Polícia angolana age de maneira truculenta contra membros da Universal

Eles se reuniram em manifestação pedindo justiça, diante dos casos contra missionários da Universal. Entenda

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Nesta terça-feira, 23 de março, dia da Libertação da África Austral, que marca o fim de uma batalha entre Angola e Cuba, e que deu origem à independência da Namíbia e o fim do apartheid no País, membros da Universal no local foram reprimidos por agentes da Polícia Nacional do País.

Tiros foram disparados em direção aos fiéis da Igreja, que apenas gritavam “queremos justiça”. A onda de protestos aconteceu, após as autoridades do país reconhecerem os ex-bispos e ex-pastores, que foram expulsos da Universal por má conduta e até roubos, como líderes da Universal no local (clique aqui e entenda o caso).

Os membros da Universal cantavam, pediam por justiça e, inclusive, ajoelhavam ao serem impedidos de chegar perto das igrejas.

Recentemente, o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente de Angola afirmou que os missionários brasileiros seriam os culpados pelos conflitos no local. 

“Somos todos angolanos. Aqui não tem brasileiro. Então, a minha pergunta ao senhor ministro [da cultura] e ao senhor presidente é: será que nós, por aderirmos à Igreja Universal, passamos a ser estrangeiros?”, questionou uma membro da Igreja, em entrevista à Record TV local.

Outra mulher que estava na local afirmou que, na última semana, foi presa por fazer parte dessas manifestações. “Onde a gente vai pedir socorro? Qual é o governo desse país, senhor presidente? Nós não temos direito a apoio? Somos criminosos?”, indagou.

A cada nova manifestação, relatos de excesso de agressão contra o grupo de angolanos são feitos. Eles alegam que a Polícia Nacional angolana tem sido agressiva, truculenta e, inclusive, os ameaçado de morte.

“Nós estávamos orando e a polícia apareceu e começou a bater, mas bater por quê? Nós não estávamos fazendo nada de mal! Não levamos faca, armas e ferros, nós fomos apenas orar, buscar, pedir o nosso direito!”, disse uma membro, que agora, sofre com lesões. 

“Eu estou com o joelho inflamado. Eu tenho filhos para criar, estou no chão. Como posso, agora, sustentar meus filhos? Não posso nem trabalhar, fazer nada…”, denunciou.

Confira as cenas no vídeo abaixo:

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Colaborador

Rafaela Dias / Fotos: Reprodução