Ridicularizada por interceder pelo Brasil, atitude de Michelle Bolsonaro é defendida por jornalista

Colunista analisou a relação entre política e religião no Brasil

Em artigo publicado nesta quarta-feira (03), a jornalista Madeleine Lacsko, colunista do UOL, refletiu sobre o que muitos ainda não se dão conta: a relação entre religião e política.

Por que isso importa:

Intitulado como “Quem acha que Michelle é fanática não entende a religião na política”, o artigo analisa como é contraditório uma parte da sociedade estar ridicularizando a atitude da primeira-dama, fazendo intercessão no Palácio do Planalto, em vídeos divulgados na internet. 

  • “É um dado preciso sobre a distância religiosa entre quem vota e quem analisa a política. Ela já havia dito no discurso do lançamento da campanha do marido que realiza intercessões à noite, após o horário de trabalho. Uma minoria não sabe o que é e ficou surpresa”, disse Madeleine.

O que analisar:

A jornalista ainda ressaltou que as críticas à primeira-dama levantaram o questionamento de que se, em vez de uma intercessão evangélica, fosse um pai de santo realizando algum tipo de ritual, “o Brasil viria abaixo”.  

  • “Diz a elite urbana que não se importa nem com religião nem com fatos. Michel Temer recebeu Pai Uzêda no Palácio do Planalto e o país não acabou. Ele também esteve no palco da convenção que mudou o nome do PMDB de volta para MDB. É o mesmo pai de santo que deu a flor símbolo de Ogum à Dilma Rousseff dentro do Palácio anos antes”, relembrou ela, citando ainda casos de outros presidentes.

O que deve ser observado:

Madeleine fez questão de enfatizar que o Brasil é um Estado Laico, de acordo com a Constituição de 1988. Porém, ainda que o Estado não confesse nenhuma religião, permite todo tipo de manifestação religiosa ou até mesmo de ateísmo, em espaços públicos e privados.

  • “O brasileiro é um povo profundamente religioso. Os que ignoram essa tradição religiosa do nosso país não estão chamando só Michelle Bolsonaro de fanática, estão falando isso do cidadão evangélico, da mãe dele, da mulher, da avó, da maioria das periferias brasileiras”, defendeu ela.
  • E avaliou: “Quando fala de forma mal informada e pejorativa sobre a religiosidade de Michelle, a elite progressista diz às periferias exatamente o que pensa das suas tradições e costumes mais importantes.”
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Colaborador

Redação / Foto: Frente Parlamentar Evangélica