Em São Paulo, Olimpíadas FJU reúne mais de 7 mil pessoas entre atletas, voluntários e público
Além da competição, jovens levam como aprendizado valores como disciplina e superação
Durante o mês de novembro, atletas da Força Jovem Universal participam das Olimpíadas FJU em todas as regiões do Brasil. Esta é a 4ª edição do evento. Em São Paulo, a competição esportiva reuniu mais de sete mil pessoas entre atletas, voluntários e público, no fim de semana dos dias 8 e 9, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, localizado no bairro de Vila Clementino, na zona sul da capital.
No geral, o evento engloba mais de 15 modalidades, nas categorias individuais e coletivas, como tênis de mesa, xadrez, badminton, queimada, cabo de guerra e futmesa. A saber, os jovens atletas que participaram das Olimpíadas FJU na capital paulista competiram pelas modalidades: futebol de campo, futsal, vôlei de quadra, vôlei de areia, natação, boxe, jiu-jitsu, atletismo e basquete. Os vencedores receberam troféus e medalhas.
No total foram 1500 atletas competindo, 300 voluntários atuando no apoio direto às Olimpíadas em São Paulo e responsáveis pelo suporte às equipes, mais um público de seis mil pessoas. Ademais, ao final do evento, duas regiões também foram premiadas. Guarulhos recebeu o destaque ‘Fair Play’ (“jogo limpo”) e Itaquera recebeu um prêmio de reconhecimento como a região com maior número de conquistas.
Disciplina, dedicação e superação

Segundo o responsável pela FJU, Bispo Celso Júnior, atividades esportivas e eventos como este “ensinam disciplina, cuidado com o corpo e oferecem a oportunidade de interagir com outros que compartilham dos mesmos ideais”. E isso faz com que os jovens atletas “se sintam capazes, úteis e parte da sociedade”.
“O Projeto Esporte Jovem e as Olimpíadas FJU estão sendo um sucesso justamente por conta dos jovens. Cada vez mais eles estão se dedicando e a torcida vem crescendo. A oportunidade que eles têm aqui não é para ganhar uma medalha apenas, mas para se superar e encontrar um apoio que muitos outros jovens não têm. A ideia não é, apenas, que eles disputem ou participem de um campeonato, mas que estejam envolvidos com pessoas que fazem o bem, pessoas de Deus e, portanto, façam parte de uma ‘galera’ diferenciada”, pontuou.
Experiência enriquecedora
Aos participantes, essa experiência de participar de um grande evento esportivo como as Olimpíadas FJU é enriquecedora. A exemplo do jovem atleta do futsal, Andre Cruvinel, de 21 anos. Para ele, participar da sua primeira edição das Olimpíadas demonstrou o quanto a sua vida mudou.
“Fui convidado para a FJU há um mês. Logo em seguida, me convidaram para participar do futsal. Então, eu decidi vir para o grupo e parar com as bebidas e as festas. Esta é a minha primeira vez nas Olimpíadas. Os jogos foram difíceis, mas eu gostei muito de ter jogado. Gostei da organização e, principalmente, do respeito entre os atletas e todos os participantes”, disse.
Por sua vez, o jovem Bryann Domingues Quirino, de 18 anos, atleta do basquete masculino, levou o bronze com a sua equipe nesta edição.
Ele chegou ao grupo FJU por convite da avó e de amigos. O pai dele também é jogador de basquete e sempre o incentivou ao esporte. Quando o convidaram para jogar, topou no mesmo instante. Este é o primeiro ano que participa das Olimpíadas FJU. Seu time conquistou a medalha de bronze e, com isso, ele já almeja o primeiro lugar no ano que vem. Bryann destaca que a disciplina, a responsabilidade e o comprometimento com o time são os maiores ensinamentos que ele aprendeu durante os dois dias de competição.

Já a voluntária Bruna Caroline Gimenes, de 22 anos, participou no suporte às equipes e ressaltou a importância do evento além da competição:
“Essa é a terceira edição que participo. Ver o empenho dos atletas, bem como fazer parte disso é muito bom em todas as edições. Foi um momento de estar com amigos e torcer. Mas, o maior ensinamento que levo dessa edição é que podemos vencer nas competições e até receber uma medalha, mas de nada adianta nenhuma conquista se não tivermos a conquista da nossa Salvação que é a maior de todas as vitórias.”
“Eu não queria aprender a me defender, mas a brigar”
Igor Barbosa Andrade, de 21 anos, já participou de outras edições das Olimpíadas FJU. Nesta edição, ele foi vice-campeão na categoria de Jiu-Jitsu, faixa roxa, masculino, adulto, absoluto. No entanto, essa trajetória começou há cerca de seis anos, quando, ainda que pela motivação errada, entrou para o projeto Esporte Jovem em busca de uma solução para os seus problemas e a raiva que sentia dentro de si.
“Até os meus 15, eu fui um jovem cheio de raiva, de ódio, muito indisciplinado. Gostava de briga e confusão, principalmente na escola, onde fui suspenso várias vezes. Minha mãe é professora. Aquilo para ela era uma vergonha. Mas eu, naquela época, não ligava para isso”, contou.
Então, Igor procurou aprender uma arte marcial, o Jiu-Jitsu, e entrou para o projeto Esporte Jovem da FJU.
“Eu não queria aprender a lutar para me defender, mas para brigar. Só que, quando eu comecei a participar das atividades, no final dos treinos, o pastor que estava ali, o professor, sempre dava uma Palavra. Já era algo diferente que a gente não tinha nas outras academias de fora. Aquele tatame já era diferente por isso. Com o tempo, fui começando a mudar a minha cabeça e, sobretudo, ver que brigar não era mais o correto. E que aquela raiva que eu tinha dentro de mim, que eu carregava comigo a vida toda, só me fazia mal”, destacou.

O início da verdadeira transformação
Com o tempo, ele foi mudando seus pensamentos e suas atitudes, e deixou de entrar em brigas e confusão.
“Depois que eu comecei a treinar e levar a sério, nunca mais entrei em uma briga. Só que eu ouvia a Palavra, mas ainda não obedecia. Não brigava mais, mas ainda bebia. Não havia abandonado 100% do meu velho ‘eu’ e não tinha tomado uma decisão real de mudança”, pontuou.
Uma noite, depois de voltar de uma festa onde tinha bebido muito, ele chegou em casa, colocou a cabeça no travesseiro e pensou “não dá mais”.
“Não havia como eu viver mais a minha vida da forma que eu estava vivendo, fazendo as minhas vontades. Eu tinha que começar a fazer a vontade de Deus, obedecer a Palavra. Então, ali no meu quarto, eu tomei uma decisão de abandonar tudo aquilo que eu fazia de errado, abandonar tudo aquilo que me fazia mal, que eu sabia que não agradava a Deus. Tomei a decisão de me batizar nas águas, abandonei todo o pecado, toda a vida errada que eu carregava até aquele momento. E aí minha vida foi mudando”, relatou.
Ao concluir, Igor ressaltou o que agrega à sua vida todos os dias. “Então, o Jiu-Jitsu, claro, me ajudou e me ajuda muito até hoje. Aprendi muita coisa como disciplina, respeito e caráter. Mas o que realmente mudou a minha vida por completo foi o Senhor Jesus, foi o Espírito Santo. Aquele velho Igor que antes tinha muita raiva, tinha muito ódio, que não sabia controlar suas emoções, graças a Deus, não existe mais.”

Saiba mais
A realização das Olimpíadas FJU é do Instituto Pró-Família, em parceria com a Secretaria de Esportes de São Paulo e a Força Jovem Universal.
Presente em mais de 100 países e fundada em 1977, a Força Jovem Universal beneficiou mais de 3 milhões somente no ano passado. Pessoas entre 15 e 25 anos interessadas em participar das próximas ações podem procurar a Universal mais próxima: universal.org/localizar.
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