquela vida. “Ele passou a ir à Universal e a transformação dele foi bem rápida: em dois meses se batizou nas águas e com seis meses recebeu o Espírito Santo. Hoje ele é muito ativo na Igreja, somos líderes de grupo e ele fala que não poderia ter acontecido nada melhor na vida dele. Creio que nossas vidas foram mudadas a partir do momento que recebemos o Espírito Santo e confiamos plenamente em Deus. Ele nos honrou e restituiu tudo o que tínhamos perdido”, conclui.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: cedida