Sua opinião não é a única
Defender suas convicções é importante, mas não dar o braço a torcer mesmo quando percebe que está errado não é nada inteligente
Existem homens que só querem andar com quem pensa ou age como eles. Quando encontram quem discorde de alguma forma ou queira dar aquele conselho, a atitude instantânea é se afastar da pessoa ou, se não puder fazer isso, atacá-la de algum modo para diminuí-la – quem disse que bullying é coisa só de criança?
Boa parte desse comportamento vem da cultura errada cultivada há milênios que prega que homem que é homem deve ser rígido em suas convicções a qualquer custo, inclusive quando elas estão erradas.
Outro aspecto erroneamente atribuído à masculinidade é que mudar de ideia é coisa de frouxo. Levando-se a ética em conta, não há nada de errado em mudar de lado em determinado assunto ou questão – o que é bem diferente de “virar a casaca” no mau sentido, ou seja, em troca de favores ou benefícios (como estamos vendo muito nas atuais eleições brasileiras).
A verdade é que é necessário saber ouvir o outro lado – mesmo que você nunca vá concordar com ele. Entram em cena dois fatores: a paciência e a tolerância, ambas características inteligentes. A primeira lhe permite ouvir até o fim. A segunda também, mas com muito mais respeito e escutando com a devida atenção, pesando as coisas, ponderando e chegando a uma conclusão que lhe permitirá formar suas próprias opiniões e posições.
Atacar o “opositor” às suas opiniões é prematuro, imaturo e fruto de deixar a emoção dominar onde a razão deveria prevalecer. Mesmo para discordar é necessário ser inteligente e respeitoso. Se lembra de quando o diabo tentou o Senhor Jesus em pessoa no deserto (Mateus 4)? O coisa-ruim mandava uma e o Messias, mesmo podendo acabar com a raça dele só com um pensamento, retorquia com o quê? A Palavra de Deus.
O Filho de Deus tinha o lado homem, claro, pois veio à Terra para, entre outras coisas, se igualar a Seus filhos em condições humanas, mas nunca deixou de contar com um poder bem maior do que o humano, o de Deus, o que lhe permitiu agir com sabedoria e mandar satanás enfiar o rabo entre as pernas cada vez mais a cada resposta que recebia. O Senhor Jesus respondia “na lata” sem ser agressivo e venceu.
Um fator muito importante naquela briga de argumentos foi que o filho de José e Maria tinha consciência do que o descrito em Mateus 1.4 deixou bem claro: “então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. Sim, Deus permitiu que Seu Filho fosse exposto ao pai de todo o mal – e isso depois de 40 dias no isolamento, já passando fome, sede, calor e frio – justamente para que o Filho entendesse que onde Sua força humana acabava, começava a do Pai, infinita.
O apóstolo Paulo fala diretamente nisso quando cita “porque quando estou fraco então sou forte” (2 Coríntios 12.10). Assim como Paulo, todo homem é livre para ter suas opiniões e também tem liberdade para saber quando buscar forças em Deus para, em vez de se inflamar ou teimar em agir errado só para se sentir e se provar mais homem, mostrar a si mesmo que ser homem de fato é ser à imagem e semelhança de Quem o criou, assim como Seu Filho, o Messias, fez, nos ensinando o que é ser um homem forte e equilibrado nos momentos em que é fácil deixar as emoções tomarem as rédeas.
Aliás, um homem inteligente e realmente equilibrado tem a habilidade de saber ouvir e mudar de ideia quando necessário, mas conservar seus valores em qualquer situação.
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