Quando ele não assume
A terceirização de responsabilidades desequilibra a família, o trabalho e a vida espiritual
Em muitos lares, repete-se um padrão silencioso: homens que cumprem apenas parte do que lhes cabe e acreditam que isso seja suficiente. São pais que “ajudam” com os filhos, mas não assumem a criação; maridos que lavam a louça de vez em quando, mas deixam para a esposa toda a carga mental; homens que executam tarefas pontuais, mas fogem de decisões difíceis. Essa terceirização da responsabilidade tem consequências profundas e, muitas vezes, devastadoras.
A origem desse comportamento, muitas vezes, é a educação. Desde cedo, muitos homens crescem ouvindo que certas tarefas “não são para eles”. Quando adultos, acreditam que qualquer pequena contribuição já os torna participativos. Mas não é participação, é comodidade. A mulher vira gestora da casa, dos filhos, das finanças e da vida emocional da família, enquanto o homem permanece ausente, embora presente.
O amor não prospera onde falta parceria
Essa postura gera desgaste no casamento. Uma relação não se sustenta quando um faz tudo e o outro aparece somente para marcar presença. A esposa vira líder, planejadora, psicóloga, administradora e até mãe do próprio marido. E não há amor que prospere onde falta parceria.
Na paternidade, o problema fica ainda mais evidente. Filhos não precisam de um pai que aparece apenas para brincar, comprar presentes ou postar fotos bonitas. Eles precisam de direção, limites, valores, disciplina e segurança e de alguém que ocupe o lugar de referência, que tenha coragem de dizer “não” quando necessário, de ensinar pelo exemplo e de estar presente não só nos momentos de lazer, mas também nos de sacrifício.
O padrão bíblico de responsabilidade
A Bíblia apresenta um padrão claro de responsabilidade masculina. Em Efésios 5:25, Paulo orienta: “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Jesus não amou com palavras, mas com entrega, sacrifício e liderança servidora. Isso significa que o homem é chamado a assumir seu papel não pela imposição, mas pelo serviço; não por dominar, mas por conduzir com maturidade; não por delegar tudo, mas por se colocar à frente quando necessário. Ser provedor, à luz bíblica, é muito mais do que arcar com o sustento financeiro: é prover segurança emocional, direção espiritual, estabilidade e caráter.
Homens maduros não fogem
Ser homem, é ser intencional: desenvolver disciplina, assumir compromissos, cultivar o caráter e honrar a própria palavra. Quando o homem assume seu papel plenamente – na casa, na vida conjugal, na paternidade, no trabalho e na fé –, ele não transforma apenas a si mesmo, mas também fortalece tudo que está ao seu redor. É aí que a família encontra equilíbrio, segurança e paz.
Homens maduros não fogem. Eles lideram, servem, protegem e constroem. E descobrem, nesse processo, que assumir o próprio papel não é peso – é propósito.
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