Seus filhos fazem atividades extracurriculares?

Saiba por que incentivá-las é tão importante para crianças e adolescentes

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A formação dos filhos costuma ser uma preocupação constante dos pais. Apesar de muitos estarem atentos a esse aspecto, há quem desconheça a importância das atividades extracurriculares para o aprimoramento da educação. Para Mara Duarte da Costa, neuropedagoga, psicomotricista e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Educação, o objetivo das atividades extracurriculares não é só desenvolver novas habilidades: “elas ajudam na preparação tanto de crianças quanto de adolescentes para a vida e também para o mercado de trabalho”, explica.

Por meio dessas atividades, é possível desenvolver também o bem-estar emocional. Além disso, “elas propiciam o desenvolvimento integral da criança, que envolve o bem-estar físico e as habilidades sociais de convivência. As crianças ainda passam a ter novas conexões porque desenvolvem também a parte cognitiva, a criatividade, a concentração, o pensamento crítico, o trabalho em equipe e a resolução de problemas, habilidades que chamamos de socioemocionais”.

Ao procurar por atividades extracurriculares, porém, os pais podem se deparar com uma grande variedade de opções. “Se a gente fala de uma escola particular, a realidade é uma; já na escola pública é outra. Existem escolas que deixam que os alunos decidam a escolha das atividades com os pais e outras que já têm projetos compulsórios montados. A escola particular geralmente oferece várias atividades extracurriculares e aí é a criança que escolhe com os pais. O correto seria os pais irem à escola e ver como elas funcionam realmente.”

Mara observa que existem escolas que desenvolvem, além da parte esportiva, as chamadas artes performáticas, que incluem dança, teatro, música, oficinas de instrumentos e de expressão artística. “A escola pode montar oficinas de artes visuais, nas quais a gente promove atividades de pintura, escultura, fotografia; promover clubes de robótica, oficinas de ciência, de línguas estrangeiras e de xadrez. Elas não precisam ser realizadas só dentro da escola, mas podem ser feitas em parceria com o Corpo de Bombeiros, com grupos de escotismo, etc. Esses são alguns exemplos de aprendizado fora da grade curricular.”

Entretanto não basta que os pais inscrevam a criança nos projetos: “eles têm que acompanhar. Existem jovens que perdem um campeonato de futebol, por exemplo, por questões emocionais e é papel da família entender se isso está ocorrendo por questões emocionais ou por que ele não está querendo participar. Será que esse esporte realmente é o mais adequado para ele? A observação do pai e da mãe é extremamente importante em todas as áreas sempre, não só nas atividades extracurriculares, mas também no acompanhamento de toda a parte pedagógica do filho”, conclui

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson