Quer acertar no ano de 2022?

Aprenda a virtude e a atitude que, se desenvolvidas, lhe darão condições de ter um ano e a vida realmente diferentes

Imagem de capa - Quer acertar no ano de 2022?

Com certeza você já fez inúmeros planos para este ano que se inicia. Há quem só deseje em seus pensamentos e corações que algumas coisas boas aconteçam quando um novo ano começa. Outros são mais específicos quanto aos pedidos e escrevem os seus objetivos com riqueza de detalhes. Eles querem, por exemplo, comprar a casa própria ou um carro, mudar de carreira, conhecer determinado lugar, casar, ter filhos, iniciar ou concluir os estudos, enfim, a lista é extensa e não há nada de errado em ter uma.

Porém, embora os planos sejam muitos, há ações que contribuem ou impedem a concretização deles e uma delas é não assumir seus próprios erros.

Quantas vezes, somente no último ano, algo não deu certo e você alegou que, se tal coisa tivesse ou não acontecido, se tal pessoa tivesse ou não feito aquilo, tudo teria dado certo? Agora tente lembrar quantas, dentre todas as vezes em que isso aconteceu, você parou e reconheceu a sua parcela de culpa para que algo tenha dado errado?

E sabe por que você não fez isso? Porque não é da natureza humana assumir os erros. Desde criança estamos sempre tentando colocar a culpa em algo ou alguém. Às vezes, as palavras nem saem com clareza dos lábios do bebezinho, mas os seus dedinhos já sabem apontar para outra pessoa quando lhe perguntam quem fez determinada coisa. É como se tivesse no nosso DNA tentar, de todas as maneiras, se esquivar da culpa. Mas ainda que não haja comprovações científicas dessa característica em nossa molécula de armazenamento genético, a Bíblia evidencia que sim, ela está na natureza espiritual do ser humano. Basta lembrarmos do Jardim do Éden, no início de tudo. Adão e Eva foram colocados no paraíso. Tinham uma variedade de alimentos e tudo de mais belo foi reservado para eles pelo Próprio Deus. E o melhor de tudo: tinham comunhão com o Criador. A Bíblia relata que todos os dias, ao cair da tarde, Deus passeava com eles naquele jardim. Porém, para que tudo se mantivesse naquela perfeita ordem, o casal não deveria tocar no fruto da árvore que estava no meio do jardim. Um dia, a serpente, que era o mais esperto dos animais, convenceu

Eva a comer do fruto. Ela comeu e deu o fruto a Adão, que também o comeu. Ao serem questionados por Deus se haviam comido daquele fruto, em vez de reconhecerem que sim, Adão culpou Eva, que culpou a serpente e sabemos o fim desta história.

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. (Romanos 5.12).

Reconhecer e mudar
Sejamos sinceros: gostamos mais de nos vangloriar quando acertamos. Contudo o “difícil não é fazer o que é certo, mas assumir o que se fez de errado”, como destaca o Bispo Júlio Freitas (foto abaixo) em seu blog. Mas, para que este reconhecimento aconteça, é necessária uma virtude que muitos dizem ter, mas que, de fato, raras pessoas possuem: a humildade.

O humilde não tem dificuldade de assumir os seus erros. E a boa notícia é que a humildade não é uma virtude que só tem quem nasce com ela. Ela pode ser desenvolvida por todos que desejam ter a natureza Divina e agradar ao Criador. É o Próprio Senhor Jesus Quem ensina: “Aprendei de Mim, que Sou Manso e Humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”. (Mateus 11.29).

A verdade é que uma pessoa orgulhosa, característica completamente oposta ao caráter de Deus, não reconhece quando erra. O Bispo Júlio cita como exemplo o rei Davi. Em um de seus salmos, ele reconhece o quanto é difícil entender quando se erra e faz um pedido a Deus: “Quem pode entender os seus erros? Expurga-me Tu dos que me são ocultos”. (Salmos 19.12).

Expurgar significa limpar, corrigir e separar o que é nocivo ou prejudicial. “Note que ele não apenas reconhece que tem erros, mas pede ajuda de Deus para mostrar os que ainda estão ocultos. Isto é: aqueles que, muitas vezes, nem se parecem com um erro”, explica o Bispo, que ainda ensina que esta deve ser a atitude de todos: “devemos reconhecer todos os nossos erros, sem dificuldades, e arcar com as consequências dos mesmos. E isso vale tanto para erros cometidos com homens como com Deus também”.

Será que este objetivo que você tanto quer não acontece porque, entra ano e sai ano, e você não reconhece os erros que tem cometido e que o mantêm cada dia mais distante da vitória? Avalie-se. Deus tem encontrado humildade dentro de você ou será que você tem deixado o orgulho dominá-lo?

“Seja qual for sua situação, saiba que é possível mudar esse quadro. Se aproxime de Deus com humildade e Ele o ouvirá, o limpará e o perdoará, para que você recomece sua jornada com Ele. E, assim que você começa a se policiar, ou seja, a assumir a responsabilidade pelos seus próprios erros e a cobrar-se constantemente, conseguirá evitar que eles ocorram novamente e gerem outros mais graves”, diz o Bispo.

Ele conclui dando uma dica prática do que fazer ao cometer um erro: “assuma-o imediatamente. Peça perdão a Deus e desculpas pelo seu erro a quem é devido e repare os problemas que teve ao cometer um deslize. Jamais se esconda de um erro”. Desenvolvendo essa virtude, certamente este ano será melhor do que o anterior.

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: getty images e Demetrio Koch