Quer um novo emprego em 2025?
Veja como obtê-lo, independentemente da sua idade
O mercado de trabalho no Brasil promete ser bem movimentado neste ano. Uma pesquisa realizada pela consultoria em recursos humanos Robert Half afirma que mais da metade dos brasileiros entrevistados (54%) pretendem trocar de emprego; 69% querem manter a área profissional e mudar de organização; e 31% têm a intenção de explorar um novo ramo ou segmento. As motivações para a mudança de empresa variam entre a busca por melhores oportunidades, novos desafios, benefícios atrativos, salário mais alto e ainda o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Já quem busca a mudança de área ou de profissão quer realização pessoal, qualidade de vida, salário melhor, aprender algo novo e mais flexibilidade.
Outra pesquisa, divulgada no final do ano passado pelo LinkedIn, plataforma de mídia social focada em negócios e empregos, aponta que três em cada cinco profissionais brasileiros devem buscar um novo posto de trabalho neste ano. O levantamento revela também que mais de 50% dos entrevistados acreditam que os processos seletivos serão mais difíceis do que em 2024, enquanto 40% consideram que os requisitos anunciados pelas empresas nem sempre serão realistas. O percentual de quem busca por novos desafios varia bastante: jovens da geração Z são 68%, seguidos pelos millennials (65%), geração X (51%) e boomers (41%).
Contudo, buscar um novo emprego, independentemente da faixa etária, quase nunca é tarefa fácil. Para Gustavo Malavota, administrador, consultor, palestrante e especialista em gestão, antes de qualquer mudança, é preciso saber muito bem qual é a função da vaga que você está procurando. “Sempre, ao procurar uma vaga, seja no varejo, seja em qualquer outra profissão, entenda se a oportunidade está alinhada com o que você tem de habilidade. Não precisa ser uma habilidade acadêmica ou que você tenha adquirido com o diploma ou uma proficiência, mas que esteja alinhada com a sua aptidão natural”, aconselha.
Malavota afirma que a maioria das empresas busca pessoas comprometidas: “sabemos que as gerações se comportam de maneira diferente. Talvez alguém mais jovem queira algo mais imediatista, isso não tem problema nenhum, desde que você saiba a que está se propondo, até para não se frustrar ou frustrar o contratante, afinal de contas, você dedicou seu tempo, foi até o local, fez a sua inscrição, participou da seleção, concorreu com outra pessoa, então tenha responsabilidade porque são pessoas que estão envolvidas nesse processo”, alerta.
O especialista salienta que a preparação difere para candidatos jovens e maduros. “A régua de complexidade caminha de acordo com o nível de exigência da empresa contratante. Se eu estou contratando para uma vaga de estagiário, obviamente a minha régua vai ser mais baixa e mais flexível e aí eu vou olhar muito mais para o comportamento do que para o conhecimento técnico. Para o profissional maduro é preciso ver realmente se o seu conhecimento está alinhado com o que a empresa, como um todo, busca de objetivo a médio e longo prazo”, orienta.
Malavota explica, no entanto, que hoje os processos seletivos estão muito ligados à internet. “Primeiro é necessário entender que todos nós hoje representamos uma marca pessoal. Certamente o contratante vai olhar as redes sociais, consultar os veículos tradicionais de busca, como o Google, e ferramentas que vão fazer uma análise de quem é o candidato com os dados públicos. Por isso, preste atenção a como você está oferecendo a sua imagem. Faça uma busca do seu nome nos órgãos responsáveis, por exemplo. Existem candidatos que descobrem muita coisa de si mesmos ao fazê-lo”, observa.
Ele faz algumas recomendações de como se apresentar para o processo seletivo: “eu não vou a uma seleção de vários estagiários usando terno e gravata, assim como também não vou de bermuda e chinelo para uma eventual entrevista de executivo. Procure ser pontual, não se atrase nos processos de entrevista, em hipótese nenhuma. Tenha muita atenção para não ficar falando somente de si. Saber regular a fala é bem relevante. Use a estratégia de ouvir o contratante e entender bem a pergunta para que ele não pergunte A e você responda B. São dicas simples, mas muitos ainda pecam bastante no processo”, afirma.
Mesmo depois de ser aprovado em uma seleção, Malavota recomenda que a pessoa não tome decisões de forma abrupta. “Entenda para onde você vai, como vai, por que vai, quando vai e saiba muito bem o que quer. Você pode ser feliz tendo qualquer função, desde que saiba muito bem os riscos e os benefícios ao tomar essa decisão. Converse com o seu líder, só que essa conversa já deve ser feita de decisão tomada. Não retroceda porque isso pode gerar um ônus para você e para todos os envolvidos, a não ser que aconteça algum problema no processo e você tenha que tomar uma nova decisão. Faça tudo isso de maneira muito organizada para que ninguém seja prejudicado e você também crie uma imagem positiva com ambos os lados”, finaliza.
Mude inspirado na Palavra
Se você busca direcionamento para mudar sua carreira, participe das reuniões Prosperidade com Deus, que acontecem às segundas-feiras na Universal.
Saiba mais:
Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Folha Universal, informações para a vida!