Sobre referência masculina
Qual tem sido a representação do homem para a mulher nos dias de hoje?
Seus pais eram apenas namorados quando descobriram a gravidez de sua mãe. Mas logo que o pai recebeu a notícia rompeu o relacionamento, alegando que o filho poderia não ser dele. Aquela criança foi gerada e cresceu sem a presença do pai. Essa criança era a assistente jurídica Izabel Silva Reis, hoje com 26 anos. Sua mãe, Valdenice, a criou sozinha até os 3 anos, quando conheceu outra pessoa com quem conviveu por seis anos.
Durante a infância, Izabel procurou a referência masculina que não teve no novo companheiro da mãe, mas conta que sofreu muito quando o relacionamento dos dois acabou. “Já tinha perdido o amor, o carinho e cuidado do meu pai e para mim essa outra perda foi tão ruim quanto a primeira. Nessa fase o meu caráter estava sendo formado, estava aprendendo princípios. Então, minha única base foi a minha mãe, que, em meio a dificuldades, me ensinou os principais valores da vida”, lembra Izabel.
As raízes que ela enfrentou
“Sentia desprezo pelo meu pai, o que me tornou uma mulher insegura quanto a confiar nos homens. Achava que, na sua grande maioria, eram todos iguais, que agiriam comigo da mesma forma que agiram com a minha mãe.” Assim como Izabel, muitas mulheres vivem em um cenário propício a estar cada vez mais contra a figura do homem. É com base nesse estereótipo de homem fracassado, que abusa e que traí a mulher, que muitos filmes e histórias sobrevivem. É aí que a mulher entra, com seu poder e independência, o que a faz viver diversos conflitos.
Em seu canal no YouTube, a escritora Cristiane Cardoso expôs o assunto no quinto vídeo da série chamada “Autoconhecimento”. Nele, ela comenta acerca da representação do homem para a mulher nos dias atuais. “Vemos a mulher falando e olhando para o homem com raiva, acreditando que são todos iguais, infiéis, mentirosos, crianções, que não têm visão, que são moles, machistas”, enumera.
Por esse motivo, por terem um referencial masculino ruim, muitas mulheres não conseguem ser felizes no amor. Não entendem que é impossível desenvolver um bom relacionamento com alguém quando consideramos esse alguém ruim. Daí a importância de alinhar as próprias referências com as que Deus nos ensina.
Tanto o homem como a mulher estão suscetíveis a cometer erros quando estão longe de Deus e, consequentemente, estão distantes da ideia inicial do caráter que Ele idealizou para ambos. E Deus não criou o homem para fazer mal a mulher, mas para que se completem em uma só carne.
Ao se aproximar de Deus e abandonar os velhos conceitos provenientes de traumas do passado é possível que a mulher acabe com a visão negativa que tem do homem. “Quando você está perto de Deus, quando O conhece, você muda e não guarda mais raiva, rancor, amargura ou mágoa de qualquer pessoa que seja. Mesmo quando ela a magoou ou abusou de você”, completa Cristiane.
Graças a esse entendimento, Izabel relata que hoje é outra pessoa. “Tinha uma mente fechada, com a ideia de que não precisava de um homem para me auxiliar em nada e ser feliz. Mas, conhecendo a Bíblia, entendi que não é bom que o homem viva só e por isso Deus lhe deu uma auxiliadora, para que sejam um.”
Izabel salienta ainda que não é porque o papel do homem é ser o cabeça da casa que isso o torna maior ou melhor do que a mulher. “Isso não significa que ele ‘manda’ na mulher, pelo contrário, toda cabeça precisa de um corpo, aí é que está a diferença. Deus me ensinou a ser sábia e aprender a esperar o momento e a pessoa certos. Hoje estou namorando, me sinto completa e realizada, sou feliz e bem resolvida. Pude conhecer meu pai e não vejo mais a figura do homem de forma negativa. Quando nos aproximamos de Deus, tudo se transforma, porque nossa mente muda. Tenho uma vida nova”, conclui.