“Passei noites usando drogas na cracolândia”

Internado por oito vezes em clínicas de reabilitação, Fabiano Oliveira já não via como sair do vício

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As brigas dentro de casa eram um problema constante durante a infância de Fabiano Oliveira de Jesus, que tem 26 anos e atua como controlador de acesso. A família dele até frequentava as reuniões da Universal, mas os ensinamentos de Deus não eram colocados em prática, o que deixava o ambiente doméstico instável.

Essa realidade causou um complexo de inferioridade em Fabiano, como relata: “Passei a me questionar por que tinha nascido e me sentia inferior às outras pessoas. As coisas pioraram quando paramos de ir à Igreja e meus pais se separaram. Comecei a dar ouvidos ao que o mundo dizia e isso gerou problemas na escola e em casa, onde passei a me isolar, e fiquei viciado em jogos na internet”.

Acolhido pela criminalidade

As amizades tiveram papel decisivo na vida dele, conforme detalha: “Eu me envolvia em brigas, fugia da escola e queria agradar aos amigos. Comecei a ir a festas, a beber e a fumar narguilé. Logo em seguida passei a usar maconha diariamente”, diz.

O uso constante de drogas o levou para o mundo da criminalidade. “Eu me afundei no crime e cometia furtos e roubos. Além disso, passei a usar cocaína, lança-perfume, bala e ecstasy, além de viver em meio à prostituição.” Em virtude dessa situação, não demorou para que ele passasse a ter alucinações. “Havia tanto ódio dentro de mim que cheguei a tentar matar meu padrasto.”

Correndo risco de morrer e de ser preso a qualquer momento, ele foi internado pelos familiares em clínicas de reabilitação oito vezes. “Cheguei a fumar crack e a ir para a Cracolândia, onde passava noites usando drogas”, lembra.

Um ponto final

Fabiano viveu o que ele considera um “inferno” durante dez anos, até que, um dia, ele se lembrou da sensação de paz que a Igreja lhe proporcionava. “Retornei à Igreja em uma quinta-feira, assisti à reunião e, no final, conversei com o pastor. Ele me orientou e voltei no dia seguinte. Ali, uma força tomou conta de mim e eu me lancei de cabeça. A partir dali, me envolvi com a Palavra de Deus, entendi a importância do batismo nas águas para sepultar o meu eu e recomeçar e desci às águas”, explica.

Segundo ele, sua transformação envolveu mudanças de comportamento, pensamento e até de amizades. Para manter o que tinha conquistado com esforço, ele entendeu que precisava ser selado pelo Espírito Santo: “Eu O recebi durante um propósito do Jejum de Daniel. Ao me derramar diante de Deus, tive a certeza de que Ele estava comigo. Com isso, surgiu uma força dentro de mim para negar o meu eu e fazer a vontade de Deus. Hoje sou um novo Fabiano”.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Demetrio Koch e Arquivo Pessoal