Por que a máscara funciona?

Conheça os tipos indicados para evitar a proliferação da Covid-19 e os cuidados durante o uso dessa barreira de proteção

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A pandemia do novo coronavírus ainda não deu sinais de recuo no Brasil. Os números de casos e de mortes têm aumentado a cada dia.

Para o médico Antônio Carlos Bandeira, de 57 anos, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor de doenças infecciosas e parasitárias na Faculdade de Tecnologia e Ciências (UniFTC), em Salvador (BA), é fundamental que haja o distanciamento social e que as pessoas mantenham a quarentena.

“Se as pessoas precisarem sair de casa por alguma razão é importante que usem máscara e procurem observar qual é o uso correto. Não pegar na frente dela, sempre higienizar as mãos antes de tocá-la e pegá-la pelo elástico.

Usá-la o tempo todo cobrindo a boca e o nariz e não retirá-la para nada. Somente em casa, depois de higienizar as mãos, retirá-la para fazer a limpeza correta e depois higienizar de novo as mãos. Essa é a forma mais eficaz”, explica o infectologista.

O uso da máscara é uma alternativa contra o contágio da Covid-19 e cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre tornaram a sua utilização obrigatória para sair à rua. “Ela protege tanto a pessoa que a usa quanto aquela que está na frente dela. Quando se usa uma máscara, principalmente uma profissional, chamada máscara filtrante (conhecida também como cirúrgica), caso você espirre ou tussa, as gotículas que você expele ficam presas dentro dela e não há disseminação para outros indivíduos”, explica.

O infectologista afirma que no início da pandemia havia restrição ao uso das máscaras cirúrgicas para que ficassem disponíveis para os profissionais de saúde. “As importações em massa e a produção que vêm sendo feitas mudaram isso. Não há impedimento ao uso das máscaras cirúrgicas vendidas em farmácias. As pessoas podem utilizá-las, mas têm que estar atentas que, diferentemente das máscaras caseiras (que podem ser lavadas e não precisam ser descartadas após o uso), elas têm um tempo de validade e não podem ser reutilizadas”, conclui.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Edi Edson