Os principais desafios do novo presidente do Brasil

Em entrevista ao Brasil Notícias, especialistas detalham quais são as áreas que mais precisam de atenção. Confira

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A vitória de Jair Messias Bolsonaro (PSL) na eleição para presidente da República vem acompanhada de uma série de desafios e problemas para resolver, e que continuarão a existir a partir do dia 1º de Janeiro de 2019, quando ele tomar posse.
Em entrevista ao programa “Brasil Notícias” – exibido na Rede Aleluia e Rádio Record -, e apresentado pelos jornalistas Ana Carolina Cury e Décio Caramigo, o diplomata e professor de Economia Política, Paulo Roberto de Almeida, explica que como o país ainda registra 12,5 milhões de desempregados, o novo presidente terá a missão de reaquecer a economia para gerar novos empregos.
“O principal desafio do próximo governo é inegavelmente o desastre fiscal, ou seja, o déficit previdenciário, orçamentário e o crescimento da dívida pública”, pontuou.
Pacificar o país também está na lista dos desafios que o presidente Bolsonaro terá que enfrentar. “Ele precisa terminar com essa oposição, essa grande divisão entre os vencedores e os perdedores. Em seguida, resolver os problemas econômicos imediatos, os das grandes reformas estruturais: política, tributária, educacional, do Estado brasileiro”, enfatizou.
O mestre e doutor em Ciência Política, Valter Carvalho, concorda com o diplomata Paulo, e acrescenta que a violência urbana é uma ação imediata bastante esperada pelos eleitores.
“O que o novo presidente precisa entregar mesmo é a retomada do crescimento econômico e a melhoria dos serviços públicos e da segurança (principalmente), que é a bandeira que ele tem levantado. As altas taxas de violência e desemprego, os serviços públicos deficitários são grandes desafios que ele terá que enfrentar. A população deve esperar dele uma melhoria também na questão da gestão pública, da transparência, do combate à corrupção, outra bandeira importante que ele levantou ao longo da sua carreira política. O enfrentamento desses desafios indicará os rumos do governo”, analisou Valter.
Transição
Na última terça-feira (30), o presidente eleito fez a primeira reunião de trabalho com aliados mais próximos para definir como será esse caminho do governo de transição.
“Esse é um momento em que o governo anterior repassa todas as informações importantes e sensíveis, e tudo o que é necessário para a continuidade do trabalho, ao novo governo e sua equipe nomeada”, explicou Valter.
Ainda de acordo com Paulo Roberto e Valter Carvalho, o novo Congresso terá 30 partidos, o maior número já registrado, mas, como o perfil dos parlamentares que integrarão a Câmara dos Deputados e o Senado Federal – a partir de fevereiro do ano que vem -, é majoritariamente conservador, será algo inicialmente vantajoso para Bolsonaro.
 (*) Com entrevistas do programa Brasil Notícias, da Rede Aleluia e Rádio Record

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Colaborador

Redação (*) / Foto: Tânia Rêgo (Agência Brasil)