Os problemas de saúde que mais afetam o trabalhador

Saiba o que são LER e DORT, seus sinais e como evitar que se tornem um transtorno em sua vida

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Trabalhar não faz mal à saúde, mas, se o trabalho for mal orientado e não executado corretamente, ele pode gerar distúrbios e até lesões. Visando à conscientização de trabalhadores e empresas, o dia 28 de fevereiro foi escolhido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), problemas causados, mantidos ou agravados por atividades laborais e que são as principais causas de afastamento no trabalho e de aposentadoria precoce.

Dados fornecidos pelo Ministério da Previdência Social mostram que em 2024 mais de 900 mil pessoas receberam benefícios por incapacidade temporária, o que causa impactos socioeconômicos para o indivíduo e para a sociedade.

LER e DORT são acrônimos que abrigam em si situações distintas. O DORT engloba distúrbios, ou seja, sinais de que algo está incorreto. Já o LER diz respeito às lesões ocorridas quando os sinais do DORT não receberam a devida atenção, explica Antônio Techy, médico reumatologista e coordenador da Comissão Ocupacional da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Qualquer pessoa em qualquer tipo de trabalho executado inadequadamente está suscetível a desenvolver um distúrbio osteomuscular e, por isso, Techy enfatiza que “quando o indivíduo não tem capacidade física para realizar algum trabalho, ele está mais propenso a ter uma lesão ou uma pré-lesão e que um distúrbio osteomuscular seria um aviso que tal atividade não está sendo compatível com a fragilidade daquela articulação ou daquele local do corpo”. Techy também orienta que a melhor forma de prevenir o problema é entender o que o corpo está dizendo com aquele distúrbio, ou seja, que aquele tipo de trabalho provavelmente não seja o mais adequado para aquele indivíduo. “Se todo mundo entendesse o DORT, não haveria o LER”, afirma.

Confira no infográfico abaixo como agir para que o seu trabalho seja uma fonte de satisfação e não um motivo de incapacidade física temporária ou, no pior cenário, permanente.

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Colaborador

Núbia Onara / Arte: Edi Edson