Basta olhar ao redor para perceber: toda a criação está sofrendo. A natureza está abalada por furacões, terremotos, secas e enchentes cada vez mais intensas. O ser humano também geme, pois está afogado em tragédias, doenças, guerras, depressão e conflitos internos. Não se trata de um problema isolado de uma nação ou de uma classe social. O mundo inteiro se contorce em agonia.

A origem do caos

A Terra não foi criada assim. Deus a criou em completa harmonia e criou o ser humano à Sua imagem e semelhança. A ordem era clara: Deus sobre tudo, o homem sob Sua autoridade e a natureza sob os cuidados do homem.

Mas, para que essa obediência fosse verdadeira, era necessário que existisse liberdade e, por isso, Deus concedeu o livre-arbítrio ao ser humano. Ele pôde escolher – e escolheu desobedecer. Quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, entregaram voluntariamente a autoridade que possuíam ao diabo, como descrito em Romanos 6:16: “… sois servos daquele a quem obedeceis”.

A partir daí, o pecado entrou no mundo, corrompeu a criação e a dor passou a fazer parte da existência. Por isso a Bíblia afirma: “… o mundo jaz no maligno” (1 João 5:19). Toda dor que vemos é reflexo da desobediência do ser humano.

O Reino dos homens: Reino de Desesperançados

Quem vive sob influência deste mundo sofre com um tipo de dor que vai além da física: a ausência de esperança. Viver em um mundo governado por interesses humanos, ambições descontroladas e um sistema espiritual corrompido rouba do ser humano aquilo que poderia mantê-lo de pé mesmo em meio à dor: a esperança.

Sem ela, muitos mergulham no desespero, perdem o sentido da vida, não veem saída nem propósito. Quando a esperança morre, tudo morre com ela.

Vivemos uma crise global (política, econômica, social, emocional e espiritual) e, mesmo assim, a maioria segue buscando sentido apenas no “aqui e agora”, pensando em dinheiro, status, carreira, etc., e vive neste reino dos homens como se fosse o único que existe.

Falar com essas pessoas de morte ou eternidade é desconfortável. Quase todas evitam o assunto, algumas dizem “acho que vou para o Céu”, mas sem convicção. Essa incerteza expõe o vazio de quem não tem esperança nem no aqui nem no que virá.

O Reino de Deus: Fé que não Decepciona

Existe outro Reino – o Reino de Deus – que oferece uma esperança verdadeira. Essa esperança é dada aos que receberam o Espírito Santo.

A Bíblia explica que todos gemem, mas é diferente para quem possui o Espírito de Deus, pois esse já não vive no reino dos homens. Leia: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8:22-23).

Essas primícias citadas na Bíblia são como os primeiros frutos da colheita: uma amostra do que virá. Quando alguém recebe o Espírito Santo, prova antecipadamente a realidade do Céu. Essa pessoa ainda sofre neste mundo, mas com uma certeza viva dentro de si: tudo isso é passageiro. Deus nos deu as primícias do Seu Espírito e, em troca, devemos fazer dEle o primeiro em nossas vidas.

O sofrimento continua existindo, mas agora a vida tem um propósito. Não há desespero, mas expectativa pelo que há de vir.

Mude de reino

Tanto o reino maligno quanto as primícias do Reino de Deus coexistem neste mundo corrompido, que gera sofrimento para todos. Mas, enquanto quem vive no reino dos homens sofre desesperançado, quem já vive no Reino de Deus tem certeza de que esse sofrimento dará lugar à Salvação.

Mudar de Reino depende apenas da decisão de cada um de se arrepender dos pecados, nascer de novo e se entregar a Deus para receber Seu Espírito. O gemido de quem é deste reino só gera desespero, mas o gemido dos que vivem no Reino de Deus produz glória.

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