Por que é tão importante ter o Espírito Santo?

Qual é o preço que você paga por não tê-Lo? Entender quem você é e quem Ele é responde essas e outras questões. Afinal, quem tem o Espírito Santo está completo

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Uma rápida olhada no espelho pode nos fazer entender por que precisamos dEle: nosso reflexo revela necessidades rotineiras ou eventuais, das mais insignificantes às mais urgentes. Quando alguém se enxerga, entende exatamente do que precisa – isso é um fato, assim como é fato que muitas pessoas se veem, mas mal enxergam a si mesmas. Espiritualmente falando, essa visão míope também existe e tem impedido muitas pessoas de se enxergarem como deveriam e de entenderem que o que mais necessitam não tem relação com dinheiro, oportunidades, caridade, relacionamentos ou novas conquistas. Na verdade, elas precisam ter o Espírito Santo.

O dia do recebimento do Espírito Santo passa a ser o mais importante na vida de uma pessoa, pois, quando acontece a química do relacionamento mais precioso que se pode ter, a pessoa nunca mais é a mesma: a velha criatura, antes angustiada, vazia e covarde, dá lugar à pessoa que Deus sempre sonhou. Quem recebe o Espírito Santo recebe o Espírito do próprio Deus e passa a refletir Sua imagem celestial, com fruto visível (Gálatas 5.22-23). Por existir o mesmo elo espiritual, o filho passa a se parecer ainda mais com o Pai, o que gera maior intimidade. Com o Espírito Santo, surge uma força sobrenatural: quem O tem se torna verdadeiramente empoderado. Deus nos promete Seu Espírito também como penhor, ou seja, como garantia de sermos Seus filhos e, por essa razão, “estamos sempre de bom ânimo.” (2 Coríntios 5.5-7). E por que é tão importante tê-Lo? A resposta: porque quando você O tem, você tem tudo.

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
O Bispo Edir Macedo enfatiza que não há nada nem ninguém mais glorioso do que o Espírito Santo. “O resto é resto, se comparado à plenitude de Deus dentro de nós”, disse durante o Seminário sobre o Espírito Santo. Ele ainda descreveu detalhes preciosos de Quem Ele é: “o Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o que não significa que esteja em terceiro lugar.

Tivemos a época do Deus-Pai, que durou desde o início da Humanidade até Malaquias; depois veio Jesus, o Deus-Filho, e, finalmente, o Deus-Filho enviou o Deus-Espírito Santo. Três pessoas distintas, mas um só Deus, ou seja, o Espírito Santo é tudo dentro de nós: Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo”. Mas quem está disposto a pagar o bom preço para recebê-Lo e se render de corpo, alma e espírito? Quando há entrega total, Deus também entrega o tudo dEle, que é o Seu Espírito.

DE QUE ADIANTA?
O que adianta ganhar o mundo inteiro (Marcos 8.36), que é o que muitos querem, se não se tem o Espírito Santo? O descontrole que beira a ganância, a inveja e os sentimentos facciosos surgem justamente de um coração carnal e não de uma vida entregue a Ele. Com o coração inclinado para as conquistas, muitos dão ao Reino de Deus o lugar que sobra. Por essa razão, muitas pessoas ainda não O conhecem, inclusive as que estão na Igreja. O funcionário público Marcelo Cardoso dos Santos, (foto abaixo) de 38 anos, sentiu isso na pele. Embora tenha chegado à Universal há 31 anos, ele recebeu o Espírito Santo há apenas nove. Até que esse dia chegasse, ele passou por altos e baixos. “Por fora, as pessoas achavam que eu era alguém divertido e que conversava com todo mundo, mas por dentro havia um rapaz triste, vazio, frustrado, que carregava uma bagagem de tristeza de relacionamentos que não deram certo. Dos 13 aos 19 anos frequentei a Igreja todos os domingos.

Eu escutava os ensinamentos, mas achava que tudo era história, um conto de fadas. Minha prioridade era me formar, me casar, ter uma família, casa, carro, ser bem-sucedido, etc. Ter o Espírito Santo não era minha prioridade.”

Aos 20 anos, Marcelo se casou com, Michelly Morais Santos, hoje com 36 anos, e logo começaram as brigas. “Eu não parava em emprego nenhum e não tinha condições de dar o melhor em minha casa nem fralda descartável para minha primeira filha. Recorri à bebida, ao cigarro e cheguei a ter contato com drogas. A ficha começou a cair quando meu chefe me deu 30 dias para melhorar ou eu seria dispensado. Avistei outra oportunidade de emprego. Eu tinha um carro financiado, que estava com documento e prestação atrasadas e estava sem dinheiro para colocar combustível. Fui para a entrevista com o carro na reserva. Eu perguntei o endereço a dois policiais que estavam em uma blitz e eles decidiram olhar o documento do carro, que estava vencido há seis horas. O carro foi guinchado. O policial falou que minha esposa devia ter muita vergonha de mim porque eu não tinha condições nem de pagar a passagem de volta para casa”, expôs.

MAIOR RIQUEZA
Ao enxergar a própria condição espiritual, Marcelo fez uma oração a Deus e prometeu que jamais abandonaria a Presença dEle se passasse na entrevista. “Fiz um pacto de ser fiel e colocá-Lo em primeiro lugar da hora que acordasse até dormir. Priorizei o Espírito Santo. Durante uma vigília, Ele me mostrou o quanto o meu pecado O entristecia. Chorei de dor por sentir meu pecado, mas, no mesmo momento, senti que Ele me perdoou, me estendeu a mão e me tirou daquele buraco. Senti um conforto, um alívio, uma paz e isso permanece dentro de mim desde então. Com a direção dada por Ele, hoje sou realizado profissionalmente e na família. Conquistamos nosso apartamento, carro e uma vida estável, sem preocupações, mas não troco o Espírito Santo por nada neste mundo”, ressalta.

EM 40 DIAS
Se há quem resista ao Espírito Santo, há também quem O tenha agarrado como se fosse sua última oportunidade. É o caso de Adriano de Mattos, (foto abaixo) de 42 anos, que chegou à Universal há quase 24.

“Aos 8 anos, minha mãe, para ficar com o amante, me dava cigarro para eu fumar na calçada”, recorda. “Meus pais se separaram e, quando eu estava com 11 anos, meu pai se casou novamente. Aprendi com a irmã da minha madrasta a fazer baseado (cigarro de maconha). Aos 15, eu estava viciado em cocaína. Depois me envolvi com venda de drogas. Minha vida começou a ir para o abismo quando, em uma madrugada, fui jurado de morte.”

Naquela mesma noite, Adriano acompanhou uma programação da Universal por uma TV de 14 polegadas na lanchonete em que estava vendendo drogas. “No outro dia comecei a ir, mas não entrei apenas na porta da Igreja, mas na porta dos Céus. A Palavra que me salvou foi a conversa de Jesus com Nicodemos sobre a importância de nascer de novo (João 3). Sempre desejei nascer de novo para fazer novas escolhas. Entendi que, se buscasse o Reino de Deus, as demais coisas seriam acrescentadas. Eu estava na miséria, doente, drogado e ameaçado de morte. Eu precisava me esvaziar de mim, me arrepender e também me perdoar, pois carregava culpa. Me batizei nas águas, mas sabia que ainda me faltava algo.”

Assim, ele passou a buscar o Espírito Santo insistentemente. “Fiz até um propósito de buscá-Lo por 40 dias. Lembro que já estava trabalhando em um emprego digno, mas ele me atrapalhava na hora de ir à Igreja. Durante uma oração, eu disse a Deus que se aquele emprego estivesse me impedindo de receber o Espírito Santo que Ele me tirasse de lá. Fui demitido à tarde. Tinha descarregado um caminhão de repolho e faltavam 30 minutos para a reunião começar. Eu saí correndo e estava cheirando mal, mas por dentro eu estava limpo. O Senhor Jesus, naquele dia, não sentou ao meu lado, mas foi o Espírito Santo que entrou em mim”, explica. Ele recebeu o Espírito Santo em um mês e meio de Igreja.

Em 1 Samuel 10.6, vemos que “o Espírito do Senhor se apoderará de ti, (…) e tornar-te-ás um outro homem”. É exatamente isso que acontece quando alguém O recebe. “Deus fez além do que eu merecia: me deu paz, me curou, me deu a alegria da Salvação, transformou meu caráter e me fez um homem honrado”, conta. Hoje ele faz a Obra de Deus no Altar com sua esposa, Ana. “Não ter o Espírito Santo é a mesma coisa que não ter ar no pulmão: não tem como viver. Tudo é insignificante perto do que Ele é”, diz.

TEVE O QUE QUERIA
No final de 1996, Patrícia Martins Yamada, (foto abaixo) de 43 anos, foi aprovada em três faculdades públicas de medicina no interior do Estado de São Paulo. “Entretanto eu tinha questões íntimas desde a infância: era extremamente apegada e dependente da segurança que meus pais me davam. Eu era confusa, medrosa e ter que sair de casa para estudar foi um baque. Eu tinha colocado na cabeça que, se entrasse no curso público de medicina, seria feliz, mas me desesperei”, diz.

Patrícia precisou de ajuda especializada. “Minha mãe me trouxe a São Paulo para ser atendida por um psiquiatra e comecei a tomar um ‘coquetel’ antidepressivo e ansiolítico. Aquilo até me fez bem, mas não devolveu algo que havia sumido de dentro de mim: a satisfação de estar viva. No aspecto profissional surgiram muitas oportunidades que eu aceitava mais por fuga, pois não tinha que pensar na falta de direção, de sentido e de realização pessoal. Comecei a ganhar dinheiro, mas eu era vazia.”

Em um plantão noturno, uma enfermeira ensinou a ela o poder da oração no nome de Jesus. Com os joelhos dobrados, algo diferente começou a acontecer. “Na manhã seguinte, nasceu uma esperança que eu não tinha há anos. Me falaram da Rede Aleluia e, assim, passei a ir aos plantões ouvindo a rádio. Fui a uma reunião na Universal que me deu muita força. Conheci outra denominação, mas, ao retornar para a Universal, em 2017, a cura da depressão foi plena e real. O entendimento sobre o Espírito Santo veio logo em seguida. Eu devorava tudo que dizia respeito a

Ele e fiquei apaixonada por Jesus. Quando O encontrei, houve uma alegria enorme de ter finalmente encontrado meu Criador, o sentido da minha existência, meu ninho, meu aconchego e minha segurança. O Espírito Santo me dá direção, me orienta sobre o que fazer. Ele me consola quando há perdas no plantão e consigo de alguma maneira transmitir isso para os pais das crianças. Ele também coloca breques nas minhas palavras e me estimula a tratar o próximo com respeito e consideração. Ele me ensina quando leio a Bíblia. Quanta preciosidade existe no entendimento das Palavras de Jesus!”

SUSTENTO PARA OS DIAS MAUS
O empresário Renato de Freitas Vieira, (foto abaixo) de 40 anos, está há 21 na Universal. Há oito anos, ao ser confundido com um policial, ele quase morreu. Ele levou dois tiros na cabeça. “Precisei passar por cirurgia craniana para retirada de um projétil que estava alojado e, para os especialistas, se eu não morresse na cirurgia, ficaria aleijado e com sequelas. Foram 11 dias de internação, paralisia total do lado direito e o diagnóstico era de que ficaria o resto da vida dependente de remédios.”

Toda essa tragédia aconteceu quando ele já tinha o Espírito Santo e é aí que está a diferença. “Ninguém está imune aos problemas nem os que conhecem a Deus. Mas, sem o Espírito Santo, sei que não encontraria forças nem esperanças naquela situação. Mesmo que eu tivesse a conquista que fosse, nada disso seria suficiente sem Ele. Ainda que eu tivesse uma esposa para me ajudar a levantar da cama, para me dar ânimo ou mesmo as condições que me dessem acesso aos melhores hospitais, nada nem ninguém poderia me ajudar. Eu precisava crer no impossível e crer no impossível não é uma coisa normal. Eu tinha certeza que Alguém podia fazer tudo dar certo e esse Alguém estava dentro de mim.”

Essa confiança fez com que no mês seguinte Renato estivesse trabalhando como se nada tivesse acontecido. “Para mim, o Espírito Santo é a fonte da minha existência. Não imagino minha vida sem Ele, que tem me sustentado e me colocado em pé todos esses anos. Hoje sou casado (com Valéria dos Santos Cordeiro, de 36 anos), sou bem-sucedido financeiramente e realizado em todos os sentidos, mas o principal em minha vida é ter o Espírito Santo.”

“SÓ ELE PODIA ARRANCAR AQUELA DOR”
Já a fisioterapeuta Karen Nunes Sonda, (foto abaixo) de 25 anos, está firme na Presença de Deus há dois anos. “Na infância, meu pai chegava bêbado em casa e isso gerava confusão e brigas. Eu dedicava tudo que podia aos estudos, sempre era a melhor no que fazia e, por esse motivo, ninguém nunca imaginou o que estava dentro de mim: me tornei uma jovem amargurada, triste e sozinha. Aos 14 anos, me envolvi no mundo geek (nerd). Foi nesse período que comecei a cobiçar as coisas que o mundo mostrava, a querer ganhar muito dinheiro e a experimentar tudo que o mundo oferecia. Na faculdade passei a beber, a frequentar baladas, a usar anabolizantes em busca de um corpo perfeito e a me envolver com vários homens.”

Após descobrir uma traição, Karen ficou depressiva. “Comecei a ter pensamentos suicidas. Em cima de uma ponte, olhei para o céu e supliquei ajuda a Deus. A partir daquele dia me dei conta de que precisava de Deus para continuar vivendo e que só Ele podia arrancar aquela dor. Minha irmã me convidou para ir à Universal. Comecei a entender Quem era o Espírito Santo, pois achava que Ele jamais poderia querer habitar em uma pessoa suja como eu. Para mim, Ele era inalcançável, mas entendi que era necessário recebêLo para que permanecesse na Fé, pois só frequentar a Igreja não era suficiente.”

Na Fogueira Santa de dezembro de 2019, Karen priorizou O mais importante. “Ele me trouxe uma paz imensurável, uma alegria que eu não conseguia me conter e a certeza da Salvação. Percebi a minha dependência dEle e o quanto queria passar isso para outras pessoas. Jamais O mereci, mas Ele não olhou para nada do que eu tinha feito nem quando duvidei dEle, mas para a minha sinceridade. O Espírito Santo preencheu todas as fendas e brechas que haviam em mim”, encerra.

E você, leitor, diante dessas informações, quer ter mais de você ou mais do Espírito Santo?

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Getty images, Demetrio Koch e Cedida