Por que ir à casa de Deus?

Estabelecida pelo Criador, a igreja serve como apoio e fortalecimento para todos os que creem no Senhor Jesus

Muito mais do que um ambiente cercado por paredes, a igreja é a Casa de Deus. Ali, pela fé, se cumpre a promessa feita pelo Senhor Jesus em Mateus 18.20: “… onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”. Os olhos físicos de quem frequenta uma igreja enxergam o Altar, o pastor e a leitura da Bíblia, mas, pelos olhos espirituais, as pessoas constatam que o Próprio Deus, na figura do Espírito Santo, está ali, dirigindo a reunião por meio de seu servo, observando a forma que Suas Palavras são recebidas e falando no íntimo de cada um. É uma experiência extraordinária.

Contudo o que tem acontecido com muitos cristãos é uma espécie de desvalorização da igreja e, para se justificarem, eles usam afirmações como “Deus está em todos os lugares, assim eu não preciso ir à igreja para falar com Ele”, “posso ler a Bíblia em casa” e “a igreja está cheia de hipócritas”. Mas você já se perguntou por que Deus criou a igreja?

No programa Inteligência e Fé, o Bispo Renato Cardoso esclareceu que a instituição foi criada por Deus “como uma forma daqueles que creem nEle se fortalecerem, se reunirem e se tornarem um, como um exército espiritual.(…) A igreja é um lugar de apoio, de refúgio, de alívio, de conforto, é um lugar de segurança por meio da Palavra”. Isso fica claro em Isaías 4.6, quando o profeta afirma que depois da vinda do Senhor Jesus seria estabelecido um tabernáculo “… para sombra contra o calor do dia; e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva” .

Dessa forma, “o papel da igreja na vida do cristão é exatamente ajudá-lo a encontrar este abrigo, esta proteção, este fortalecimento contra a tempestade, contra o calor das lutas de todos os dias”, explicou o Bispo. Assim, o contrário também é verdadeiro, ou seja, ao deixar de frequentar as reuniões e alimentar a fé por meio da Palavra de Deus, a pessoa tem um enfraquecimento da fé, o que normalmente termina por afastá-la do Criador.

Lidando com as pessoas
Quantas pessoas abandonaram a fé no Senhor Jesus em razão de decepções dentro da igreja? Mas há uma pergunta que é essencial que se faça nessas ocasiões: o que Deus, que é perfeito, tem a ver com o erro do próximo? Lidar com o ser humano nunca foi nem será fácil, afinal somos seres únicos e dotados de características particulares, mas a vida do cristão deve estar baseada na Palavra de Deus e seus olhos devem estar voltados para Jesus. “É claro que onde há pessoas, seja na igreja, seja em qualquer outro lugar, você vai ter problemas, você vai ter gente boa e gente ruim, inclusive na sua família”, disse o Bispo.

Mas é preciso ressaltar que os maus exemplos são minoria.

Dentro da igreja há um exército de fé e, com discernimento, é importante estar próximo, unido e envolvido na Obra de Deus com o objetivo de levar o Evangelho ao aflito e ao sofrido. Nessa trajetória é importante contar com pessoas que tenham a mesma visão e estejam caminhando rumo à Salvação, afinal, há estudos que indicam que somos influenciados pelas pessoas próximas a nós. Isso reforça a importância de estar envolvido em um grupo, como a Evangelização (EVG), a Força Jovem Universal (FJU) e tantos outros mantidos pela Universal.

A escolha errada
Foi na escolha das companhias que Sueli Aparecida Cavalcante da Silva, (foto abaixo) de 50 anos, errou e deixou a fé em segundo plano.

“Por um período da minha vida, deixei de ler a Bíblia, de orar ou de ter a minha comunhão com Deus para ir à casa de amigos que não tinham a mesma fé e ficava horas lá. Quando voltava, já era hora de dormir e ir para a igreja se tornou um peso, eu já não tinha mais vontade. Hoje, olhando para trás, vejo que me afastei aos poucos sem perceber”, comenta. Essas atitudes culminaram no abandono da fé.

Longe da Presença de Deus, Sueli desenvolveu diversos problemas, entre eles a depressão, doença que a fez buscar ajuda novamente na igreja, onde foi acolhida e recebeu cuidados. “Hoje, eu priorizo a minha vida com Deus e ir à igreja é um prazer, é natural, já faz parte da minha vida. Na pandemia, por exemplo, senti muita falta, pois, por mais que tenha a TV e os programas, nada substitui estar na Casa de Deus”, diz.

A onda da tecnologia
Não é novidade que o mundo tem passado por uma verdadeira revolução tecnológica e isso tem afetado a fé de muitas pessoas. Sobre o tema, o Bispo Renato explicou que há três formas do ser humano aprender algo: vendo, ouvindo e praticando. E apenas ir à Casa de Deus contempla esses três aspectos do aprendizado: “o Pastor chama até o Altar, a pessoa se levanta da cadeira e tem o movimento físico. Então, ela fecha os olhos, levanta as mãos e fala com Deus. Ela está colocando em prática o que está aprendendo”, detalhou.

Geração Z
Um dos grupos cada vez mais afetados pelas tecnologias são os jovens da geração Z, nascidos entre 1995 e 2010. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos pela Sociedade Bíblica Americana (American Bible Society) apontou que 40% daqueles com idade entre 18 e 25 anos que tinham assumido um compromisso com Deus participavam de reuniões “principalmente on-line”. E, outra parcela significativa, apesar de se dizer cristã, deixou de participar de cultos presenciais e até mesmo a distância.

A brasileira Shirley Pereira Fonseca, (foto abaixo) de 24 anos, quase se transformou em uma vítima dos hábitos on-line. “Eu assistia a episódios seguidos de séries e passava muito tempo nas redes sociais. O tempo que antes eu dedicava a Deus passei a dedicar ao entretenimento e aos poucos deixei de ir à igreja”, conta.

Hoje, Shirley retornou à fé e assumiu um verdadeiro compromisso com Deus, colocando-O como primeiro em sua vida. “Há o versículo que diz que tudo é lícito, mas nem tudo convém. Assim, eu evito aquilo que eu sei que faz mal para a minha fé”, conclui.

O Bispo Renato ressalta que a internet é uma grande aliada na divulgação do Evangelho, “mas absolutamente nada substitui a reunião na Casa de Deus. Foi o lugar que Ele providenciou para que houvesse sombra para o calor do dia”.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Demetrio Koch