Várias pessoas têm empreendido muito mais por necessidade do que por vocação. Contudo, como não se preparam adequadamente para essa atividade, o resultado para muitas delas tem sido fatal e elas acabam fechando as portas de suas empresas antes mesmo de completarem dois anos de existência. Em 2021, mesmo com a queda de 9,8% no número de empresas que decretaram falência em comparação com o ano anterior, o Brasil teve 1.239 recuperações judiciais e falências, de acordo com um levantamento publicado pelo Serasa Experian. Considerando esses dados, será que todos podem ser empreendedores?

Andréa Alvares, de 49 anos, consultora do Sebrae-SP e coordenadora do Empretec, programa intensivo de formação de empreendedores no mundo, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), analisa que o empreendimento que nasceu, muitas vezes, por necessidade se transforma em mais do que uma opção de renda. “Por isso, os empreendedores devem buscar informações de qualidade, pesquisando, conversando com outras pessoas, participando de lives e cursos rápidos e não devem deixar, em nenhum momento, de se questionar em que podem melhorar”, esclarece.

Contudo ela adverte que “ser empreendedor não é o mesmo que ser empresário ou administrador. O empreendedor é um visionário. Ele enxerga oportunidades que passam despercebidas para pessoas comuns.

É mais que ‘tino comercial’, é mais do que ser organizado ou planejador, é ter como características próprias alguns comportamentos que ele adota sem nem se dar conta”.

De acordo com Andréa, o Sebrae não trabalha com a premissa de que todo empreendedor nasce pronto. “Eles existem, mas são bem raros.

Na absoluta maioria dos casos temos que ter conhecimento das características e trabalhar arduamente para desenvolvê-las em nós. Digo arduamente porque mudar um comportamento requer muita dedicação, comprometimento, persistência e resiliência, mas é perfeitamente possível”, diz.

Por isso, um dos primeiros passos para quem quer empreender é verificar se possui o perfil certo. “As características mapeadas pela ONU e utilizadas pelo Sebrae como as mais fortes dentre os empreendedores são busca de oportunidade e iniciativa, persistência, correr riscos calculados, exigência de qualidade e eficiência, comprometimento, busca de informações, estabelecimento de metas, planejamento e monitoramento sistemáticos, persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança.”

A consultora também recomenda a quem quer empreender que formalize sua empresa. “Você terá mais chances de fechar parcerias, acessar linhas de crédito, exportar e receber subsídios do governo. Dessa forma também será possível traçar metas, planejar com mais atenção as ações que deverá implementar em seu negócio e não ficar refém daquele looping eterno de vender hoje para pagar as contas amanhã”, orienta.

Ela avalia ainda que buscar qualidade no que realiza é fundamental para que o empreendedor tenha sucesso. “Há muito tempo que qualidade num serviço ou produto não é diferencial competitivo. É obrigação de qualquer empresa prestar serviços ou vender produtos com qualidade. É algo básico e sem isso não se sobrevive em nenhum mercado”, alerta.

Andréa aconselha ainda que o empreendedor seja comprometido com seu negócio. “Tenha resiliência e o desejo de sempre se superar. Capacite-se, troque ideias e percepções com outros empreendedores, busque informação, pesquise outras formas de oferecer o seu produto ou serviço de maneira mais rápida e que agrade ao seu cliente. Acredite na sua ideia. Se planeje, estabeleça metas e procure os cursos e consultorias do Sebrae”, finaliza.

Congresso para o sucesso
Se você está com dificuldade para desenvolver seu espírito empreendedor, faça como milhares de pessoas que estão encontrando soluções baseadas na Palavra de Deus ao fazerem uma Aliança com o Espírito Santo. Participe do Novo Congresso para o Sucesso. Os encontros ocorrem às segundas-feiras em todas as igrejas da Universal. No Templo de Salomão, a reunião acontece às 7h, 10h, 12h, 15h, 18h30 e 22 horas.