A atriz australiana Teresa Palmer, famosa por interpretar “mocinhas” em Hollywood, declarou a um podcast australiano que durante três anos em sua juventude sofreu com transtornos alimentares. Isso porque Hollywood a pressionava a ser cada vez mais magra.

A pressão começou quando Palmer tinha 23 anos de idade e estava começando a conquistar papéis de destaque no cinema. De acordo com ela, seu agente afirmou:

“Você deveria começar a malhar. Porque isso é parte da sua profissão. Você precisa ter certeza de que sua aparência está realmente boa”.

Palmer passou a se sentir pressionada a buscar o “corpo perfeito”. Durante três anos, ela possuiu uma “obsessão insalubre” em estar em “boa forma”. O resultado foi um grande sofrimento físico e psicológico, que só chegou ao fim quando a atriz engravidou. Só então ela entendeu que ter o corpo exigido pelos padrões de Hollywood não poderia ser sua prioridade.

Pressão na sociedade

Hollywood tanto é uma indústria influenciadora da sociedade quanto é um reflexo da mesma. Quando essa indústria lucra bilhões de dólares ao ano obrigando pessoas a estarem em determinado padrão estético, ela também pressiona os telespectadores a se enquadrarem nesse padrão.

“A nossa sociedade não quer nos deixar enxergar a verdadeira beleza”, afirma a escritora Cristiane Cardoso, autora do livro “A Mulher V”. “Pelo contrário, ela quer impor, ditar e obrigar a mulher (e o homem também) a se limitar a um tipo de beleza com um só formato que só se vê com os olhos. E precisa ter um certo nome e estar na moda. Quando alguém não vive essa beleza, ela é diminuída, descartada, e dedurada como cafona”.

No entanto, não é se enquadrar nesse padrão estético que trará a felicidade para alguém. E Teresa Palmer é mais uma prova disso. Obcecada em se tornar “bonita como Hollywood quer”, ela iniciou uma busca infinita pelo corpo perfeito. E, em vez de estar satisfeita com os resultados obtidos, sentia-se deprimida por não alcançar o ideal proposto.

“Ah meninas, cansei de ver tantas jovens lindas se acharem feias. Cansei de ver a mulher se desvalorizar tanto porque não tem o corpo que é ‘aceitável’”, lamenta Cardoso. E recomenda:

“Meninas, se queremos sobressair, ao invés de ficarmos horas na academia malhando, ou gastarmos rios de dinheiro com cirurgias plásticas e tratamentos disso e daquilo, trabalhemos no nosso interior. Qualquer mulher pode ser bonita no exterior, mas a mulher bonita de dentro para fora é rara, essa sim, sobressai”.

Cristiane Cardoso dedicou um episódio de seu podcast ao tema. Clique aqui e ouça na íntegra e entenda como buscar a verdadeira beleza.