Sarampo e poliomielite: surtos, mortes e falta de vacinação preocupam

Dados mostram novos casos pelo país. Saiba como se prevenir

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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o sarampo provocou a morte de cerca de 90 mil crianças em 2016.

Neste ano, dois anos depois, houve mais dois surtos no país: em Roraima, com 200 casos confirmados e 2 mortes; e no Amazonas, com 263 ocorrências. Além desses estados, o vírus também foi identificado no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. Com isso, aumenta também o alerta sobre a necessidade de se precaver.

Vírus altamente perigoso

O vírus do sarampo é considerado altamente contagioso e, assim como a gripe, o seu primeiro sintoma é a febre alta. E não apenas isso, após dois ou três dias do início, manchas vermelhas começam a aparecer pelo corpo.

Diante do perigo, a melhor forma de se proteger da doença é se imunizando. A vacina, que é gratuita na rede pública do governo, tem a eficácia de 97%. No entanto, nem todos podem se prevenir. Grávidas e pessoas com o sistema imune comprometido não podem receber a dose.

Poliomielite: outro risco eminente

Ao menos 312 cidades do país podem voltar a ter ocorrências de poliomielite, conhecida como paralisia infantil, frequente em crianças com menos de 4 anos de idade. Essa preocupação e o alerta partiram do próprio Ministério da Saúde, que observou que a cobertura vacinal está muito abaixo do esperado: menos de 50%.

Em um comunicado divulgado à imprensa, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, declarou que a única forma de prevenção da poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no País, é por meio da vacinação. E, ressaltou ainda: “o risco existe para todos os municípios com cobertura abaixo de 95%.”

A transmissão da pólio, como mais conhecida, pode acontecer de diversas formas, por exemplo, água e objetos contaminados, gotículas de saliva – como por um espirro, entre outras. Os primeiros sintomas da doença são considerados comuns, como febre, dor de garganta, náusea, vômito, constipação e dor abdominal.

Todas as crianças precisam ser vacinadas. As primeiras doses são dadas aos 2, 4 e 6 meses de vida de um bebê. O primeiro reforço acontece com 1 ano e 3 meses e o segundo, entre 4 e 5 anos.

Fique atento: de 6 a 31 de agosto próximo acontecerá a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Não deixe de vacinar o seu filho. A prevenção ainda é o melhor caminho.

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Colaborador

Da Redação / Foto: iStock