‘Projeto Ler e Escrever’ pretende alfabetizar 10 mil idosos até o fim do ano 

Segundo o IBGE, 18% dos brasileiros com mais de 60 anos “não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples” 

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O programa social Calebe deu início a uma mobilização nacional que pretende, até o final deste ano, iniciar a alfabetização de 10 mil idosos em todo o Brasil. A iniciativa se engaja nas comemorações do “Dia Mundial da Alfabetização” (8/9), data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ressaltar a importância de ensinar todos os adultos a ler e escrever.

De acordo com o levantamento divulgado em 2020 pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 11 milhões de analfabetos, o que representa uma taxa de  6,6%. São pessoas de 15 anos de idade ou mais que, pelos critérios da instituição, “não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples”. Entre os idosos, a situação é ainda pior: 18% daqueles com 60 anos ou mais são analfabetos.

Assim, neste mês de setembro, em 25 estados e no Distrito Federal, o Calebe promoverá uma série de atividades pedagógicas e lúdicas dentro do “Projeto Ler e Escrever”, que proporcionarão uma aprendizagem mais acessível aos idosos, estimulando-os a se alfabetizar. A campanha também contará com videoaulas curtas, veiculadas nas redes sociais do programa social.

Atualmente, o “Projeto Ler e Escrever” já está alfabetizando 3,1 mil idosos em salas de aula montadas em 768 templos da Igreja Universal do Reino de Deus. A Universal mantém o programa social Calebe.

Valter Pereira, responsável pelo Calebe no Brasil, explica que a alfabetização traz autonomia ao idoso para realizar atividades básicas. “Muitos chegam com bloqueios que os impedem de acreditar que possam aprender algo novo. Também existem aqueles que, por algum motivo, não tiveram oportunidade de estudar, ou precisaram abandonar a escola cedo.”

A voluntária Conceição de Maria Cruz Freire, que trabalha como doméstica, conta que percebe “a alegria, a satisfação e o amor próprio instalado no rosto dos alunos”.

“Eles são motivados a acreditar que é possível aprender. E, quando percebem que estão lendo um livro, entendendo o que está escrito, logo notamos a imensa diferença neles. Todo empenho e dedicação resultaram em conhecimento, autonomia e uma oportunidade de realizarem seus objetivos”, avalia.

Contando com 1.032 voluntários, o projeto segue as diretrizes do Ministério da Educação como um curso livre, sem caráter de graduação, em qualquer nível. Todos os protocolos sanitários são observados nas aulas.

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Colaborador

UNIcom