“Ouvi uma voz dizendo para eu me cortar”
Jovem que se automutilava conseguiu se libertar dos males que a afligiam
Sempre que o mal encontra uma brecha, ele não tarda em atacar. Sem escolher idade, ele simplesmente avança. A estudante carioca Vivian Tavares, de 16 anos, é um exemplo de quem sofreu com esse tipo de ação.
O pai de Vivian, Ailson Luciano Tavares, de 49 anos, diz que ela sempre foi uma adolescente tranquila, mas que, de repente, começou a mudar. “Com 13 para 14 anos, ela se tornou um pouco rebelde. No início, eu pensava que fosse algo da idade, mas ela passou a se comportar de modo estranho.”

Vivian conta que cresceu revoltada por causa dos traumas vivenciados na infância e por ter sido criada somente pelo pai. “Minha mãe morreu de câncer no colo do útero quando eu tinha 4 anos. Eu arranjava briga e confusão com todo mundo. Um dia, estava na casa de um parente e ouvi uma voz dizendo para eu me cortar. Entrei em depressão e com isso veio o vício em automutilação”, revela.
Sem entender muito bem o que se passava com a filha, Ailson fazia o que podia. “Ela foi encaminhada para tratamento psicológico e começou a tomar remédios.”
Quando começou a se automutilar, Vivian teve a ideia de carregar uma lâmina afiada pendurada ao pescoço. “Tinha visto pessoas que penduravam lâminas falsas. Resolvi pendurar uma lâmina verdadeira e a usava para me cortar”, diz.
O desejo de suicídio foi se tornando também uma ideia cada vez mais constante. “Eu tomava grandes quantidades de remédios para depressão, muito além do que era receitado. Eu queria me matar e pensava em me jogar na frente de um carro ou em enfiar uma faca na
minha barriga.”
Vivian estava em casa prestes a cortar os pulsos, em mais uma tentativa de suicídio, quando recebeu uma visita inesperada. “Uma obreira da Universal que me conhecia se lembrou de mim. Ela propôs que eu fosse à reunião de libertação e desse 1% de chance para que Deus mudasse minha vida.”
Vivian relata que a voluntária lhe sugeriu um pacto: “ela disse que nunca desistiria de mim até que eu recebesse o Espírito Santo. Decidi dar uma chance a Deus. Comecei a frequentar as reuniões de libertação até que consegui mudar”, recorda.
Vivian se libertou do vício em automutilação, dos traumas e dos problemas internos. “Também perdoei a quem me tratou mal na minha infância”, reflete.
O pai da jovem comemora a transformação da filha. “Hoje, ela participa do grupo de jovens na Igreja. Eu acredito que Jesus a libertou”, conclui.
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