Quem é você em meio à multidão?

Há dois tipos de pessoas no mundo: as que fazem parte da minoria que prioriza a Deus e as que integram a maioria que prefere outras escolhas. – a vida destas é resultado do que elas priorizam

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Trinta e cinco mil. Este é o número estimado de decisões que tomamos diariamente. Desde as mais simples, como as relacionadas ao que vamos comer, até as complexas, aquelas capazes de impactar a nossa vida profundamente no presente e no futuro.

Dessa forma, se a vida depende das escolhas que fazemos, então é necessário que elas sejam feitas da melhor maneira e isso não acontece espontaneamente, como a maioria das pessoas pensa. Todos, na verdade, somos guiados por algo ou alguém, como ideias, pensamentos, influenciadores, ou seja, há sempre uma pessoa, em algum lugar, ditando o que a outra “deve” fazer.

Agora, se é difícil tomar decisões em relação à própria vida, imagine aquela cujo intuito foi orientar mais de 2 milhões de pessoas. Quando recebeu do Próprio Deus a missão de libertar o povo hebreu da escravidão que o Egito – a nação mais poderosa na época – impunha a ele havia mais de 400 anos, Moisés olhou para si mesmo e não se viu com capacidade para cumprir tão grande missão, mas Deus não atentou para a incapacidade dele, afinal que limitação humana poderia ser um problema para o Criador do universo? A resposta dEle a Moisés está em Êxodo 3.12 e 4.12: “Certamente Eu serei contigo (…) Vai, pois, agora, e Eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar”.

Essa certeza de que teria a Presença de Deus fez com que Moisés aceitasse o desafio, apesar de reconhecer que nele não havia nenhum requisito que o tornasse apto a libertar milhões de pessoas e as conduzir à Terra Prometida. Ele seguiu sem saber ao certo a rota, nem ter suprimentos suficientes e com ele e povo vestidos apenas com as vestes e a sandália com as quais saíram do cativeiro egípcio. Moisés sabia de suas incapacidades, mas também reconhecia o poder do Altíssimo. Assim, a história que sucedeu foi recheada de feitos extraordinários.

Por outro lado…
Moisés priorizava a Presença de Deus porque antes teve a oportunidade ímpar de ter conhecido o Próprio Deus, quando a ele Se apresentou “… em uma chama de fogo do meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. (…) E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés, (…) tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu Sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó” (Êxodo 3.2-6). Essa experiência pessoal mantinha Moisés seguro, porque ele não só tinha conhecido a Deus como também foi conhecido por Ele. Portanto ele sabia do valor incalculável de Sua Presença. Seu cuidado era obedecer a Deus em tudo que Ele ordenava. Já o povo, mesmo diante de todos os sinais vistos, ainda se mantinha indefinido em sua fé e, assim, as pessoas só se mantinham interessadas em chegar à Terra Prometida. Agindo dessa forma, quando surgia um problema, elas murmuravam e, quando viam Deus responder com um milagre, criam nEle.

Por isso, enquanto Moisés esteve 40 dias no Monte Sinai recebendo os termos da aliança que Deus iria fazer com os hebreus, elas passaram a adorar a imagem de um bezerro feito com o ouro que fora recebido quando saíram do Egito. Ou seja, a bênção que receberam para glorificar o Nome de Deus foi usada para traí-Lo.

Esse é o retrato da pessoa que não conhece a Deus. Ela pode até ter visto Suas maravilhas, mas não crê no Seu caráter e não confia nEle. Enquanto quem conhece a Deus é guiado por Ele, quem não O conhece vive à mercê das próprias escolhas que só geram sofrimento.

Ao ver a ingratidão daquele povo por quem havia feito tanto e que O traía, Deus avisou a Moisés que não iria mais com eles, mas que enviaria um anjo. Moisés, por sua vez, se recusou a sair do lugar, caso a Presença de Deus não continuasse guiando todo o povo. O Bispo Edir Macedo, em suas redes sociais, destacou que a maior bênção que Deus pode dar a uma pessoa é iluminar o entendimento dela para que ela possa compreendê-Lo e que isso é possível quando a Presença dEle, que é o Espírito Santo, habita nela. Se Moisés vivia algo extraordinário ao falar com Deus face a face, o que dizer de termos hoje o Próprio Deus morando dentro de nós?

“Hoje nós temos um privilégio infinitamente maior do que o de Moisés. Ele falou com Deus face a face, mas hoje o Espírito Santo vem e faz morada dentro daqueles que creem no Senhor Jesus, isto é, que acreditam nEle, que entregam a sua vida para Ele e O aceitam como seu Senhor. Quando você tem o Espírito Santo, Ele fala dentro de você, Ele lhe conduz, Ele faz você ser forte. Mesmo nos momentos mais difíceis, de maiores fraquezas, Ele está ali instruindo, exortando, consolando, confortando, fazendo a Obra dEle dentro de você”, disse o Bispo.

Interesseiros de carteirinha
Um relacionamento por interesse foi o que o casal Márcio e Marilucia Dalri, (foto abaixo) empresários, com 45 e 46 anos, respectivamente, teve com Deus durante dez anos. Eles chegaram na Universal por causa do problema de saúde do filho mais velho e da depressão que Marilucia havia desenvolvido, além dos problemas financeiros e conjugais.

Marilucia conta que logo os problemas foram resolvidos e que o interesse nas bênçãos era notório, mas que não davam nenhuma importância Àquele que abençoa. Como ela mesmo menciona, eles eram “interesseiros de carteirinha”. Márcio revela que eles tinham fé para conquistar tudo que desejavam materialmente e que aparentemente eram bem-sucedidos, mas a vida espiritual estava morta.

Com a conquista de tantos bens, Márcio pensou que seu futuro estava garantido. O que ele ignorava é que a sua própria vida não estava assegurada, justamente porque não priorizava a Deus. “Eu comecei a ficar cheio de mim, talvez até orgulhoso, pelo fato de ter adquirido tudo que eu queria”, confessa. Assim como o povo hebreu no deserto, ele colocou as bênçãos no lugar de Deus. “Eu perdi o temor que eu tinha a Deus e nossa vida começou a desandar. Eu ia para a Igreja mecanicamente e comecei a enxergar o Altar com maus olhos. Quando dei por mim, já tínhamos uma dívida quase milionária, a ponto de eu ter de devolver tudo que tínhamos conquistado e, mesmo assim, não conseguir saldá-la. Estávamos dentro da Igreja fazendo o que o coração mandava e não o que a Fé inteligente nos pedia”, diz.

Até que um dia, Márcio se deu conta do seu estado espiritual. Na ocasião, ele lembrou de uma passagem bíblica em que Deus questiona: “Louco! Se eu pedir a tua alma hoje o que tu tens preparado para Mim?” (Lucas 12.20). “Naquele momento, vi que eu era o mais pobre e miserável de todos os homens, porque eu não tinha nem a minha alma salva e entregue para Deus. Aquilo entrou em mim como uma faca e cortou o meu ego. Nasceu em mim uma revolta muito grande, pois tudo que eu tinha conquistado eu tinha perdido, mesmo depois de estar praticamente há dez anos na Igreja”, afirma.

Marilucia conta que todas as campanhas de fé de que participavam até então não tinham o intuito de priorizar a Presença de Deus, mas que, quando entenderam que sem O Espírito Santo continuariam perdidos, fizeram o que nunca tinham feito antes. “Eu falei para Deus que não queria mais viver de aparência e que desejava ser uma nova pessoa, mas que, para isso, eu precisava dEle dentro de mim”, revela.

Quando finalmente Marilucia e Márcio receberam o Espírito Santo, uma diferença ficou evidente na vida deles, como ele mesmo pontua: “hoje a nossa vida material é maravilhosa, mas não é a principal. Hoje, o que eu não aceito mais perder e luto todo dia para manter é a minha Salvação, é o Espírito Santo dentro de mim. Não é o Márcio mais que vai na minha frente, mas sim o que está dentro de mim que vai me dando direção e fazendo tudo acontecer, como deve ser com um Filho de Deus. Ao receber o Espírito Santo, eu saí da escravidão e consegui chegar à Terra Prometida. Hoje, se existe uma coisa pela qual eu sou louco é por obedecer a Deus”, conclui.

Além do anjo
Durante um bom período, o empresário Dinart Alberto da Silva, (foto abaixo) de 53 anos, esteve completamente perdido e desorientado no deserto da vida. Por mais que tentasse acertar, as escolhas dele o mantinham escravo de uma vida cheia de sofrimento. Quando tinha 17 anos, por influência de más amizades, ele começou a usar drogas. “No início, tudo é legal, mas, sem perceber, comecei a roubar carros para vender as peças e também passei a usar cocaína. Permaneci no vício por 15 anos”, revela.

Dinart foi detido por causa do roubo de um carro e foi nesse momento que ele percebeu a vergonha que estava trazendo para a família. Porém, ao ser solto, ele continuou com as más amizades. Até que ele conheceu uma moça por quem se apaixonou e tentou dar um novo rumo à sua vida. Só que aí veio a decepção. “Me entreguei totalmente a ela e construí planos de casar e formar uma família. Consegui um emprego, ganhava bem e comprei um apartamento, mas, quando faltava pouco para quitá-lo, ela me contou que tinha me traído e que estava grávida. Ali o chão se abriu e entrei em depressão. Eu não trabalhava mais, não recebia mais salário e, então, perdi o apartamento. Também roubaram o meu carro. Desisti de viver, eu não tomava banho, não me alimentava e, mesmo tendo família, virei um andarilho pelas ruas. Só ouvia uma voz na minha cabeça que dizia: ‘não tem jeito, tudo que você conquistou você perdeu e o que você tem que fazer é tirar sua própria vida’”, relata.

Guiado por aquela voz, ele tentou inúmeras vezes se matar. “Minha alma ardia de tanta angústia”, declara. Um dia, enquanto perambulava pelas ruas, ele foi assaltado e, segundo lembra, pediu que o assaltante o matasse. “Ele olhou para mim, se assustou e falou para que eu fosse embora. Eu fiquei mais triste, pois pensei que não prestava nem para morrer”, conta.

Um dia, o irmão de Dinart, que é obreiro na Universal, disse a ele que Deus queria lhe dar uma chance. Na sequência, ele lhe fez um convite para que fosse à Igreja. “Eu falei para o meu irmão que eu só acreditava que meu sofrimento teria fim se um anjo viesse do céu e falasse comigo. Então, meu irmão me respondeu: ‘eu sou quem Deus está te enviando para falar que tem jeito e que basta uma atitude sua’. Quando meu irmão foi embora, quem começou a falar comigo foi o Espírito Santo. Naquele instante, dobrei os joelhos e falei com Deus Lhe pedindo uma chance”, diz.

Depois daquela oração sincera, Dinart diz que teve forças para tomar um banho e ir direto para a Igreja, onde recebeu paz. Não demorou muito e ele decidiu se batizar nas águas e passou a buscar o Espírito Santo. “Eu queria o Espírito Santo dentro de mim porque eu sabia que para permanecer eu tinha que tê-Lo. Quando eu O recebi foi maravilhoso”, diz.

Agora, sendo guiado pelo Único que conduz a toda Verdade, Dinart teve a vida transformada. Ele se casou e tem dois filhos, mas, mesmo com a felicidade que possui, ele garante que nada supera o valor da Presença de Deus. “Eu posso perder tudo, mas não posso perder o Espírito Santo. É nEle que tenho me sustentado. Hoje, meu foco é agradar a Deus com a minha conduta. O dia mais importante da minha vida foi quando eu conheci o Deus Vivo e o segundo dia mais importante será quando eu vê-Lo na eternidade”, celebra.

Deus foi “desconvidado”
Como se já não bastasse não priorizar a Deus, o empresário Adriano Valerio, e sua esposa, a atriz Barbara Valerio, (foto abaixo) ambos de 35 anos, “desconvidaram” literalmente Deus para o casamento deles. Adriano conta que, na época, questionava a existência de Deus. Então, quando eles decidiram se casar, aceitaram que um amigo fizesse a cerimônia. No dia do casamento, quando o amigo mostrou o discurso que faria, Adriano lhe pediu para que retirasse a parte que falava da bênção de Deus. “Falei que Deus não estava convidado para meu casamento e O excluí”, lembra.

Ele diz que daquele dia em diante tudo começou a ir de mal a pior, inclusive em relação à depressão, com a qual ele lidava desde a infância. “Eu não dormia de maneira alguma e muito novo ainda eu já precisava de remédios pesados para dormir. Com o passar do tempo, precisei de remédio para acordar, para estabilizar o humor e para não entrar em depressão. Essa foi a minha vida durante um bom tempo, além de passar por psicólogos e psiquiatras”, diz.

A carreira bem-sucedida como DJ, com turnês Brasil afora, e uma vida aparentemente invejável, escondia o vazio interior de Adriano. Além disso, ele era um mentiroso costumaz. “A terapeuta me falou que não tinha cura para isso e que eu tinha que aprender a lidar. Então, continuei mentindo. Só que o maior prejudicado era eu mesmo”, conta.

Mentiras e o vício em pornografia tornavam o casamento cada vez mais cheio de brigas. O casal tentava resolver os problemas com viagens, por exemplo, mas não adiantava. Barbara diz quais eram as tentativas dela: “eu o arrastava para todos os tipos de terapia e até para retiro espiritual. Eu fazia tudo que falavam para eu fazer. Eu tinha livros de filosofia e até de estudiosos para buscar o que achava que era verdade”, revela.

Até por sessão de hipnose Adriano passou durante essa busca, mas, durante uma reunião familiar, Barbara flagrou uma conversa do marido com uma garota de programa. Na ocasião, os dois tiveram uma briga na frente dos familiares e o cunhado de Adriano, que já frequentava a Universal, propôs uma solução a ele.

Apesar do preconceito que tinha contra a Universal, Adriano aceitou participar de uma reunião. “Demorou dois meses para que eu começasse a prestar atenção. Peguei minha primeira Bíblia, comecei a lê-La, concordava com 80% e 20% eu guardava para mim, mas esses 80% começaram a transformar minha vida. Até que, durante uma reunião, fiz um voto com Deus de fazer tudo que precisava fazer”, conta.

Adriano decidiu se esforçar para parar de mentir e ser fiel e as mudanças foram sendo percebidas. Inclusive, a própria terapeuta do casal falou para Barbara que achava que a Igreja era o único lugar que poderia realmente resolver o problema dele. Assim, Barbara decidiu participar das reuniões com o marido. Ele, por sua vez, passou a buscar a Presença de Deus, até que um dia, finalmente, ele pôde ver que alcançar a paz ao receber o Espírito Santo era algo verdadeiro. “Eu finalmente entendi o que era ter a certeza, o que é vencer de verdade”, diz.

Barbara também decidiu se entregar a Deus e colocá-Lo como seu guia. “Eu peguei todos os livros de psicologia, esotéricos, diários terapêuticos que eu tinha, os coloquei em cima do Altar e falei: ‘hoje eu quero só o Senhor me guiando’. Foquei em conhecer a Palavra de Deus e o Espírito Santo e, então, O recebi. Vivo lutas até maiores do que antes, mas tenho paz e alegria. Nossa casa hoje é um pedacinho do céu”, comemora.

Não vá a lugar nenhum sem Ele
Ainda hoje, Deus procura pessoas que como Moisés decidiram que, se a Presença dEle não estiver com elas, não estarão dispostas a ir a lugar nenhum. Essa é a proposta da Fogueira Santa da Revolta no Monte Sinai, destinada a todos que estão dispostos a priorizar o recebimento do Espírito Santo.

Para isso, é preciso que haja uma entrega completa da vida no Altar de Deus e a obediência incondicional ao que diz a Palavra dEle. Aos que tomarem essa decisão, Deus diz: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha” (Êxodo 19.5). Deus quer mostrar a glória dEle na sua vida e isso depende de você.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: gremlin/getty images / cedida / Demetrio Koch