“Sofri agressões físicas, verbais e psicológicas”

Elisângela Nunes enfrentou períodos turbulentos e recorreu ao álcool em busca da felicidade genuína, mas só a encontrou ao conhecer Jesus

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Elisâgela Rosa Nunes, uma técnica em radiologia de 47 anos, nasceu e foi criada em Aracaju (SE). Ela conta que seu pai era muito rígido: “não tínhamos liberdade para falar e tínhamos que estudar muito”.

Depois do divórcio de seus pais, a vida familiar piorou. O pai dela começou a se relacionar com outra mulher e a negligenciar os seis filhos.
Mesmo com medo do seu pai, Elisângela frequentava um pagode e ali conheceu um homem com quem se casou aos 21 anos. “Na noite de núpcias, ele já começou a me tratar mal”, afirma.

A relação logo se tornou abusiva, o que a levou a tomar a difícil decisão de se separar. “Eu estava morando na casa da minha mãe quando as brigas começaram. Ele me agrediu e me empurrou algumas vezes por causa do ciúme excessivo que sentia. Foi então que decidi me separar, depois de apenas um ano de casamento. Na época da separação, ele foi morar na casa da família dele. Ficamos dois meses sem nos vermos e durante esse tempo descobri que estava grávida. Ele queria muito voltar nesse período e sempre ligava para a minha mãe e expressava seu desejo de reconciliação”, declara.

Eles reataram, mas a chegada da filha deles, Valesca Nunes Pereira dos Santos, foi seguida de depressão
pós-parto, que se intensificou pelos maus-tratos que ela sofria por parte do marido. Ele afirmava que a filha não era dele. Elisângela enfrentou um ciclo de abuso e infelicidade e o álcool foi sua válvula de escape.

Ciclo de agressões
A vida matrimonial de Elisângela era uma montanha-russa: seu marido era afetuoso em alguns dias e agressivo em outros. “Só depois descobri que ele estava envolvido com drogas. Decidi deixá-lo de vez e embarcar em uma trajetória desconhecida”, diz.

Foi nessa época que, por influência de uma colega de trabalho, ela passou a fumar e aumentou o consumo de álcool. “Minha vida rapidamente se desviou para um caminho sombrio. Me envolvi em alguns relacionamentos abusivos, bebi muito e sofri bastante durante esse período”, esclarece.

Apesar de todo esse tumulto em sua vida, Elisângela resolveu morar com um homem que era dez anos mais velho do que ela. A união durou uma década, etapa também repleta de muito sofrimento, uma vez que o companheiro também tinha um comportamento abusivo. Ela menciona como foi aquela fase: “sofri agressões físicas, verbais e psicológicas. Vivi num verdadeiro inferno ao lado dele”.

Do divórcioà cartomante
Aos 36 anos, já cansada de tanto sofrer, ela percebeu que Deus poderia ajudá-la a ser feliz. Na Universal, ela encontrou refúgio, mas um dia, quando saía de uma reunião, ela recebeu uma mensagem que a perturbou: seu ex-marido estava em Salvador com uma nova namorada. Ela compartilha como se sentiu: “fiquei completamente desnorteada. Na manhã seguinte, fui à casa de uma cartomante e ela me sugeriu uma série de ações absurdas. Desesperada, arranjei dinheiro para tentar trazer meu ex-marido de volta”. Evidentemente, pagar à cartomante para resolver sua vida amorosa não funcionou.

Em busca da felicidade
A jornada de transformação dela teve um ponto de virada quando ela decidiu se entregar completamente a Deus. Isso ocorreu durante uma campanha de Fogueira Santa. “Uma obreira da Universal me orientou sobre a importância de buscar primeiro o Reino de Deus e que as demais coisas seriam acrescentadas. Essa Palavra ressoou profundamente em mim, pois percebi o vazio que havia em minha vida. Decidi então iniciar minha caminhada de busca e transformação espiritual”, comenta.

Sua busca deu certo e ela acabou, de fato, encontrando a Deus, que é a verdadeira felicidade que ela tanto buscou. O ponto alto na sua vida espiritual foi o batismo com o Espírito Santo, em 2018. O apoio da Universal e sua dedicação à oração foram fundamentais para que ela enfrentasse e vencesse as lutas pessoais, inclusive a perda de entes queridos.

Hoje, Elisângela testemunha o poder da fé em sua vida e celebra as transformações que Deus lhe trouxe, incluindo a conversão de sua filha, que hoje tem 24 anos de idade e é obreira na Universal e estudante de fisioterapia. Elisângela é colaboradora no Grupo Evangelização e detalha a que se dedica: “a falar do Senhor Jesus para as pessoas que estão aflitas e sem direção como um dia eu estive”.

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Colaborador

Kaline Tascin / Fotos: MÍDIA DOS OBREIROS