Qual tem sido o seu desempenho em campo?

Muitos homens que criticaram o trabalho do Brasil na Copa esquecem de seu rendimento em casa, no trabalho, com familiares e amigos

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A Copa do Mundo de Futebol acabou. Você já sabe disso. Se em todo o planeta pessoas de vários países reservaram algum tempo para torcer por suas seleções, aqui, no País da Bola, não foi diferente. Como em outras datas nas quais o Brasil tende quase a parar, os dias durante esse evento se tornaram mais curtos cada vez que a seleção brasileira jogava. Nas rodas de conversa entre amigos, o assunto parecia ser somente sobre futebol, seleção e tudo que girava em torno disso.

Frustração

No trabalho, amigos participaram de bolões, colocando seus palpites para os jogos da Copa da Rússia. No início, o time brasileiro não parecia empolgado, mas conseguiu se classificar para a fase eliminatória depois de um empate e duas vitórias. No primeiro mata-mata, ao vencer o jogo contra o México, boa parte das pessoas se animou. Muitas acreditavam que o Brasil estaria ao menos na final ou até que fosse o vencedor do Mundial. Mas quando a seleção brasileira foi eliminada, depois de perder para a Bélgica nas quartas-de-final, a ilusão de viver um momento vencedor por meio dos jogadores brasileiros se encerrou. A frustração tomou conta de várias pessoas.

Diante disso, vale uma pergunta: você é um dos que criticaram o jogador considerado o craque do time – aquele que ficou mais tempo rolando no chão do que jogando (e não correspondeu às suas expectativas) e a seleção acabou eliminada – ou você não assistiu aos jogos porque não concorda com os salários astronômicos que atletas como ele ganham? Antes de responder, não esqueça de levar em consideração que o futebol se tornou um grande negócio e talvez já nem seja mais o esporte do povo como imaginávamos antigamente.

Realidade

Na verdade, isso nem importa. O que interessa é que quando as pessoas voltam à realidade depois que a Copa acaba, como se o tubo da anestesia que antes estava ligado a elas tenha sido desligado subitamente, elas têm de encarar a vida. Nesse instante, a dor pode surgir, pois esse é o momento da verdade, do jogo da vida, da sobrevivência, das contas a pagar e da real busca pela felicidade.

Por isso, é importante se perguntar quais são as suas prioridades. Como você está tratando sua vida? Está cuidando da sua família? Você é realmente o líder que sua esposa e seus filhos necessitam? E, caso você não seja esse homem, o que está fazendo para mudar e se tornar um exemplo? Você se prepara para isso? Estuda ou busca se aprimorar na sua profissão o tempo todo ou para tocar o seu negócio da melhor forma possível? E mais: está cuidando da sua saúde? Essa última questão pode até parecer estranha, mas não é. Pense um pouquinho: se você não estiver em plenas condições, como vai cuidar de quem você ama? Como vai trabalhar para sustentar quem depende de você? Como vai sobreviver? Terá forças para se preparar e enfrentar a luta diária que é viver?

Sem ilusões

Antes de criticar o seu jogador preferido ou qualquer outra pessoa, avalie sua vida. Compreenda que, antes de fazer o seu comentário sobre quem quer que seja – colegas, amigos, clientes ou familiares –, é preciso fazer uma autoanálise e saber quem você é, quem quer ser e o que deseja para a sua vida. Entenda isso primeiro. Depois, elabore seus planos, se estruture e cresça. Isso, com certeza, é o mínimo que você pode fazer para conquistar a sua vitória.

Cuidado com as distrações

Quando você determina uma mudança em sua vida, precisará de foco. Se desviar seus olhos do objetivo, suas forças para alcançá-lo diminuirão. Cuidado com as distrações. Pessoas que dizem “eu não consigo” normalmente sofrem mais por falta de foco do que por ausência de capacidade. Veja mais aqui.

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Colaborador

Por Eduardo Prestes / Foto: Reuters