Ódio, pensamentos de vingança e desejo de morte

Depois de se afastar de Deus, Ingrid Silva chegou a tentar o suicídio. Entenda como ela teve sua vida restaurada

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Quando era criança, Ingrid Maria Silva, hoje com 23 anos, sofreu abusos sexuais por parte de um tio e do ex-padrasto durante quatro anos. Esse problema desencadeou traumas, complexo de inferioridade e ódio das pessoas nela. “Isso me prejudicava até na escola. Eu era ótima aluna, mas não conseguia me desenvolver nas atividades, e também sofria com depressão, via vultos e ouvia vozes” , relata.

Em 2010, sua mãe conheceu a Universal e Ingrid também decidiu frequentar as reuniões na Igreja. Depois de ficar cinco anos na presença de Deus, ela conheceu um rapaz, mas ele lhe causou uma desilusão amorosa. Em seguida, ela acabou se afastando dos caminhos Divinos.

“Depois disso, tudo piorou. Vazio, ódio, depressão e problemas espirituais ficaram ainda mais intensos. Eu não queria sair do quarto para nada, a não ser para consumir bebidas alcoólicas e ficar até altas horas na rua”, se recorda.

O ódio que a acompanhava desde a infância tornava o seu interior tenebroso e sombrio. Assistir a filmes de terror era uma das formas que ela usava para alimentar mais ainda o rancor em seu coração. “Gostava de ver as ‘vítimas’ sofrendo e cheias de sangue. Isso alimentava a minha vontade de me vingar do que fizeram comigo. Eu até me imaginava os esfaqueando. Eu tinha prazer de ver a dor e o desespero das pessoas. Eu achava que não tinha mais jeito para mim e que não iria perder nada.”

Ingrid sempre procurava se envolver em situações que alimentassem ódio, pensamentos vingativos e desejo de morte. Por isso, frequentava festas de Halloween e se caracterizava de modo aterrorizante. “As pessoas se assustavam ao ver no que eu me transformava, mas eu apenas exteriorizava o que estava dentro de mim”, explica.

Esses problemas a levaram a tentar tirar a própria vida. “Tentei me suicidar duas vezes. Subi no ponto mais alto da minha casa e meu objetivo era pular de cabeça. Sabia que assim não teria como continuar viva”, diz.

Retorno
Diante de todo aquele sofrimento, Ingrid reconheceu que precisava de uma ajuda que fosse mais do que humana. Em 2018, então, ela decidiu voltar para o mesmo lugar onde havia encontrado a paz: a Igreja. “No mesmo dia, me batizei nas águas e deixei tudo o que praticava de errado. Foi uma decisão de mudança, pois eu não aguentava mais sofrer.”

Hoje, ela afirma que reencontrou a Verdadeira Felicidade e a Paz de que precisava para ser feliz. Ela se libertou do ódio e do rancor e, agora, suas noites de sono são sempre tranquilas. “Tenho o Próprio Deus morando dentro de mim. Antes, eu era uma pessoa indiferente ao sofrimento das pessoas e até sentia prazer nisso. Agora, eu luto para ajudar as que sofrem e levar o alívio de Deus a elas”, finaliza a jovem.

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: Demetrio Koch e Cedidas